Como calibrar pneus do carro corretamente (10 dicas)

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Os pneus são um dos principais componentes de um veículo que devem ser sempre verificados para melhorar o desempenho e o consumo de combustível, além da segurança dos passageiros.

A pressão abaixo da recomendada reduz a durabilidade do pneu em pelo menos 8 mil quilômetros. Segundo dados, aproximadamente metade dos carros circulam no território nacional com a pressão abaixo ou acima dos limites corretos.

Para manter os pneus sempre em perfeito estado, é preciso ter uma série de cuidados. Confira abaixo algumas dicas para calibrar os pneus do seu veículo:

1) Use a pressão indicada pelo fabricante

Andar com os pneus calibrados de forma incorreta pode trazer uma série de consequências para a durabilidade do produto, como também para outros componentes do veículo.

Entre os problemas, está o desgaste prematuro dos terminais de direção, perda de estabilidade em curvas, aumento do consumo de combustível, maior desgaste dos pneus, direção pesada e perda da capacidade de manejo, desgaste mais acentuado no centro de rodagem dos pneus, entre outros.

Portanto, lembre-se sempre de calibrar os pneus do seu carro corretamente, olhando as especificações do fabricante. Tal informação pode ser verificada no manual do proprietário do veículo e também em etiquetas espalhadas pela carroceria, como na parte interna das portas dianteiras, nas colunas “B” e na tampa do tanque de combustível.

Em dias de chuva, a calibragem correta faz uma diferença ainda maior. Pneus calibrados com pressão abaixo do recomendado favorecem a aquaplanagem (perda total de aderência devido à água na pista).

Já com pneus calibrados com pressão acima do recomendado, há maior desconforto para o motorista e demais passageiros, além de causar maior desgaste para a suspensão do veículo. A área de contato dos pneus com o solo também diminui, reduzindo a aderência e aumentando os riscos de acidentes.

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2) Calibre os pneus seguindo o peso que o carro está carregando

Ainda no manual do proprietário do veículo e em etiquetas na carroceria, é possível ver duas opções de pressão para o pneu: uma com duas pessoas e uma mala, indicando a carga mínima, e outra com várias pessoas e várias malas, indicando a carga máxima.

Portanto, como as próprias ilustrações indicam, os pneus devem ser calibrados de acordo com o peso que o carro está carregando.

Além do peso, é importante considerar a posição do pneu, já que a pressão varia de acordo com o eixo dianteiro e o traseiro.

3) Calibre com os pneus frios

A pressão indicada pelos fabricantes é sempre quando o pneu está frio (próximo da temperatura ambiente). Neste caso, as partículas de ar dentro dos pneus estão mais estáveis. Ao calibrá-los nessas condições, as oscilações são pequenas, tornando a calibragem mais eficaz.

Para garantir que os pneus estejam frios no momento da calibragem, certifique-se que você rodou, no máximo, três quilômetros da sua casa até o posto de combustível, por exemplo. No entanto, se isso não for possível e se os pneus já estiverem “quentes”, coloque 2 a 4 psi a mais que o recomendado pelo fabricante.

4) Verifique a pressão dos pneus toda semana

Recomenda-se verificar a pressão dos pneus e calibrá-los toda semana ou, no máximo, a cada 15 dias. Como citamos anteriormente, dê preferência para calibrar os pneus quando eles estiverem frios, ou seja, que tenham rodado até três quilômetros até o local em que o procedimento será realizado.

É importante ainda verificar a pressão sempre antes de pegar a estrada ou fazer uma viagem longa.

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5) Experimente calibrar os pneus com nitrogênio

Usar nitrogênio ao invés de ar comprimido para calibrar os pneus do seu carro pode ser uma ótima alternativa. O gás nitrogênio consegue manter a pressão do pneu mais correta por um tempo maior e qualquer mudança de pressão será bem pequena, caso ela ocorra.

Como resultado, o pneu pode sofrer menos desgaste, já que a pressão se manterá dentro dos limites estabelecidos pelo fabricante por muito mais tempo.

O ar comprimido tem como principal desvantagem a umidade elevada em sua composição. Com isso, quando aquecido, ocorre evaporação, ocasionando o aumento da pressão.

Mesmo com o uso do gás nitrogênio nos pneus, é preciso sempre realizar a inspeção da pressão.

6) Em alguns casos, vale mudar a pressão dos pneus

Você não precisa rodar com os pneus utilizando sempre a pressão indicada pelo fabricante. No caso de algumas condições, é permitido reduzir a pressão, como em lamas, para aumentar a área de contato do pneu com o solo, aumentando a capacidade de flutuação, e em areia, para aumentar a tração.

