Carro da semana, opinião de dono: Chevrolet Agile LTZ 2012

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Olá pessoal, sou Leonardo e moro em Orlândia, interior de São Paulo. Acompanho o site Noticias Automotivas há mais de dois anos e, como todos nós leitores assíduos, ficamos sabendo das notícias antes mesmo de muitos outros sites brasileiros que atuam no ramo.

Além das notícias, o NA também abre um espaço para o leitor e costuma, frequentemente, publicar textos especiais e também a avaliação do automóvel do dono.

Vim relatar minhas primeiras impressões com o novo carro da família. Anteriormente havia na garagem daqui de casa um Corsa, modelo antigo, ano 2000, porém com estado de conservação excelente, que deixava muitos carros ano 2006, por exemplo, no chinelo.

Porém, resolvemos trocar de carro em dezembro de 2011, e no último dia 30 de dezembro tiramos da concessionária um Agile, modelo LTZ completo 2012 na cor branca.

A escolha de um novo carro foi tanto quanto limitada. Um dos motivos era o espaço que restava na garagem, relativamente pequeno para um veículo de maior porte em relação ao Agile, ou seja, apenas hatches compactos.

Eu e meu pai, que me aconselhou, olhamos vários outros veículos, como os próprios concorrentes do Agile, como o novo Fiat Palio, Ford Fiesta e Volkswagen Fox (só há 4 concessionárias, das quatro grandes, em minha cidade).

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Porém, quando equipados com praticamente todos os equipamentos do Chevrolet, chegavam ao preço de R$ 47 mil, que ultrapassava o valor que estávamos dispostos a pagar pelo novo carro.

E como aqui é cidade pequena, as concessionárias praticamente se aproveitam dos consumidores cobrando preços elevados, pois sabem que vão vender devido o tamanho restrito do município, sendo que Ribeirão Preto, cidade metrópole da região, fica a mais de 55 km.

Como seria um carro pra toda a família, deveria ter um espaço interno generoso e porta-malas amplo, sem grandes dimensões externas. Fomos até a concessionária da Chevrolet para ver o Agile.

Logo de cara quando fomos olhar por curiosidade uma Montana Sport verde (que nada mais é do que uma picape do Agile), modelo de test-drive, que estava estacionada na calçada da revenda, um vendedor nos recebeu com muita atenção.

Falamos que estávamos interessados em um Agile e logo o vendedor nos direcionou ao showroom mostrando um Agile LT. Meu pai e eu nos interessamos bastante no carro. O vendedor informou ao meu pai todos os itens de série disponíveis no LT – eu já sabia fazia tempo.

O modelo de entrada, com airbag e sem ABS e vidros traseiros a manivela, estava sendo oferecido por R$ 37 mil.

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Já o LTZ, com freios ABS e vidros traseiros elétricos estava com preço de R$ 43 mil. Analisamos bem a situação e resolvemos fechar negócio no modelo LTZ dois dias depois. Com desconto, o preço passou para R$ 41.990.

Para alguém acostumado com um modelo pequeno, sem nenhum item de conforto, o Chevrolet Agile impressionou.

Ao contrário de muitas pessoas, todos da família aprovaram o visual externo do hatch compacto e gostaram, principalmente, do interior. Este é um dos principais pontos fortes do carro.

Logo ao entrar no carro notamos as maçanetas que fogem do padrão convencional, mas com o tempo nos adaptamos com o item, o volante de três pontos com acionamento de buzina nas extremidades e o (bonito) painel de instrumentos, que concentra informações analógicas da velocidade, conta-giros e marcador de combustível, todos na cor “Ice Blue”, novo padrão da GM.

Os ponteiros dos instrumentos se escondem ao desligar o automóvel, e quando ligado faz uma “varredura”, mais conhecido como as “boas vindas” do veículo.

Ao contrário do convencional, o conta-giros é do lado oposto, onde a menor rotação fica na parte superior e a maior na inferior.

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O computador de bordo tem seis funções: autonomia, velocidade acumulada, temperatura externa, consumo instantâneo, consumo total e hora.

Para trocar as funções a serem exibidas no painel digital basta apertar um botão na extremidade da haste localizada atrás da direita do volante.

Além do painel de instrumentos, outro detalhe que chamou bastante atenção foi o display digital do ar-condicionado, algo incomum em veículos desse porte e até mesmo em modelos sem ar-condicionado digital. Os botões do ar são bonitos e de fácil manuseio.

