Era só o que faltava. Sim, o tão aguardado Peugeot 208 GT chegou ao lineup brasileiro em abril de 2016 e agora passou pela Avaliação NA.
O hot hatch da marca francesa mostra as garras do leão, que ruge e entrega o que propõe, performance. Mas, além disso, vem também com um belo pacote visual.
Disponível anteriormente na Europa, o 208 GT vem assumir no Brasil uma posição de destaque no segmento de hatches compactos esportivos. Equipado com o forte motor 1.6 THP Flex de 173 cv e com um câmbio manual justinho, o Peugeot chama a concorrência para a briga.
No lançamento, custava R$ 78.990, mais caro que o Renault Sandero RS 2.0, por exemplo, mas com uma proposta muito além do mesmo. Agora, o franco-brasileiro custa a partir de R$ 80.590, alcançando até R$ 82.280 na cor branca.
Além do conjunto propulsor ideal, o Peugeot 208 GT ainda reúne um bom pacote de equipamentos e um visual personalizado próprio, embora a marca tenha deixado sua aparência mais limpa, mas ainda assim os detalhes denotam que este 208 anda muito.
Por fora…
Nada de exageros estéticos. A Peugeot decidiu não carregar demais o 208 GT. A sua renovação visual já entrega um bom estilo ao hatch, cuja aparência é mais “premium” que a maioria dos concorrentes.
Para quem gosta de spoilers pronunciados, saias laterais, suspensão bem rebaixada e aerofólio proeminente, esqueça o 208 GT ou então adicione alguns acessórios para deixá-lo mais agressivo.
O que indica ser o GT é a cor vermelha na grade frontal, assim como o nome Peugeot.
Há também escape duplo cromado, rodas de liga leve aro 17 com desenho esportivo e filetes vermelhos, defletor de ar e retrovisores pretos e lanternas escurecidas com linhas igualmente pretas.
Completando, teto panorâmico, barra prateada no teto, faróis com LEDs diurnos e luzes traseiras em LED. Não confundir GT com o 208 Sport, pois são muito parecidos.
O logotipo GT aparece nas portas e tampa traseira para mostrar que este Peugeot não tem somente um mero pacote visual.
Por dentro…
No interior, a Peugeot adotou a política de agrade quem vai dentro primeiro. Assim, a personalização polida no exterior foi realçada no habitáculo.
A começar pelo belo volante em couro costurado em vermelho com fundo chato, raio cromado, logotipo GT e faixa indicativa de posição do volante.
Como em todo 208, é muito pequeno e lembra um kart. Isso por conta do i-Cockpit, que oferece instrumentação elevada para ser vista acima da direção.
O visual também é exclusivo e chama atenção pelo grafismo especial e detalhes em vermelho, além dos mostradores analógicos de combustível e água.
O painel tem textura central que lembra propositalmente fibra de carbono, além de detalhes cromados e em preto brilhante. A multimídia é completa e tem GPS, além de Jukebox, serviços conectados da Peugeot, Car Play, MirrorLink, câmera de ré, dados de consumo e performance, além de conexões USB, auxiliar e Bluetooth.
O ar-condicionado dual zone está naturalmente presente. Já a alavanca de câmbio tem pomo metálico e estilizado, enquanto os pedais são esportivos. Os bancos são envolventes e seguram bem o corpo.
São revestidos em couro e tecido, tendo tonalidade cinza e vermelha, além de costura dupla de mesma tonalidade. As portas possuem apoios em couro com costura idêntica.
Teto e colunas são pretos e o vidro panorâmico dá um destaque a mais, como sempre, ao 208. As luzes de leitura e interna são em LED. Na traseira, o banco é bipartido com três apoios de cabeça e cintos triplos. O porta-malas tem espaço dentro do esperado: 285 litros.
Por ruas e estradas…
Na pista do circuito Virgílio Távora em Fortaleza pudemos experimentar o 208 GT quase em seu limite, mas no dia a dia, a coisa é diferente.
Com 166/173 cv a 6.000 rpm (gasolina/etanol) e 24,5 kgfm começando em 1.400 rpm (qualquer combustível), o 208 já andaria muito, mas a Peugeot fez uma preparação para este GT.
Dotado de câmbio curto com seis marchas, não muito justas na alavanca, o esportivo pede para ser acelerado em tempo integral. Há indicação de mudança de marcha, mas não tente acompanhar.
