O Chevrolet Omega foi um sedã topo de linha da General Motors vendido por aqui entre 1992 e 2013, em três gerações conhecidas como A, B e C, as duas últimas do chamado “Omega Australiano”.
Com bom espaço interno, conforto e performance, o Chevrolet Omega tinha tudo para ser um carro acima de muitos problemas comuns dos automóveis populares.
Na primeira geração, teve motores 2.0 derivados do Monza e também um moderno seis em linha da Opel, que mais tarde fora substituído pelo vetusto, porém confiável, seis em linha 4.1 do Opala.
O 2.0 virou 2.2 na base e então, a primeira geração sai de cena para a chegada do australiano, de linhas mais americanas que o alemão, vinha com um V6 3.8 de 200 cavalos.
Na terceira geração, que – junto com a segunda – nos concentraremos no caso dos defeitos e problemas, o Chevrolet Omega recebeu um V6 3.6 de 258 cavalos, o mesmo da Captiva Sport. Mas, o que os donos dessa geração reclamam?
Os clientes dessas duas gerações australianas reclamam de defeitos na partida do motor, carro engatado não anda e falhas na aceleração, tendo ainda reclamações sobre problemas na refrigeração.
Partida e alavanca de câmbio
O Chevrolet Omega é considerado por seus donos como um carro bem robusto, especialmente a terceira geração, que compartilhou motor com a Captiva. Porém, as duas gerações importadas reúnem alguns defeitos e problemas.
O principal problema relatado nos depoimentos em sites de opinião de dono, fóruns de proprietários e sites de reclamações é em relação à partida do Omega B.
Vários relatos falam de que o motor de arranque gira e não pega a partida. Num dos casos, o proprietário disse que o carro não dava partida e que a chave não saía da ignição.
Ele ainda mencionou que o rádio não funciona e ele não conseguia mover a alavanca de câmbio. Após alguns segundos, o painel acenderia, com o computador de bordo fazendo o check list e aí sim, ele conseguiria dar partida no motor normalmente.
Noutro caso, o Omega – também da geração B – não ligava às vezes e quando andando, bastava ligar o ar condicionado para ficar fraco e até apagando,
O proprietário diz que tinha que girar a chave até 15 vezes para ligar novamente. Porém, numa das vezes, a partida não funcionou mais.
Num outro exemplar de mesma geração, o proprietário do Chevrolet Omega V6 3.8 disse que o carro que a partida inicia, mas bomba de combustível não funciona, o que obviamente faz o carro parar de funcionar novamente.
Outros relatos falam de falhas na partida do veículo, mas sem muita descrição do problema. No entanto, alguns apontam a causa, que estarei no chicote da bobina.
O motivo é que esse chicote se desconecta dos pinos de contato e por ele passa o sensor de rotação também. Por conta disso, o Omega não pega ou falha no funcionamento. Falam que basta apertar os pinos para voltar a funcionar normalmente.
Ainda na parte do funcionamento do motor, alguns reclamam igualmente em falhas na aceleração. Um relato fala de problemas no seu Omega V6 3.8.
Ele disse que às vezes pisava no acelerador e ele demorava a responder e estava indeciso na hora das trocas das marchas. O mesmo proprietário fala que em Neutro, o motor simplesmente não conseguia subir de giro.
Esse relato fala ainda que, quando engatado, o Omega não conseguia andar e até voltava ao neutro. Em subidas, por exemplo, ele só ia se tivesse que desligar e religar para voltar a ter força para vencer a inclinação.
A parte de engatar e não andar é recorrente em outros depoimentos, onde o Omega não tinha força para sair do lugar, mesmo estando em Drive.
Aparentemente, o problema estaria ligado ao chicote da bobina, mas em muitos dos relatos, a busca por assistência, mesmo na rede Chevrolet, resultava em não resolução do defeito.
Outro caso de Omega V6 3.8 de mesmo ano do mencionado acima, ocorre o mesmo problema na aceleração e, da mesma forma, também não sai com o carro engatado.
Direção e cardã
Alguns acusam outros defeitos e problemas no Chevrolet Omega, entre eles o desalinhamento de direção. Esta seria por causada por um defeito no airbag do volante.
O defeito estaria na cinta do airbag e sua solução passa apenas pela troca do dispositivo, que é bem caro. O desalinhamento só desaparece após a troca do componente.
Outro dono apontou que o problema seria uma folga na caixa de direção. Alguns donos falam de vibrações durante a condução do Chevrolet Omega.
Um deles indicou que o defeito estaria no eixo cardã. Os chamados bolachões estariam com folga nesse caso, necessitando apenas de aperto. Outros falam em troca dos componentes para resolução completa do problema.
Outro defeito que alguns donos de Omega C é o comando de válvulas fora de ponto. O motivo aparentemente são os guias da corrente de distribuição, que fica folgada e acaba deixando os comandos de válvulas fora de ponto, gerando falhas no funcionamento.
Problemas na refrigeração
Alguns donos de Chevrolet Omega reclamam de problemas na refrigeração, em especial no radiador, sendo que alguns tiveram dor de cabeça bem grande com superaquecimento.
Um proprietário chegou a trocar o radiador – o outro estava com defeito – e adicionou um alerta de temperatura para evitar problemas após ter o motor retificado.
Noutro caso, o radiador novo deu problema após a instalação. Outros falam em defeitos no sensor de temperatura e alguns nas ventoinhas de arrefecimento, obrigando uma solução rápida para evitar danos maiores ao propulsor.
Robusto
O Chevrolet Omega é tido ainda como um carro de manutenção simples e bastante robustez, não tendo reclamações relativas a ruídos interno ou problemas de acabamento.
Mesmo na parte elétrica, poucos relatados falam de alguma falha, geralmente associada com luzes e faróis, nada de grande monta. O Chevrolet Omega teve dois recalls bem conhecidos.
Um era relativo à ignição, que teria vitimado fatalmente 21 pessoas nos EUA. O motivo é que o tipo de tambor de partida é sensível ao movimento externo, que no caso era provocado pelo contato com o joelho do condutor.
Nesse caso, ele virava a chave ao contrário, desligando o motor em movimento, o que causa a dificuldade de condução do carro. Milhões de carros foram chamados nos EUA e no mundo por conta desse defeito.
A outra chamada foi para troca da mangueira de combustível e da braçadeira de fixação da mangueira do cânister, a fim de evitar vazamento de combustível com risco de incêndio.
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