Logo acima do display, há dois botões: um do pisca alerta (no centro) e outro para acionar a trava das quatro portas (à esquerda), que inclusive trava automaticamente após o veiculo percorrer 15 km/h. A direção é hidráulica, porém, aparenta ser mais pesada do que os demais modelos equipado com o item.

Assim como o Eber já citou em sua avaliação do Agile LTZ 1.4 cedido pela Chevrolet, os bancos do modelo tem bom acabamento e são macios, além de ter um desenho gentil.

O banco do motorista tem ajuste manual de altura (difícil de ser regulado) e também regulagem de altura do volante, enquanto o do passageiro ao lado tem o encosto rebatível, permitindo acomodação de objetos maiores, como uma prancha de surf, por exemplo.

Ambos contam com porta-revista atrás dos encostos, que tem uma densidade um pouco dura. O rádio do modelo é completo, com entrada USB, auxiliar, CD e Bluetooth, que permite realizar chamadas pelo som do carro. A qualidade dos alto-falantes é excepcional.

O espaço interno é muito bom. Com o banco dianteiro totalmente afastado, minhas pernas ainda ficam com um dedo de sobra para encostar no banco.

Ele acomoda facilmente quatro adultos e uma criança, mas peca por não oferecer cinto de três pontos e encosto de cabeça para o terceiro ocupante traseiro.

Há plásticos para todos os lados, somente com um pequeno espaço em tecido nas portas. O porta-malas também é bastante espaçoso, com pouco mais de 320 litros, mas poderia ter ao menos uma abertura elétrica através da chave ou por um botão no painel.

Na cidade, o motor 1.4 litro Econo.Flex responde razoavelmente bem e o consumo urbano registrado pelo computador de bordo é de 8,5 km/l. A motorização fica com desempenho apenas razoável quando há quatro pessoas, demorando um certo tempo para pegar um embalo e andar de forma mais ágil.

A suspensão também é boa. A estabilidade não é lá essas coisas, entrar em uma curva em alta velocidade pode não ser uma boa opção. Mas como o carro é utilizado 80% na cidade, o Agile atende nossas necessidades. Em suma, o Agile é o novo “queridinho” da família.

É claro que não é a melhor opção da categoria, mas atende a quem procura um carro espaçoso, com porta-malas bom, motorização razoável e com um preço na faixa de R$ 43 mil que entregue airbag duplo, freios ABS e trio elétrico como itens de série.

Muitos ainda irão insistir na pergunta do porque não optamos por um Palio, Fox ou Sandero.

Como já disse, o preço de Palio e Fox quando equipados com os mesmos equipamentos do Agile LTZ, iria além dos R$ 43 mil cobrado pela concessionária da Chevrolet por aqui, além de serem menores que o Agile no quesito espaço interno e porta-malas.

E o Renault, apesar de ter uma cabine maior que a do Agile, não tem concessionária da marca por aqui, o que dificulta em relação às revisões e manutenção. Além disso, apesar de quesitos que fazem do Chevrolet Agile um carro odiado por boa parte do público, como a plataforma antiga e o visual, estou gostando muito do carro.

Os contras ficam por conta do acabamento, com excesso de plástico e pouca área de tecido das portas, e pequenos ruídos que surgem da parte frontal da cabine devido o acabamento, digamos, porco.

Além disso, a suspensão, após cerca de quatro quilômetros rodados, começou a emitir barulhos no momento da saída dos passageiros no interior do veículo, algo visto por mim também em outros modelos, como o Palio Economy, da Fiat, que apresentava um rangido ainda mais forte.

A estabilidade também não é lá essas coisas, mas nada que prejudique muito a vida na cidade. Mas se formos olhar para o Fox, por exemplo, a estabilidade não é de se empolgar. Mas no Agile, nesse quesito, há certa decepção.

O câmbio também não é de se elogiar e é apenas suficiente – logo depois que pegamos o carro, a segunda marcha tinha certa dificuldade para entrar, mas logo depois o problema foi solucionado ao amaciar o aparato mecânico do veículo.

No momento, eu não recomendaria a compra de um Agile. O Fiesta Rocam, por exemplo, está sendo oferecido com um custo benefício elogiável.

O novo Palio Essence, quando equipado com os mesmos equipamentos do Chevrolet, também tem um preço razoável, além de entregar modernidade, design e motorização superiores.

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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 18 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.