As montadoras estão fazendo pressão em Brasília com o intuito de alterar as regras de concessão de incentivos fiscais para empresas do setor na região Nordeste.
A pressão vem dos fabricantes instalados nas regiões Sul e Sudeste, para o governo federal mudar a política para o Nordeste, contemplando somente a produção de carros híbridos e elétricos.
Nessa nova guerra fiscal, a ideia das montadoras é que o benefício para fabricantes de carros elétricos e híbridos passe a valer a partir de 2025 na região que abrange os nove estados do Nordeste.
Atualmente, apenas a Stellantis tem uma fábrica operacional na região, em Goiana-PE, onde produz os modelos Renegade, Compass e Commander da Jeep, assim como a Toro da Fiat e Rampage da Ram.
Puco antes da aprovação da PEC, uma emenda do governo federal sobre o assunto foi apresentada na véspera da votação e rejeitada pela comissão.
Esse texto previa a manutenção dos benefícios atuais até 2032, o que beneficiaria a Stellantis, assim como eventualmente a BYD em Camaçari-BA.
Todavia, na nova proposta, esta última seria a grande beneficiária, afinal, fabricará somente veículos eletrificados na Bahia.
Ainda assim, segundo fontes das montadoras, é quase certo que o governo Lula apresentará um novo texto de emenda à PEC para industrializar a região com a manutenção dos incentivos atuais.
Então, a ideia é que se retire os incentivos de hoje para os carros flex nordestinos em troca de um ajuste para beneficiar somente os eletrificados na região.
Isso forçaria a Stellantis e fabricar híbridos flex em Goiana-PE para manter os incentivos, mas a empresa já tem seus planos locais com três tipos de hibridização para nacionalização.
No caso da BYD, não haveria mudanças em seus planos, porém, não se espera investimentos de outros fabricantes na região, onde o Regime Automotivo do Norte, Nordeste e Centro-Oeste atua desde 1990.
[Fonte: AB]
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