A Fiat Titano está sendo celebrada como a primeira picape média da marca italiana. De fato é, mas somente no Brasil, uma vez que na Europa, o fabricante de Turim emplacou outro modelo que, aliás, é bem conhecido do público brasileiro.

A Fiat Fullback foi um produto que a então FCA, em associação com a Mitsubishi, introduziu na Europa em 2016, sendo nada menos que uma remarcação da picape média Mitsubishi L200 Triton, a mesma produzida no Brasil.

O acordo foi fechado entre as duas marcas em 2014 e a produção se concentrou na Tailândia, porém, envolveu mais que a Europa, também vendas na África e Oriente Médio, mas sob a marca RAM, sendo o modelo chamado de Ram 1200.

Tendo apenas o logotipo da Fiat, assim como rodas diferenciadas e ajustes para o mercado europeu, a Fiat Fullback usava o motor diesel 2.4 de 150 ou 181 cavalos, com transmissão manual ou automática, além de tração 4×4 com reduzida.

A Fullback até ganhou uma versão feita para a polícia italiana e tinha acabamento interno escurecido, com a versão Cross tenha detalhes externos personalizados, como um santantônio bem chamativo e o acabamento interno em couro marrom e outras tonalidades.

A Fiat Fullback foi um produto de nicho num mercado que não explora picapes médias, como são os europeus, mas atendeu ao que se espera dela, até que o acordo com a Mitsubishi foi encerrado nas negociações da FCA com a PSA.

Mesmo sem a Fullback, a Fiat tomou o gostinho do que é ter uma picape média e a chance de repetir o feito veio mesmo da PSA, uma vez que a FCA matou qualquer chance da Ram, sem contar outras marcas do grupo, terem uma picape média de chassi.

Como a Peugeot já havia planejado uma picape média com os chineses da JMC, com a Stellantis o projeto se materializou e a Fiat finalmente conseguiu ter um produto no mesmo segmento, mas assim como a primeira, a italiana não inovou.