Carro da semana, opinião de dono: Citroen C4 Lounge THP

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OBS.: O nosso leitor Ubaldir Jr já contribuiu para o NA com dois textos interessantes, um falando sobre sua experiência ao rodar 60.000 km com um Volkswagen Jetta e o outro falando sobre seu primeiro ano com o Citroen C4 Lounge THP. Agora ele nos dá seu veredicto após rodar 30.000 km com o modelo francês, confira:

Prezados amigos, como os pedidos já são diversos, e prometi que quando o carro estivesse com uma quilometragem mais avantajada estaria aqui de novo para ceder aos leitores um panorama da convivência com o modelo, cá estamos nós.

Se vão dois anos e praticamente 30 mil quilômetros de convivência (faltam cerca de 700 km), momento em que fica bem fácil falar com muita propriedade de um modelo.

Vamos por tópicos.

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Conjunto motriz – motor e câmbio

Impecável. Essa é a palavra mais apropriada para descrever o comportamento do conjunto motriz do Lounge Exclusive.

O motor tem o desempenho que já é do conhecimento de todos, com torque máximo elevado em regimes bem baixos de rotação e mantido por uma ampla faixa de giros, o que garante agilidade em praticamente qualquer situação.

O turbo-lag até existe: em arrancadas a partir da imobilidade, como o pico de torque chega nos 1500 giros e a rotação de ponto morto fica em torno dos 900 rpm, há um breve momento em que você percebe uma “seguradinha” no carro.

É mais ou menos como se o veículo saísse com um elástico amarrado em sua traseira, o qual se rompe em fração de segundos: é uma “estilingada” impressionante sempre que se aperta o pedal da direita um pouco mais fundo saindo do zero.

Quanto ao câmbio, sinceramente não consigo me lembrar de uma única situação em que se possa dizer que a marcha ideal não esteja engatada. O casamento com o motor é ótimo, e garante excelência no comportamento dinâmico do carro.

Não há nenhum tipo de tranco nas trocas, e o modo “S” cumpre bem sua função, levando o carro a giros mais elevados e fazendo reduções mais agressivas sempre que se procura diminuir a velocidade.

Um porém que pode ser levantado é a tendência de “empurrar” o carro quando parado maior do que se poderia esperar, gerando uma certa estranheza nos primeiros meses de contato com o modelo. Li informações de que a Citroën reduziu essa característica juntamente com a adoção do motor flex. Ainda não tive oportunidade de verificar.

Há também o fato de a função manual do câmbio estar relegada à alavanca de câmbio. Quando se pensa que um Citroën C3 possui aletas atrás do volante para as trocas… realmente é uma falha imperdoável.

Até aqui, em termos de confiabilidade, tudo 100%, nenhum problema mecânico ligado ao conjunto motriz a ser relatado.

Nota 9,5

Suspensão e direção

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No quesito suspensão reside o único problema mecânico que o carro apresentou nesses 2 anos: com o modelo recém-saído da primeira revisão, acertei um gigantesco buraco com as 5 pessoas a bordo.

Os danos visíveis imediatamente se restringiram a uma pequena saliência no pneu dianteiro direito.

Entretanto, com o passar dos dias passei a notar uma folga na coluna de suspensão direita, vista em princípio mais claramente em manobras de baixa velocidade e pisos irregulares. Levei o carro à assistência, onde recomendaram desempeno de rodas e deram um reaperto geral na suspensão.

Já perto da revisão de 20.000 km, o carro voltou a apresentar a folga na coluna de suspensão direita, dessa vez se desenvolvendo progressivamente. Como já estava na hora da segunda revisão, relatei o problema na concessionária.

O veredicto foi a necessidade de substituição dos amortecedores dianteiros com mudança dos parafusos de fixação da coluna, o que foi providenciado em garantia, com uma espera de cerca de 60 dias para a chegada de todas as peças necessárias.

Como não havia restrição de utilização, continuei com o veículo durante o período de espera, tendo que suportar o incômodo ruído de “bateção” da suspensão, o qual nos últimos dias antes da troca de amortecedores já se apresentava muito incômodo.

