Há poucas semanas da divulgação do programa Mobilidade Verde, a segunda fase do Rota 2030, o mercado automotivo anda agitado com a possibilidade de anúncio da retomada de imposto de importação para carros elétricos.
O motivo principal disso é a entrada em massa de carros elétricos chineses que, segundo a Anfavea, estaria prejudicando as vendas do país na América Latina e no mercado interno.
Uma das marcas que defendem a isenção de imposto de importação é a Renault, mas não apenas nesse caso, já que a empresa defende a isonomia em outras áreas.
Ricardo Gondo, presidente da montadora no Brasil, é a favor da criação de cotas de importação com imposto zero, já que traz da França o Megane E-Tech, que acaba de chegar por R$ 279.900.
Gondo disse: “Quem investiu e segue investindo no Brasil teria uma cota isenta de imposto. É o que nós e a Anfavea defendemos. Quem já produz por aqui poderia importar algum volume sem imposto”.
A ideia é mais ou menos a que foi implantada nos EUA, mas não para importação e sim para concessão de um bônus de US$ 7.500, mas apenas para os 200.000 carros iniciais de cada marca.
Nesse caso, as cotas eram de 200.000, um volume que seria dificilmente aprovado no Brasil, ainda mais porque o governo não concederá incentivo fiscais diretos.
Na proposta da Renault, então não entrariam as marcas chinesas GWM e BYD, que ainda não produzem no país.
Gondo citou exemplos do passado, como a Asia Motors, que obteve isenção fiscal de milhões para importar da Coreia do Sul as vans Towner e Topic com a promessa de produzir, o que descumpriu posteriormente, gerando uma enorme dívida para a Kia pagar depois.
Outro exemplo foi da JAC, que recebeu incentivos e nunca levantou a fábrica na Bahia. Gondo também defende o fim de incentivos regionais para benefício de uma ou duas empresas: “Não podemos ter fatores que desequilibrem o mercado. O que nós defendemos é previsibilidade e isonomia”.
[Fonte: Auto Data]
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