Obs: reportagem de 2013, hoje a Mahindra não está mais no Brasil.
A Índia possui vários fabricantes locais de automóveis, utilitários, caminhões e especialmente motos. Um dos membros mais importantes do BRICS, o país possui um mercado em franca expansão, rivalizando com o Brasil no ranking mundial de vendas.
Com o crescimento do mercado interno, as marcas indianas elevaram suas vendas e decidiram explorar outros mercados, chegando assim ao Brasil. Por enquanto, a presença de marcas daquele país em nosso mercado é pequena.
De utilitários, apenas a Mahindra está presente, que também vende tratores aqui. Outro segmento onde os indianos estão presentes no Brasil é o de motocicletas, mas há somente uma marca: Royal Enfield. Mas não é a única que vende produtos “made in India”.
A Dafra também vende um modelo da moto da TVS, rival da Bajaj, que chegou a ensaiar um desembarque no país. No último Salão das Duas Rodas, a Hero Honda mostrou seus produtos aos brasileiros.
A Mahindra monta os utilitários da linha Scorpio (SUV, picape cabine dupla e picape-chassi) em Manaus/AM, através da Bramont.
No entanto, a marca anda testando (especialmente na Baixada Santista) modelos mais modernos, tais como Quanto e XUV 500, dois utilitários esportivos que prometem elevar as vendas da empresa aqui. Os preços variam entre R$ 69.995 e R$ 109.995.
Outra marca é a Royal Enfield. A marca originalmente é inglesa e tem mais de 100 anos.
Atualmente no segmento custom, a empresa produz hoje em dia apenas na Índia e o modelo proeminente é a Classic, que apesar do nome e do que se imagina, é de fato um modelo desenvolvido nos anos 30 e lançado no Reino Unido do pós-guerra, sendo produzida até os dias atuais.
Quem imaginou que só a Kombi era vovó no mundo, se enganou. As vendas ainda são tímidas e há promessa de montagem nacional. O preço (único para as sete versões) é de R$ 24.000.
Por fim, a Dafra foi à Índia em busca de uma moto street esportiva e consagrada, o que não é difícil encontrar por lá. Assim, trouxe da TVS a Apache 150. O modelo sofreu várias adaptações (inclusive de nome de cilindrada) para ser vendida aqui.
Elogiada por muitos donos, ela consegue bom desempenho e pilotagem de acordo. Por lá existem outras opções, mas por enquanto somente ela faz parte do time da marca brasileira. O modelo custa R$ 6.290.
A Reva chegou ao país uns dois anos atrás e chegou a circular com o pequeno Reva i, um pequeno urbano elétrico que seria vendido por empresas do setor elétrico controladas por um grupo colombiano.
Infelizmente o plano deu errado e poucas unidades foram vistas no país, duas delas (usadas) chegaram a ser oferecidas na internet.
Outros indianos em potencial
Apesar da presença tímida, outros potenciais fabricantes podem chegar da Índia daqui para frente. A própria Bajaj poderia retornar, já que sua linha de motos Pulsar (com injeção eletrônica e duas velas por cilindro) são sofisticadas.
Outro fabricante é a Tata Motors, que já prepara sua entrada definitiva no Brasil, aparentemente através do México.
A Tata já possui modelos compactos desenvolvidos localmente, assim como SUV, crossover e picapes vendidos em alguns mercados da Europa. Indica, Manza, Nano, Sumo, Safari e Xenon, são alguns destes modelos.
De todos, o que teria maior impacto no Brasil é o Nano, ainda dito como o carro mais barato do mundo, o modelo suscita grandes debates sobre os efeitos de um carro tão barato no mercado nacional.
A Hero Honda é o maior fabricante de motos da Índia e era uma joint-venture com a marca japonesa, que saiu da sociedade em 2010. Assim, oficialmente ela é chamada de Hero Moto Corporation.
Em 2011, ela apareceu no Salão das Duas Rodas com sua gama de motos populares, a maioria do segmento street. Parece ter bom potencial para produzir e vender no Brasil. Enfim, o Caminho das Índias está mais aberto para a chegada de novos concorrentes daquele populoso país.
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