O modelo trouxe o Design arrojado que faltou no T-Cross, que tem mais cara de SUV “quadradão”, enquanto o Nivus lembra até um Coupe ou um Fastback (e não estou falando do carro da Fiat, e sim do tipo de carroceria).
Tem um preço mais acessível e um ar mais jovial, porém faz falta a versão com motor 250 TSI, não disponível no catálogo da montadora.
A versão Highline é a de topo, e vem bem recheada, detalhes dela no nosso texto de hoje:
Partindo de R$ 149.390,00 e acima da versão Comfortline, ela conta com:
Piloto automático adaptativo, frenagem autônoma, 6 airbags, ar-condicionado, bancos revestidos em couro, carregamento de celular por indução, volante com ajuste de altura e profundidade, controle de estabilidade e tração, câmera de ré, direção elétrica, faróis de neblina em LED, faróis em LED, lanternas traseiras em LED, painel de instrumentos digital de 10,25″, partida no botão e acesso sem chave, multimidia VW Play de 10” com Apple CarPlay e Android Auto e muito mais.
Outro item interessante é a inclusão das 3 primeiras revisões no pacote, sendo que não são cobradas as peças de troca obrigatória e a mão de obra.
Motor TSI é bom, mas poderia ser ótimo
O motor que equipa o Nivus Highline é o já velho conhecido 1.0 turbo, o 200 TSI, de 3 cilindros, injeção direta de combustível e 12 válvulas.
Ele apresenta 128 cv e 20,4 kgfm de torque no etanol, 116 cv e os mesmos 20,4 kgfm de torque na gasolina.
Pesando 1238 kg, o Crossover acelera de 0 a 100 km/h em 9,9 s e tem velocidade máxima de 189 km/h.
O câmbio é o automático Tiptronic de 6 velocidades, os freios são a disco nas 4 rodas e o tanque tem capacidade para 52l.
O consumo fica na casa dos 8 km/l na cidade e 10 km/l na estrada rodando com etanol e 12 km/l na cidade e 14 km/l na estrada rodando na gasolina.
Os dados são ótimos, porém custando quase R$ 150.000,00 poderia vir com o motor 250 TSI, que existe na T-Cross, Polo e Virtus.
Ele tem desempenho superior e consumo quase igual ao irmão menor.
Design é o maior atrativo
Diferente do irmão mais velho T-Cross, o Nivus tem design jovial e mais esportivo.
A começar pelas diversas opções de cor, sendo a preta a única sem custo adicional, tendo na paleta as cores branco, azul, cinza, vermelho e algumas combinações delas (com teto e algumas peças de cor diferente do resto), o modelo se mostra bem versátil.
A dianteira tem o logo modernizado da VW, com grades tipo colmeia que tem os “furos” de grandes dimensões.
Os faróis e faróis de neblina em LED trazem um ar de modernidade, e o capo com vincos leves e quase liso complementam o visual do carro.
A saia do para-choque é preta, cor essa que se arrasta até os paralamas e desce para a soleira.
O melhor ângulo do Nivus para mim é o lateral, no qual é possível ver a caída do teto, que o faz ser um SUV Crossover com Coupe.
O teto começa a cair mais fortemente na coluna B e essa linha continua quase até o fim do carro, onde encontra o aerofólio de dimensões razoáveis e acaba mais abruptamente.
No teto há um rack que sinceramente julgo dispensável, mas parece agradar o público.
As rodas aro 17” de fundo preto e diamantadas casam bem com as dimensões da caixa de roda, talvez um aro 18” cairia melhor, mas nossas ruas esburacadas certamente seriam um problema.
Na traseira temos mais LED, dessa vez nas lanternas, que tem contorno suave e são unidas por uma capa preta no tampão do porta-malas.
A saia do para-choque novamente é em plástico preto, com alguns filetes pintados de prata, que passam um ar mais refinado.
Gostaria de ver uma unidade com essas peças na cor do veículo, tenho a impressão que ficaria melhor assim, porém não passa da minha opinião, afinal, o mercado parece preferir os carros com peças plásticas em preto.
Por dentro, mais plástico… e couro sintético
Os bancos são bem bonitos e confortáveis, com uma cara mais sofisticada devido ao couro, que é sintético.
As abas dos bancos têm dimensões relativamente grandes, que permitem um bom encaixe e um desenho mais esportivo.
O Painel é construído em plástico, sem requinte ou adornos, mas, pelo menos, tem um desenho bonito.
A multimídia é contida numa moldura preta brilhante, que tenta dar uma levantada na qualidade do painel.
Falando nela, voltada ao motorista está a central multimídia, bem completa e com ótima conectividade, fica em cima dos difusores centrais de ar.
Descendo um pouco mais há o acionamento do ar-condicionado, que poderia ser mais sofisticado visualmente e embaixo dele há um compartimento onde o celular pode ser carregado por indução.
À frente da manopla do câmbio, que tem sua tampa preta brilhante, está o botão de acionamento de partida do motor.
No cluster está a tela de 10”, ponto alto do modelo, integrada à multimidia, pode-se até espelhar o GPS e navegar por algumas opções.
Posição no mercado
O Nivus foi o décimo segundo carro mais vendido em 2023 e é inevitável compara-lo com seu irmão e seus pares.
O T-Cross está na sexta posição, com 72.440 unidades vendidas, a Tracker na oitava posição vendeu 66.643, Creta vendeu 65.817, Compass 59.106 e ele 52.103.
Não são número horríveis, porém ainda está 20.000 unidades atrás do T-Cross, podemos tentar atribuir essa diferença por 3 motivos, a ausência de um motor mais forte, seu design mais arrojado e acabamento mais pobre.
O mercado parece preferir os carros mais conservadores no design, exceto pelo Creta, todos os outros rivais que venderam mais que o Nivus tem um design mais “quadradão” e conservador.
O T-Cross, Compass e Tracker tem opções com motor mais potente que o Nivus, até o Creta com motor 2.0 aspirado é mais potente e anda um pouco melhor.
E por último, todos os carros citados acima tem um acabamento melhor que o Nivus, pelo menos no quesito qualidade de construção.
O Nivus tem tudo para ser melhor no mercado, porém essas melhorias custam, e custam caro, resta saber se o mercado está disposto a pagar mais por isso.
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