ABVE: nova política de importação beneficiará somente carros a combustão

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O retorno de imposto de importação para carros elétricos e híbridos abalou várias estruturas do mercado nacional e prometem alterar o status das vendas de carros eletrificados a partir de janeiro de 2024.

Várias entidades estão se posicionando sobre a retomada da cobrança de alíquotas e a nova política nacional pára importações de carros eletrificados.

A ABVE – Associação Brasileira do Veículo Elétrico – se posicionou contra o anúncio feito pela Gecex/Camex. dizendo que a nova política “frustrou todos aqueles que, como a ABVE, apostam no transporte limpo, renovável e sustentável no Brasil”.

Na visão da entidade, a imposição de taxas para entrada de carros elétricos e híbridos será benéfica somente para automóveis a combustão, no curto prazo.

A médio prazo, as novas regras criarão insegurança para empresas que queiram investir na fabricação de carros eletrificados no mercado nacional.

Como se sabe, além das alíquotas, a nova política inclui ainda cotas para importação com alíquotas zero, mas ainda não se sabe os detalhes de quem terá maior ou menor percentual do montante disponibilizado.

Ricardo Bastos, presidente da ABVE, comenta: “As medidas anunciadas hoje são muito ruins para a eletromobilidade. Elas atendem principalmente ao lobby das associações que defendem os combustíveis fósseis, e não aos interesses dos consumidores e da sociedade brasileira, que apoiam um transporte moderno e não poluente”.

A entidade também diz que a decisão do governo foi “intempestiva”, já que o anúncio antecede a política que o governo federal ainda não revelou para o mercado automotivo nos próximos anos, sendo conhecidos como Mobilidade Verde e Inovação-Mover.

Bastos critica: “O governo decidiu fechar o mercado às tecnologias de baixa emissão antes de as empresas saberem qual será a regra do jogo do futuro regime automotivo”.

O executivo finaliza: “Elas penalizam as tecnologias de baixa emissão e vão na contramão da tendência global de eletrificação da indústria automotiva”.

Para Bastos, as novas regras terão efeito contrário no mercado brasileiro.

 

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X