O 1.6 THP não aceita bem manter um giro baixo durante a condução. Nas reduzidas para transpor uma lombada ou no trânsito pesado, a primeira tem de estar à mão, pois ele sofre na marcha acima.
O giro abaixo de 1.500 rpm denuncia o lag, mas acima disso a coisa melhora, realmente empolgando acima de 3.000 rpm.
É fácil sair rápido e ver que o controle de tração simplesmente parece decorativo, chamando assim a atenção de quem está do lado de fora.
Dá para ir muito além de 6.000 rpm e nada de corte. Nesse ponto, o Peugeot 208 GT já deixou muita gente para trás.
As retomadas também são condizentes com a performance do carro, que também tem direção bem direta, mas leve em manobras. O câmbio tem um curso um pouco longo, mas as trocas são precisas.
A embreagem é um pouco mais dura que a do 1.2, por exemplo, reforçando a impressão real de um esportivo.
Na estrada, pode-se manter uma boa velocidade de cruzeiro de forma confortável, mas a condução com giro alto é a sensação do 208 GT. Nas curvas, o bom ajuste da suspensão confere estabilidade e segurança, sem nenhuma tendência de desgarrar-se. Em piso irregular, sofre um pouco, mas nada além do esperado.
O nível de ruído é bom e o ronco do motor – quando em giro elevado – invade sem cerimônias o ambiente do 208 GT. Por ser um esportivo e com motor turbinado, a sensação é boa. Os freios são mais do que suficientes (discos nas quatro rodas) para parar o esportivo da Peugeot.
Na condução urbana, fizemos 8,5 km/litro e na estrada, 10,1 km/litro, ambos com o etanol fornecido pela Peugeot. No geral, agradou.
Por você…
Sem o Punto T-Jet, o Peugeot 208 GT tem como concorrentes mais próximos os Fiat 500 Abarth – por congelados R$ 94.000 – e o DS3 – saindo a partir de R$ 92.900 – pois o Renault Sandero RS 2.0 custa praticamente R$ 20.000 a menos. Por não ser tão pequeno e oferecer mais conforto, além de um pacote mais generoso, o francês se torna uma opção mais interessante.
Piloto automático, faróis de neblina com função curva, sensores de chuva e crepuscular, trio elétrico, assistente de partida em rampa, controle de estabilidade, repetidores de direção nos retrovisores, iluminação vermelha da multimídia, banco e coluna de direção ajustáveis e seis airbags são outros itens oferecidos de série.
Para quem procura um hatch compacto com pegada esportiva e sem chamar muita atenção, já que não há um pacote aerodinâmico associado mais agressivo, o Peugeot 208 GT se encaixa bem na escolha, ainda mais em um segmento que perdeu um membro bem conhecido e ganhou uma proposta caseira de baixo custo, essa nova alternativa feita em Porto Real surge em boa hora.
Medidas e números…
Ficha Técnica do Peugeot 208 GT 1.6 THP:
Motor/transmissão
Número de cilindros – quatro cilindros, turbo, Flex
Cilindrada – 1.598 cm³
Potência – 166/173 cv a 6.000 rpm (gasolina/etanol)
Torque – 24,5 kgfm a partir de 1.400 rpm (gasolina/etanol)
Transmissão – Manual com seis marchas
Desempenho
Aceleração de 0 a 100 km/h – 7,6 segundos
Velocidade máxima – 222 km/h
Rotação a 110 km/h – 2.500 rpm
Consumo urbano – 8,5 km/litro (etanol)
Consumo rodoviário – 10,1 km/litro (etanol)
Suspensão/Direção
Dianteira – McPherson/Traseira – Eixo de torção
Elétrica
Freios
Discos ventilados dianteiros e sólidos traseiros com ABS e EDB
Rodas/Pneus
Liga leve aro 17 com pneus 205/45 R17
Dimensões/Pesos/Capacidades
Comprimento – 3.975 mm
Largura – 1.702 mm (sem retrovisores)
Altura – 1.472 mm
Entre eixos – 2.541 mm
Peso em ordem de marcha – 1.196 kg
Tanque – 55 litros
Porta-malas – 285 litros
Preço: R$ 80.590
Galeria de fotos do Peugeot 208 GT:
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