Atualmente, com os preços insanos dos carros 0 km, na maioria das vezes acaba sendo mais vantajoso estacionar na garagem um carro semi-novo ou usado.
Citando como exemplo, ao invés de adquirir um Chevrolet Onix na versão de entrada Joy com motor 1.0, que tem preço de R$ 65,2 mil, você pode optar por carros usados de categorias superiores, como um Citroën C4, Hyundai i30 ou Ford Focus – isso, é claro, se você não se importar com os custos de combustível, seguro e manutenção mais elevados.
Todavia, antes de fechar a compra de um carro semi-novo ou usado, é importante você ficar atento a alguns pontos para evitar “surpresas” no momento em que estiver usufruindo o bem.
Para te ajudar na aquisição de um novo veículo, separamos algumas dicas muito importantes. Confira abaixo:
1) Faça o teste no veículo antes de comprá-lo
É extremamente importante você realizar um teste em um carro semi-novo ou usado, sendo até mais vital que num automóvel 0 km (nessa situação, você provavelmente vai realizar o teste em um carro da própria concessionária e não no que você poderá adquirir).
Todavia, entre em um acordo com o vendedor para você andar por um trecho considerável, para que consiga analisar os pontos positivos e negativos do exemplar.
2) Não compre o primeiro carro que você ver
Aliás, você pode até adquirir o primeiro carro com que você se deparar, mas após fazer a pesquisa com outros modelos em outras revendas.
É muito fácil você encontrar em outra loja um carro do mesmo modelo, em alguns casos até mais novo, em um melhor estado de conservação e com mais equipamentos, por um preço mais em conta que os anteriores.
Se você não tiver tempo de ficar perambulando pelas lojas, uma dica é acessar os sites de classificados, selecionando a sua região e o modelo pretendido.
3) Dê preferência para carros de conhecidos ou concessionárias
Algumas vezes é mais seguro comprar um carro de uma pessoa próxima de você do que de uma revenda qualquer.
Nesse caso, você provavelmente vem acompanhando a utilização do veículo, o cuidado que o antigo proprietário tem com o modelo e se ele já se submeteu a algum acidente ou coisa do tipo.
Além de ter uma confiança a mais, caso o veículo apresente um problema, você terá com quem reclamar e (dependendo da pessoa) mais chances de solucionar o defeito.
Todavia, se o modelo que você estiver de olho não esteja à venda pelas mãos de um conhecido, dê preferência para uma concessionária da marca do carro pretendido. Nelas, assim como nas demais revendas, há garantia de 90 dias para motor e câmbio.
Afora isso, a concessionária tem o nome da fabricante a zelar, então os carros semi-novos ou usados disponíveis no showroom devem estar em boas condições.
4) Fique atento a sinais de batida
Não dá para afirmar com convicção que o carro não passou por uma batida.
Todavia, recomenda-se verificar o alinhamento do capô, portas e tampa do porta-malas, estado dos parafusos das portas e tampas e possíveis irregularidades na pintura da carroceria e demais componentes.
Para tal, o carro precisa estar seco e limpo e em um ambiente bem iluminado, preferencialmente durante o dia.
Além da parte “estética”, fique de olho também no acabamento interno, como o estado dos bancos, riscos nos plásticos do acabamento, estado do forro do teto e o cheiro predominante da cabine (o que vai te mostrar logo de cara se trata de um carro de fumante, por exemplo).
5) Observe a parte mecânica
Além do visual e do acabamento interno, outro ponto que deve ser visto antes de assinar o cheque é a mecânica do veículo.
O recomendado é levar um mecânico de confiança na loja para fazer a inspeção para você ou, caso isso não seja possível, levar o carro até uma oficina especializada.
É importante ficar de olho na suspensão (quando passar em um buraco, por exemplo), folga dos pedais, níveis de ruído na cabine, vibração do volante e da alavanca de câmbio, entre outros.
6) Verifique a quilometragem no painel
Infelizmente, há uma série de mecanismos que conseguem alterar a quilometragem exibida no painel de instrumentos do carro.
Porém, em muitos casos é possível checar a quilometragem para ver se ela “bate” com o estado geral do veículo.
Inspeções visuais, de acabamento e mecânicas devem ser realizadas também neste caso, além de itens como faróis, luzes de freio, indicadores de direção, limpadores de para-brisa e vidros.
7) Dê preferência para carros com o manual do proprietário
Após inspecionar todos os itens visuais, de acabamento e mecânicos, abra o porta-luvas ou peça para o vendedor o manual do proprietário do veículo.
Nele é possível verificar se as revisões anteriores foram realizadas corretamente e se um possível recall foi concretizado, seja por meio de um documento emitido pela autorizada ou pela carta de convocação.
8) Confira a numeração do veículo
Todo veículo tem um número do chassi, que nada mais é que uma combinação de 17 caracteres, entre números e letras, que faz parte de um sistema geração de identificação. Portanto, através dele, você consegue consultar o histórico do carro.
Esse número pode ser encontrado nos vidros do carro, na porta do condutor, no compartimento do motor e abaixo do banco do passageiro.
Em alguns automóveis pode haver a remarcação do número de chassi, devido a problemas que impediram a visualização do mesmo, como por ferrugem, ou até casos extremos, como quando um veículo é recuperado de um furto ou roubo em que a numeração original tenha sido adulterada.
9) Analise a documentação
Para evitar transtornos, peça a documentação do veículo antes de fechar o negócio.
É necessário que o documento apresente o comprovante de pagamento do IPVA (Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores) de pelo menos os últimos dois anos, certificado de transferência com firma reconhecida e comprovantes de pagamento do seguro obrigatório e do licenciamento.
Algumas pendências, como multas e IPVA em atraso, podem ser verificadas através do site do Detran do seu estado.
É preciso ter em mãos apenas o RENAVAM (Registro Nacional de Veículos Automotores), placa e o número do chassi do carro.
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