Olá pessoal. Depois de muito ler os comentários dos donos sobre os mais variados carros que possuem, resolvi que poderia escrever um pouco sobre o meu. Trata-se de uma Dodge Ram Cabine Simples, ano 2008, comprada em outubro de 2010 com 32.000 km.
Comprei com a intenção de usar pouco, mas até julho de 2011, ou seja, 9 meses, já rodei 32.000 km com ela. Uma média alta pra um carro que era pensado em rodar pouco. Até agora, não apareceram problemas.
O que mais pega pesado, pelo que vejo, são os preços da manutenção na rede autorizada, que é feito na rede Mercedes-Benz, e por isso, qualquer troca de óleo sai por um preço absurdo.
A vantagem é que o motor Cummins 5.9 é basicamente o mesmo dos caminhões VW 24.250, e por isso pode-se fazer as trocas de óleo e filtro nas autorizadas Cummins, e isso já barateia a troca de óleo.
Já ouvi dizer que a caixa automática da Ram apresenta alguns problemas. Já ouvi dizer também que a substituição da caixa em autorizada sai por cerca de R$ 42.000. Mas pessoalmente, não vi isso ainda.
A minha não apresentou problemas até agora, mas devido a esse “fator medo”, acabo evitando forçar muito a transmissão, na medida do possível. A exemplo do amigo leo.est que falou de sua Pajero TR-4, também vou fazer a avaliação em tópicos, por entender que fica mais fácil assim.
Desempenho: O desempenho é muito bom. Lembrando que não se trata de um automóvel e muito menos de um esportivo, ela anda muito. Acelera fácil e retoma velocidade muito fácil.
Em teste de revista Quatro Rodas, indicaram coisa de 9,9 segundos no 0 a 100 km/h. As retomadas de velocidade são feitas com rapidez, facilitando as manobras de ultrapassagem. Com até uns 500 kg de carga, pouco muda o desempenho. Com 1.000 kg já sente-se que ela perde um pouco em acelerações.
A suspensão traseira é algo a se preocupar em pisos ondulados. Ela pula muito. Muito, mas muito mesmo. Tem horas que gera certo desconforto. Mas quando se coloca uns 200 kg de “arrasto” na caçamba, já melhora consideravelmente o conforto, sem sacrificar o consumo e desempenho.
Em tempo, a velocidade é limitada a 100 milhas por hora no painel. Chegou lá, para de injetar diesel.
Consumo: Difícil falar em bom consumo de um carro com 3.000 kg de peso, cambio automático de 4 marchas e 6 cilindros turbo diesel de 330 cv e 82 kg de torque, mas vamos lá.
Na cidade é comum fazer médias de 5 km/l.
Na estrada, andando a 100 km/h, quase chega a fazer 10 km/l. Sempre com o ar-condicionado ligado. Agora, se quiser acelerar na estrada, mantendo médias mais altas, o consumo cai. Vai pra média de 7 km/l andando mais rápido em rodovias.
Conforto: Com o pesar de ser dura, como já citado acima, a cabine oferece um bom conforto pra dois ocupantes. O banco do motorista tem alguns ajustes elétricos e é bem amplo, assim como o banco do passageiro, embora este não tenha ajustes elétricos.
O terceiro passageiro vai no chamado “banco do castigo” (como visto em fóruns). Embora tenha cinto de segurança de três pontos para o passageiro do meio, ali não é o melhor lugar pra se andar. Encosto muito reto, não tem encosto de cabeça e o assento não é dos mais macios.
Atrás dos bancos tem um local bem apropriado para se levar malas, servindo muito bem para as malas de um casal. O encosto do banco central, quando rebatido, vira um confortável apoio pra braços, sendo que dentro deste encosto tem um amplo porta bugigangas.
Embaixo do assento do passageiro do meio também tem um grande porta trecos, assim como também tem gigantes porta trecos nas portas. E bem abaixo no painel tem o suporte com porta latas. Tem o fixador de cadeiras de bebê bem como a opção de desligar o airbag do passageiro, para o caso de ter uma cadeirinha de bebê ali. Em tempo, o porta luvas é pequeno.
O som original da camionete (ou seria caminhão) é simples, rádio e toca CD. Só. Tem até uns controles de som no volante, mas é só. Acabei trocando a unidade por uma com mais recursos como MP3 player, DVD, e etc. A qualidade do áudio é muito boa, contando com 7 falantes por toda a cabine. Tem 2 tomadas de 12 volts, mais o acendedor de cigarros.
Segurança: Freios a disco nas quatro rodas com ABS. airbag duplo.
Acabamento: Acabamento de primeira qualidade. Bancos em couro, plásticos bem encaixados, tapetes de tecido. Carro bem ao estilo “american way of life”.
4×4: Como toda camionete com tração traseira e caçamba vazia, andar com a Ram por estradas de terra com certeza resulta em falta de tração das rodas motrizes. Qualquer pisada mais forte no acelerador, o carro já perde tração.
Qualquer piso de terra ou mesmo asfalto molhado, pode se tornar um risco, visto que a força que é mandada para as rodas faz com que elas percam tração muito, mas muito fácil mesmo. O que pode ser um risco.
Nas oportunidades que eu tive de atravessar trechos com lama, notei que a 4×4 ajuda bem, e já evitou que eu ficasse preso em alguns atoleiros encontrados em estradas de terra quando se chove muito. A tração reduzida então, faz ela ter muita força mesmo, atravessando locais que se fosse tração normal não passaria.
Em tempo, para quem ainda não teve a oportunidade de guiar uma camionete 4×2 em estradas enlameadas, e sem peso na caçamba, saiba que é muito ruim. Qualquer grama molhada na saída de um sítio já se torna um martírio quando a camionete não é 4×4.
Resumo: É um carro grande, com 5,80 metros de comprimento e quase 2,60 de largura, contando com os retrovisores e quase 2 metros de altura. E só leva duas pessoas. É a antítese do carro econômico tão em voga nos dias atuais.
Devido ao tamanho, se torna meio impraticável em cidades com transito intenso, é complicado dar um passeio em shoppings, porque quando ela entra devido a altura, é muito difícil conseguir uma vaga para o carro. Mas como eu moro em sítio, em cidade do interior, não tenho problemas com espaço.
Sob meu ponto de vista é um ótimo carro, que superou minhas expectativas. Agora é esperar pelo modelo novo que deve estar chegando por ai. E se possível, cabine dupla, pra se tornar mais prática.
Algumas Curiosidades:
– no pneu dianteiro vão 40 libras de pressão;
– no traseiro, pode-se chegar até 70 libras de pressão com a caçamba cheia;
– no radiador são 25 litros de água mais fluído;
– no tanque de combustível cabe 128 litros de diesel;
– entre eixos de 3,57 metros (o Fiat Mille tem 3,69 de comprimento)
– carrega apenas 1300 kgs na caçamba, embora tenha 2,60 metros de comprimento.
Abraços
Ivan Bini
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