Bem, narrado este infortúnio, vamos ao que interessa: a suspensão do carro funciona muito bem. É confortável, dá uma ótima estabilidade ao veículo e até agora demostrou razoabilidade em sua robustez.

O senão fica por conta da pancada muito seca que se tem ao se passar com o carro em obstáculos mais pronunciados, como buracos ou valetas de tamanho mais significativo. O barulho é forte e incômodo sempre.

Já a direção é um caso a parte. O sistema é o velho eletro-hidráulico do grupo PSA, idêntico ao que já equipava outros modelos mais datados da marca, como o Peugeot 307.

Pois bem, ele continua equipando a atual leva de modelos médios das marcas francesas, como C4, 308 e 408. Olha, definitivamente se sente o peso da idade do projeto.

A sensação é que ele foi projetado para ser um pouco mais sensitivo, passando as imperfeições do asfalto para o motorista, com o amortecedor de direção atuando de forma mais fraca que o normal, mas procurando-se manter o peso reduzido em manobras.

O resultado foi o pior de 2 mundos: nem se obteve o conforto extremo das direções de padrão norte-americano, pois ela não é o que se pode chamar de realmente leve, nem a solução de se repassar as sensações da pista para o volante foi bem-sucedida, trazendo mais desconforto que esportividade ao conjunto.

Acaba que em velocidades mais elevadas, a sensação é de certa insegurança, com a direção tendendo a copiar demais o asfalto, fazendo o motorista sentir ao volante uma tendência de avanço em direção a qualquer depressão mais pronunciada na pista.

Some-se a isso o volante de diâmetro obsceno, e você acaba tendo uma direção pouco interativa, que não compensa essa característica com conforto.

É um comportamento que inicialmente eu colocava na conta da suspensão, mas que com o tempo de uso ficou claramente definido de que se trata de uma característica ligada ao sistema de direção.

Nota: 6,5

Sistema elétrico e de iluminação

O sistema elétrico do carro se mostrou extremamente confiável ao longo desses 30 mil km. Nenhuma ocorrência, nenhuma lâmpada queimada sequer.

Como ressalva fica o fato de que, em minha opinião, a iluminação frontal deixa a desejar em termos de eficiência.

Quando adquiri minha unidade, a Citroën já não estava disponibilizando o pacote opcional com faróis de xênon e teto solar, ficando o modelo relegado aos faróis comuns.

A impressão que tenho é que a eficiência deles não é a ideal, em especial na comparação direta com modelos que já possui.

As lanternas traseiras e o sistema auxiliar de neblina são de bom gosto e eficientes, tanto em funcionamento quando desligados.

Falha grotesca está no fato de que os LEDs instalados no para-choque (supostamente para iluminação diurna) não funcionam como tal, apesar de serem de extremo bom gosto.

Eles só são acionados independentemente se escolhida posição específica para este fim na alavanca de seleção de iluminação. Convenhamos, em um carro com sensor crepuscular, não faz o menor sentido ser necessário acionar esse dispositivo.

O sistema de iluminação diurna, quando acionado via configurações, acaba por ligar automaticamente os faroletes amarelos do farol.

o mais, os LEDs se ligam automaticamente apenas em conjunto com os faróis quando a opção de acionamento automático dos mesmos está ligada. É insensato.

Nota: 7,5

Ambiente interno

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Aqui um dos pontos mais fortes do modelo.

Ótimo acabamento, painel de instrumentos completíssimo, original e muito agradável, muito conforto para ao menos 4 ocupantes (o da posição central do banco traseiro é atrapalhado pela saliência do descansa-braço escamoteável e pelo túnel central do assoalho), o conforto visual e o contentamento proporcionado pelo ambiente são excelentes.

Em termos de montagem, o conjunto se mostra muito bom. Ruídos internos são raros, e um ou outro que apareceu sempre foi de fácil solução.

Os materiais de acabamento são muito bem escolhidos, com forração soft touch sobre o painel e no topo das 4 portas.

O painel de instrumentos tem informações digitais, ampla gama de mensagens de auxílio de direção e controle dos sistemas do veículo e repetidor das funções do GPS, computador de bordo, telefonia e áudio que são disponibilizadas na multimídia.

