Não precisamos voltar muitos anos no passado para encontrar um momento em que o consumidor brasileiro preferia tipos diferentes de carros, e não apenas SUVs, como acontece hoje.
No ano de 2012, o mercado brasileiro tinha nada menos que 15 sedãs disponíveis para o comprador. E não estamos falando de carros de luxo, todos eles tinham um preço máximo em torno de R$ 55 mil.
Na ocasião, os sedãs compactos estavam sendo esticados, para servirem para famílias, com suas bagagens.
O Siena virava Grand Siena, e também dois sedãs compactos bons de espaço interno estavam chegando ao mercado do Brasil, o Chevrolet Cobalt e também o Nissan Versa.
Veja todos estes modelos e alguns detalhes sobre eles:
Peugeot 207 Passion
Em 2012, o Peugeot 207 Passion ficava entre os sedãs com vendas mais fracas do país.
Isso acontecia pois seus preços eram altos, o espaço interno era bem limitado e o desempenho era mais fraco do que vários concorrentes.
Além disso, ele era um dos modelos mais beberrões dentro da cidade, com seu motor 1.6 16v.
JAC J3 Turin
O preço do JAC J3 Turin era seu principal destaque. Custava apenas R$ 38.990, valor menor do que todos os seus concorrentes diretos.
Ele até que tinha desempenho razoável, mas tinha o valor de seguro mais alto e também era o único modelo não Flex, bebia apenas gasolina.
Mas a direção era muito anestesiada, e a suspensão, mole demais para os gostos brasileiros.
Renault Logan
O Renault Logan ainda era vendido naquela carroceria original, toda quadradona. Seu enorme espaço interno foi o que inspirou modelos maiores a serem vendidos, como foi o caso de Versa e Cobalt.
O desempenho também era interesante, com um motor 1.6 8v de 95 cavalos.
O que se pode reclamar do Logan é seu projeto de extremo baixo custo. Seu design é muito quadrado e o interior foca na economia em todos os detalhes.
Chevrolet Cobalt
O Cobalt tinha acabado de chegar ao Brasil, com plataforma nova e várias novidades. O espaço interno era ótimo, e as portas grandes facilitavam o acesso.
A posição de dirigir não privilegia aqueles que gostam de uma posição mais baixa, pois o banco do motorista fica alto mesmo regulado mais para baixo.
O principal problema era a falta de força do motor 1.4, que era insuficiente para o carro lotado e com bagagens no porta-malas.
Volkswagen Voyage
O Voyage estava ficando um pouco apagado neste ano, apesar de ainda ser o sedã favorito de milhares de pessoas no país.
A concorrência mais moderna expôs como o acabamento interno do Voyage era ruim, tão refinado quanto um Gol 1.0.
Apesar disso, ainda trazia uma ótima dirigibilidade, e conjunto mecânico exemplar.
Fiat Grand Siena
O Grand Siena chegou mostrando um design bem moderno para a época. O painel também era atraente, e tinha uma boa qualidade de acabamento.
Na nova geração, o sedã da Fiat passou a ter mais firmeza nas curvas, assim como fazia o Voyage, mas o italiano tinha a vantagem de ser mais confortável no dia-a-dia.
O modelo também oferecia equipamentos exclusivos, como airbags laterais e espelho interno eletrocrômico.
Nissan Versa
O Versa era uma das melhores compras da época, se não a melhor. Ele não tinha, o mesmo estilo do Grand Siena, mas tinha uma ótima relação custo/benefício.
Com preço de R$ 43.000 na sua versão topo de linha SL, custava pouco a mais do que o JAC J3 Turin, por exemplo.
Onde o Nissan Versa surpreende a todos é no excelente espaço interno, especialmente para os ocupantes do banco traseiro.
Honda City
O Honda City era visto como um sedã compacto de nível superior, afinal, tinha preço mais salgado, a partir de R$ 53.000.
Mas ele também entregava uma melhor qualidade de construção, o motorista se sentia mesmo em um carro superior aos citados anteriormente.
Ford New Fiesta
O Ford New Fiesta já não era novidade, mas entregava qualidades únicas e também um design inovador para a época.
Tinha preço de R$ 47.000, um meio termo entre o Honda City e os modelos mais simples.
Ford Fiesta Rocam
O Fiesta Rocam era de geração mais antiga e isso era visível quando se reparada em seu design e espaço interno.
Mas como ele já estava quase dizendo adeus, a Ford fazia boas promoções, como por exemplo ofertar o modelo 1.6, com pacote completo de equipamentos, a um valor de R$ 35.900.
Só que nesse valor o modelo não tinha ABS e airbag duplo, o que aumentava seu preço em R$ 2.000.
Volkswagen Polo Sedã
O Polo Sedã ainda era um bom produto, mas o mercado já o via como cansado e antigo.
A Volkswagen passou a vender ele com freios ABS e airbags em todas as versões, de série, mas as vendas caíram.
Foram de 16.000 em 2010 para 12.000 em 2011. O preço era salgado como o do City, começava em R$ 48.000 na versão 1.6 mas chegava a R$ 57.000 na versão 2.0.
Chevrolet Prisma
Lembra do Prisma antigo? A versão sedã do Celta ainda era vendida em 2012.
O Onix chegaria ao país no final daquele ano, e alguns meses depois chegaria o novo Prisma, que aposentaria o modelo de vez.
E isso foi bom, pois o sedã do Celta era simples e depenado demais, como seu irmão hatch.
Renault Symbol
A Renault tinha dentro de casa um concorrente para o Symbol.
O Logan fazia da sua vida um inferno, pois se em 2011, 40.000 unidades do Logan tinham sido vendidas, o Symbol tinha ficado com apenas 6.000.
Em 2012, ele custava R$ 39.000, mas o espaço interno de um Clio sedã não chegavam nem aos pés de um Logan, por isso as vendas fracas.
Fiat Siena
A chegada do Grand Siena mexeu nas versões do seu irmão mais simples.
O Siena Fire, que custava apenas R$ 30.000, saiu de linha, e em seu lugar ficou o Siena EL, com motores 1.0 e 1.4.
Com isso, o preço base subiu para cerca de R$ 34.000.
Nissan Tiida Sedã
Este sedã da Nissan, de visual bem duvidoso, tinha sido o sedã compacto menos vendido no Brasil em 2011, com apenas 5.000 unidades.
A marca japonesa faria algumas promoções nos meses seguinte, oferecendo câmbio automático com preço reduzido.
Mas sabemos que a vida do Tiida Sedã no Brasil acabou logo depois.
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