Já em rochas ou água, recomenda-se manter a pressão utilizada convencionalmente.

7) Não se esqueça de calibrar o estepe!

Muita gente costuma se lembrar apenas dos quatro pneus usados pelo carro e acabam deixando de lado o estepe. Se você for uma dessas pessoas, comece a ter o hábito de calibrar sempre o pneu do estepe, para que ele esteja em perfeitas condições quando você passar por uma situação de apuros, principalmente em uma rodovia durante uma viagem.

Portanto, ao parar ao lado do aparelho para calibragem, lembre-se de calibrar também o pneu reserva. Neste caso, é recomendado calibrá-lo com uma ou duas libras a mais que o indicado pelo fabricante, já que ele ficará armazenado no porta-malas e pode esvaziar rapidamente por não estar sendo utilizado.

8) Os pneus do meu carro estão murchando rapidamente. E agora?

Se você calibrou os pneus do seu carro e poucos dias depois ele já está murcho, é provável que exista algum problema.

Fique atento a uma possível perfuração acidental por vidro ou prego, por exemplo, além de um problema na válvula, que deve ser trocada a cada mudança de pneu, ou até mesmo a roda, que deve ser limpa a cada troca de pneu.

Verifique a pressão dos pneus quando eles estiverem frios, sem uso por no mínimo duas horas ou quando ele percorreu menos de três quilômetros em baixa velocidade.

9) Onde calibrar os pneus?

Você deve ter respondido: nos postos de combustível, oras! No entanto, há outros lugares que dispõe do aparelho de calibragem para os pneus, como lojas que vendem pneus ou em oficinas especializadas em serviços automotivos.

Os postos de combustível costumam ser um dos lugares menos confiáveis para realizar a calibragem dos pneus, já que muitos deles não ajustam e regulam precisamente os aparelhos com frequência, podendo fazer com que você calibre os pneus do seu carro de forma incorreta.

Portanto, procure experimentar calibrar os pneus em outros lugares ou ainda mudar sempre o posto de combustível.

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10) Fique atento á validade do pneu

Além de calibrar os pneus, você precisa ficar atento a outros pontos para aumentar a durabilidade dos mesmos. Um deles é a validade: sim, os pneus também têm data de validade. Os pneus têm data de validade de cerca cinco anos após a data de fabricação.

Para verificar qual é a validade do pneu do seu carro, basta olhar os quatro dígitos nas laterais, indicando a semana e o ano de fabricação. Portanto, como exemplo, pneus fabricados na segunda semana de 2016 (0216) têm validade até aproximadamente a segunda semana de 2021.

11) Alinhamento e balanceamento

Vale ainda realizar o alinhamento (veja quanto custa), processo de regulagem da direção e suspensão do veículo, que impacta diretamente na vida útil dos pneus (fazendo você economizar dinheiro, já que os pneus vão durar mais).

Isso ainda torna a direção mais leve, já que haverá menor resistência de rolamento, e proporcionará maior controle de direção, aumentando a segurança do veículo.

Se a direção do seu veículo puxa para um lado ou o carro tende a ir para um lado quando está em linha reta, se os pneus fazem barulho nas curvas ou se o volante não está centralizado, o seu veículo precisa passar por um alinhamento urgentemente!

É necessário ainda realizar o balanceamento, processo de compensação feito para equilibrar o conjunto do pneu e rodas do veículo, que permite que a roda gire sem provocar vibrações nos veículos em determinadas velocidades.

Quando há desbalanceamento no veículo, a direção torna-se instável e ocorre um desgaste irregular dos pneus.

Entre os sinais que demonstram que é necessário realizar um balanceamento estão: vibrações no veículo ou trepidação no volante ao alcançar velocidade média de 60 km/h.

12) Rodízio de pneus

Faça ainda o rodízio (veja aqui como fazer), troca periódica de posição dos pneus nos eixos, que proporcionará o desgaste mais uniforme, prolongando a vida útil dos pneus e assegurando o bom comportamento do veículo.

Se percebermos que os pneus do eixo dianteiro estão um pouco mais gastos que os pneus do eixo traseiro ou vice-versa, é sinal que deve ser realizado o rodízio dos pneus entre os eixos.

Já se os pneus de um lado estão desgastando mais que do outro, é necessário inverter os lados dos pneus. E se os dois fatores são constatados ao mesmo tempo, deve-se fazer um rodízio em “X”.

[Imagens: Reprodução]

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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 18 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.