De muito bom gosto a opção de variação da cor do fundo do cluster e o conta-giros digital em escala branca que pisca em vermelho quando atingido o limite de giros, antes da troca de marcha.

Único porém do painel fica por conta do reflexo da coluna de direção no cluster por volta do meio do dia, o que atrapalha um pouco a visualização das informações neste período.

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Os bancos são bonitos, confortáveis, com forração em couro de extremo bom gosto.

O senão fica para a posição de dirigir, que é muito confortável, mas deixa a esportividade em segundo plano. Bem, combina com a categoria do veículo, mas não com o seu desempenho diferenciado.

Não chega a ser um defeito, é algo relegado a uma questão de gosto.

Nota 9,5

Porta Malas

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Com boa abertura para acesso de bagagem, ótima capacidade, formato interno que privilegia o encaixe do maior volume possível de volumes, bom acabamento e elemento que isola os “pescoços de ganso” do compartimento, o porta-malas do Lounge atende muito bem às necessidades de qualquer família.

Uma rede com fixação nos extremos para segurar alguns pequenos volumes que se transporta ali no dia-a-dia evitando sua movimentação seria de bom alvitre.

Nota 9,5

Interatividade

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O modelo conta com uma central multimídia de muitas funções (mas desprovida de leitura de vídeos e fotos), uma tela de boa dimensão e com belos gráficos. O som é de boa (não ótima) qualidade.

Os comandos são extremamente intuitivos, e facilmente se sente confortável no comando dos mesmos. A CM possui a incongruência de não ser touchscreen, o que torna um pouco digamos, burocrática a utilização do GPS no que tange à inserção de endereços.

A contrapartida vem no fato de os botões de comando da unidade ficarem dispostos na seção central do painel, com uma bela iluminação alaranjada, o que delega ar de sofisticação e bom gosto visual ao conjunto.

Isso normalmente não ocorre em modelos com função de toque na tela, que costumam eliminar botões de comando adicionais.

O porém: a inicialização da multimídia é muitas vezes lenta quando se liga o carro. É muito normal que a unidade permaneça 10 a 20 segundos estampando o símbolo da Citroën na tela antes de começar a operar efetivamente, deixando as funções de gráfico de sensores de estacionamento e da câmera de ré inoperantes neste período.

Olha, parece irrelevante, mas normalmente é a hora em que você mais precisa dos sensores e da câmera, o que faz você ter que aguardar esse período para sair com o veículo. Não tenha dúvidas, “enche o saco”.

Os controles de som, telefonia, controle e limitador de velocidade instalados no volante são simplesmente perfeitos. Que me desculpem os adeptos das “alavanquinhas” atrás do volante utilizadas para este fim, mas aqui não há período de adaptação, não há necessidade de reconhecer as funções pelo tato: está tudo estampado em sua cara, tornando facílima a sua operação.

Existe o argumento de que em manobras as funções no volante se cruzam, tornando impossível a operação do sistema. Eu digo: quem é que precisa realmente operar os comandos exatamente durante as manobras?

Sem falar que ao estar se manobrando um carro, a operação das “alavanquinhas” também não é a tarefa mais agradável do mundo.

Nota 8,0

Ergonomia

Na questão da ergonomia, temos alguns “senões” para levantar. O modelo conta com poucos “porta-trecos” em seu interior e, mesmo para mim, que pouca coisa levo no carro, faz falta.

Um bom exemplo: não há um nicho adequado onde se possa colocar o celular, não há um porta-óculos, não há porta-garrafas. Os nichos que existem são bem construídos, normalmente forrados em seu fundo, mas eles são escassos.

Há algumas incongruências que fazem diferença no uso diário:

1. a falta de um botão para abertura do porta-malas na própria tampa – ou se abre pelo botão da chave, ou pelo botão no interior do veículo, na porção inferior esquerda do painel.

Pode parecer bobagem, mas em um carro com sistema kessy incomoda muito em determinadas situações. Pouco custava haver um botão na tampa com a mesma função;

2. Os botões de abertura do tanque e do porta-malas no painel são dispostos um sobre o outro, no canto inferior esquerdo do painel, com difícil visualização.

