Corolla 1.8 x Civic 1.8 – um comparativo na vida real

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Adoramos ver uma briga! Seja no ringue, seja no mercado, ver lados opostos digladiando para ver quem sair vencedor é uma questão de tomar partido, de escolher um lado pelo qual torcer.

Talvez por isso gostemos tanto de ver comparativos entre carros do mesmo segmento, defendendo as posições – entre vantagens e limitações – dos projetos das marcas que representam.

Já estamos bem calejados de alguns comparativos vistos nas revistas e sites especializados do mundo automotivo, que não poucas vezes acabam num “puxar a sardinha” pra esse ou aquele modelo, o que nem sempre representa o viés do mercado.

Atendendo sugestões lidas nos comentários aqui no NA resolvi partir para um modelo de pesquisa de satisfação e calhei por conseguir um testemunhal bacana de um amigo do Distrito Federal que tem na garagem dois icônicos sedans japoneses:

Os indefectíveis Toyota Corolla e Honda Civic!

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Segue abaixo o relato da experiência de convivência com eles na visão de quem tem os dois:

“Tenho um Corolla 2006 e um Civic 2008. Sei que a comparação não está em termos atuais, mas acho que mandei muito mal quando comprei o Civic. Hoje, na comparação entre eles, o visual do Corolla é menos franciscano e tem lá seus agrados. Já o Honda Civic me agradou mais pelo visual, mas logo em seguida as ‘imperfeições’ do Honda começaram a se mostrar.

Para arrancar, o Honda demora a processar o comando. Se precisar sair mais rápido, o que o carro faz é “travar”. Parece que fica pensando no que vai fazer, chegando quase a parar e depois sai devagar, muito devagar… Numa retomada acontece a mesma coisa: ao invés do carro acelerar, ele diminui, altera a rotação, dá um ‘coice’ e daí começa a retomar o que tinha perdido. Com o Corolla nada disso acontece. É só pisar e o motor abre. Para acontecer o “coice” no Corolla é preciso pisar insistentemente até o fundo do acelerador, o que enganaria qualquer câmbio automático.

Consumo:

Aff! Em condições iguais de trânsito, o Civic faz 8 km/l (suando) enquanto o meu velho Corolla tira de letra 10 a 10,5 km/l. Percebi que nas subidas, com o Honda é necessário compensar mais a aceleração do que no Corolla.

Dependendo da subida, o rendimento do Honda cai tanto que é comum ter que apelar para a redução de marcha para aumentar o giro.

Porta-malas:

O Honda nem parece um carro da mesma categoria. Cara, fala sério! No ano dos meus carros são 450 litros no Corolla contra 314 litros do Civic. Ouvi falar que arrumaram isso na nova versão, será verdade?

O duelo deve estar interessante agora, não é? O Civic nona geração está 95% reestilizado, inclusive no famigerado porta-malas, agora com 449 l conseguidos com o sacrifício do estepe (agora é aquele “biscoitinho” e não uma roda e pneu normais)”.

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Por coincidência hoje o dentista estava comentando comigo sobre sua experiência com o Civic – ele também um ex-proprietário de Corolla da primeira geração brasileira – e as ponderações sobre a convivência dele com o Honda têm certa paridade com a percepção do meu amigo.

Ambos consideram o carro meio duro, meio seco e no caso dele que tem mais de 2 metros de altura, fez menção à posição de dirigir muito baixa, obrigando-o a ficar com os joelhos meio levantados.

Ambos parecem ter um perfil mais conservador, mais voltados para o rodar típico do sedans macios.

Não há dúvida de que se trata de dois bons produtos, embalados em três volumes definidos, mas a impressão que fica é a de que apesar dos dois carros dividirem o mesmo segmento e a origem oriental, seus atributos parecem “conversar” com públicos distintos.

Será que a terceira posição do Chevrolet Cruze no mercado atualmente segue pelo meio-termo entre as propostas destes dois japoneses?

Por Rique Franco

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X