Em sintonia com o governador das Minas Gerais, Romeu Zema, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, vetou a isenção de IPVA para carros elétricos na região, maior produtora de etanol do país.
Para o chefe do palácio dos Bandeirantes, a ideia é que sejam isentos veículos movidos exclusivamente a hidrogênio ou híbridos com motor elétrico e a combustão, desde que com opção ou somente usando o etanol.
Na prática, a medida beneficia fabricantes como a Toyota, com fábricas em Sorocaba e Indaiatuba, onde produz os modelos Corolla Cross e Corolla, respectivamente, devendo a montadora, introduzir o Yaris Cross EM somente como híbrido flex na região.
Além disso, a Great Wall também será beneficiada com seu Haval H6 flexível logo mais, sendo que ainda é intenção da Volkswagen fazer híbrido flex na Anchieta e também em Taubaté.
A GM, por sua vez, não investirá em híbridos, enquanto a Hyundai não se posicionou ainda sobre intenções nesse sentido.
Na proposta de Tarcísio, o preço do carro híbrido flex não poderá passar de R$ 250.000, sendo que o benefício só será de 100% se o veículo for emplacado na cidade de São Paulo, onde já existe isenção de IPVA para elétricos e híbridos.
Deve-se lembrar que o IPVA é um imposto regional e 50% pertence ao estado e 50% ao município, sendo que no caso paulista, a mudança no Projeto de Lei 1510/2023 seria vigente entre 2024 e 2028.
Para Tarcísio, o objetivo é incentivar o uso do etanol como alternativa à gasolina por ser renovável e mais limpo que o derivado de petróleo, porém, fusionado com a eletricidade.
Na visão da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), a medida é um “sinal decepcionante” para o setor que quer investir em veículos sustentáveis.
A ABVE disse em nota: “Não nos parece sábio essas autoridades darem um sinal de desconfiança à tendência mais relevante do setor automotivo mundial, e esperamos que essas posições sejam reconsideradas”.
[Fonte: Carta Capital]
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