O resultado é que não é raro que se abra o porta-malas quando se quer abrir o tanque e vice-versa. Incomoda;

3. O volante é realmente de dimensões exageradas. É bonito, abre um bom espaço para que todos os controles de cruise, mídia e telefonia estejam dispostos no centro do volante, mas acaba delegando à direção menor agilidade.

No mais, o restante dos comandos é muito bem posicionado, a operação do carro é muito boa, há uma lista de equipamentos muito vasta, completa mesmo.

Talvez um controle elétrico ao menos do banco do motorista pudesse ser disponibilizado, mas não é algo comum no nível de preços do carro, mesmo.

Nota: 8,0

Freios e pneus

O sistema de frenagem do carro é excepcional em funcionamento, sendo preciso e parando o veículo em espaços bem exíguos.

Os pneus de perfil baixo e montados em rodas 17”, dotam o modelo de uma certa esportividade e não chegam a comprometer significativamente o conforto dos ocupantes em marcha.

Tirando as pancadas realmente secas na passagem de buracos com alguma significância, o trabalho de suspensão foi bem feito no sentido de dotar o veículo de bom conforto e equilíbrio.

O porém está no consumo de componentes nos dois sistemas. No caso dos freios, o C4 exige um par novo de pastilhas de freio dianteiras a cada 20 mil km, em média.

No caso dos pneus, a Citroën montou no modelo bons pneus Michelin, com fator de carga adequado para o peso do veículo (94), mas com treadwear muito baixo para o porte do Lounge.

O resultado é que com 30 mil quilômetros já foram substituídos dois pneus e os outros dois já estarão demandando a troca em breve, a despeito do gasto bem homogêneo.

Nota: 7,0

Economia de combustível

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Eis aqui o ponto que considero o “calcanhar de Aquiles” do Lounge: o consumo de combustível.

Sendo um modelo que utiliza um motor inserido claramente na onda do “downsizing”, o C4 fica realmente devendo um bocado mais de ponderação na hora de consumir o derivado do petróleo.

Meu carro ainda é da leva não-flex, o que deveria ser mais um ponto favorável a um consumo mais comedido, mas não é o que ocorre.

Em uso normal em trânsito urbano entre médio e pesado, raramente a média bate nos 7 km/l. O normal é que fique entre 6,5 e 6,8 km/l.

Entenda-se trânsito urbano médio a pesado aquele em ruas comuns, com muitos semáforos e cruzamentos, sem acessar vias expressas, e normalmente em horários de trânsito mais intenso.

Já em uso rodoviário, digamos que o consumo seja mais aceitável: entre 11,5 e 12,0 km/l em uso bem normal, pista simples, ar ligado, velocidade de cruzeiro na faixa de 110-120 km/h, veículo carregado.

É até possível a obtenção de médias entre 13 e 14 km/l (até mais um pouco que isso), mas isso se dá em pistas duplas, com tráfego bem livre, em velocidades até 100 km/h, dois ocupantes, ar desligado, ou seja, em situação bem específica, visando claramente o baixo consumo.

Nota-se que faz falta uma função “eco” (seria bem mais funcional que a função “neve” que ele possui) que deixasse o C4 um pouco mais “manso” quando se desejasse visar o consumo reduzido.

É quase impossível dosar o pé direito de forma que o carro ande de forma “leve”, consumindo menos combustível, em especial no ambiente urbano.

No mais, o peso realmente exagerado do modelo (é quase 1,5 tonelada) é preponderante na ânsia do Citroën em “beber”.

Nota: 5,0

Carroceria, estilo e montagem

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A carroceria do Lounge apresenta bom padrão de montagem, um desenho equilibrado, que consegue dotar o veículo de alguma esportividade sem deixar a discrição de lado.

Os elementos cromados são de bom gosto e denotam uma boa dose de requinte ao modelo.

Há elementos bem originais no estilo, como os repetidores de seta na haste do retrovisor, o vidro traseiro com curvatura invertida (ajuda e muito com o aumento da área de abertura da tampa do porta-malas), o vinco curvo sobre as caixas de rodas traseiras, as belíssimas rodas utilizadas na versão exclusive, a grade frontal com o símbolo da marca envolvido em seu desenho e os vincos dispostos longitudinalmente sobre o capô.

Digamos que esses detalhes cedam uma certa personalidade ao desenho.

Em termos de qualidade, já havia relatado anteriormente uma ressalva mais ligada à percepção do que à realidade: as abas laterais dos para-choques dianteiro e traseiro são muito maleáveis, o que deixa uma certa impressão de fragilidade.

A conclusão após essa convivência mais longa é de que a impressão não se confirmou. Me parece uma característica de projeto que não traz qualquer prejuízo à robustez do carro como um todo.

A carroceria e a pintura se mantêm íntegros após esses dois anos, as lanternas e faróis estão como novos, não há detalhes a serem relatados.

Nota: 10,0

Atendimento em autorizada

Não houve nenhuma surpresa desagradável no atendimento em concessionárias da Citroën. As revisões foram realizadas a contento, com hora marcada para entrega cumprida e sem deixar aparas em termos de serviços realizados.

Em termos de “mimos”, até me surpreendi com algumas gentilezas que me foram dispensadas neste tempo:

1. Sofri um leve acidente logo após a primeira revisão, com um abalroamento traseiro em uma faixa de pedestres por uma Montana.

Não houve danos perceptíveis no para-choque, mas o choque causou a quebra do conector de um dos sensores de estacionamento, o que ocasionou o desligamento automático do sistema.

Levei ao concessionário que efetuou o reparo para mim em garantia, mesmo com o dano sendo ocasionado por acidente;

2. O dano que relatei na suspensão dianteira foi claramente causado pelo incidente da queda em um “senhor” buraco, informação que em nenhum momento soneguei no contato com a autorizada.

Achei legal a resolução do problema em garantia e sem nenhum questionamento extra;

3. Alguns dias atrás providenciei a troca da bateria do modelo, pois a partida já estava ficando meio “arrastada”, e não quis arriscar ficar sem bateria e ter que reconfigurar módulos eletrônicos depois.

O preço na concessionária era absurdo (simplesmente o dobro das lojas especializadas), ao que optei pela aquisição fora da autorizada e na base de troca com a bateria usada.

Entretanto, a loja onde adquiri o equipamento não tinha especialização para a troca da bateria no modelo, ao que decidi leva-lo na autorizada para que efetuasse a substituição, já imaginando que me iriam “arrancar o couro” pelo serviço.

Pois fizeram sem agendamento e sem cobrar um centavo.

Quanto aos pontos negativos, pude anotar:

1. A concessionária que me atende em Goiânia não tem disponibilizado serviço de lavagem e nem de trans-cliente. Faz falta;

2. As peças para conserto da suspensão dianteira demoraram 60 dias para estarem disponíveis: 30 para chegarem os amortecedores e depois mais 30 para chegarem os novos parafusos de fixação.

Se fosse um problema que imobilizasse o veículo, a dor de cabeça seria certa. Os preços das revisões são tabelados, mas são relativamente elevados: R$520,00 na primeira e na quarta (ainda por fazer), R$832,00 na segunda e na terceira.

Elas são anuais ou a cada 10 mil km. Nada muito diferente do que eu tinha na VW (Jetta), com o diferencial que a marca alemã exigia visitas semestrais.

Se comparado com os preços da Toyota, por exemplo, podemos dizer que são salgados. É aquela coisa, a Toyota parece cobrar a diferença na venda do carro zero km.

Nota: 8,0

Resumão

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Em resumo: o Citroën C4 Lounge Exclusive THP é um excelente veículo, confortável, com desempenho realmente diferenciado, bem equipado, robusto e com algum campo para melhorar em termos de detalhes ergonômicos.

Fica claro, entretanto, que alguns pontos do seu projeto já estão defasados, como é o caso da plataforma (muito pesada frente aos concorrentes diretos, com reflexo direto no consumo de combustível) e sistema de direção (uma elétrica ao estilo 208 faria um bem danado ao comportamento dinâmico do modelo).

O atendimento em concessionárias tem sido normal, por assim dizer.

É bem verdade que só tenho uma disponível em Goiânia, mas não há nada a desmerecer até o momento o pós-venda da marca, que é do mesmo nível do que eu tive em marcas como GM e VW.

Nota: 8,5

Abraço a todos.

Por Ubaldir Jr. – Goiânia

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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 18 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.