O Chevrolet Agile é um hatch compacto que foi lançado no Brasil em 2009. Criticado em muitos pontos, o modelo teve vida curta e diversos defeitos e problemas relatados pelos donos.
Feito em época de crise mundial e quase falência da GM, o Agile foi construído sobre a plataforma do Corsa B, usando o Celta como base.
Ele era equipado com motor 1.4 Econo.Flex com 97 cavalos na gasolina e 102 cavalos no etanol. O câmbio era manual de cinco marchas ou automatizado Easytronic.
Com design singular, o Chevrolet Agile buscou oferecer mais espaço interno e porta-malas com 327 litros. Usando soluções simples, o hatch tentou inovar em alguns aspectos.
Depois de 347.054 unidades feitas, saiu de cena. Mas o que os donos de Chevrolet Agile reclamam?
As queixas mais recorrentes, registradas na internet, se relacionam a alerta de problemas com injeção, catalisador danificado com baixa quilometragem, sistema de refrigeração com vazamento, mangueira de combustível ressecada, entre outros.
Mangueira de combustível
Alguns proprietários de Chevrolet Agile dizem que entre defeitos e problemas recorrentes do carro, a mangueira de combustível é um dos mais relatados.
Comentam que a mangueira fica ressecada com o tempo e que gera dois inconvenientes. Um deles é um forte cheiro de gasolina ou etanol dentro do habitáculo.
O outro é o vazamento do próprio combustível, como num caso relatado de um Agile com 56.000 km. Coincidentemente ou não, outro caso relata o mesmo defeito com quilometragem igual.
Houve um recall do Agile para substituição dos tubos de alimentação dos carros feitos em outubro e novembro de 2012.
Ainda falando em vazamentos, o sistema de refrigeração também é apontado como fonte de problemas. Num deles, a mangueira do radiador se rompeu em dois casos, onde o Agile tinha em torno de 110.000 km.
Entretanto, num deles, foi necessário uma retífica no cabeçote, pois queimou a junta do cabeçote devido ao superaquecimento. O proprietário disse que nem o alerta de temperatura no painel acendeu.
Outro caso de Agile resultou em mangueira trocada aos 70.000 km. Mais um relato fala que foi necessária a troca da mangueira aos 44.500 km.
Luz da injeção acesa
Uma reclamação muito recorrente entre os donos de Chevrolet Agile (leia a opinião de dono do Agile 2012) é o da luz de alerta da injeção eletrônica. Muitos se incomodam pelo fato da frequência do aviso.
Alguns registram falta de força no motor. Outros dizem que não acontece nada com o carro.
Porém, em grande parte, o defeito relatado está relacionado com o catalisador. A quilometragem varia muito, alguns desde o primeiro ano de uso.
Falando nele, o catalisador de um Agile 2011 foi trocado aos 60.000 km. Outro dono relatou o mesmo problema, mas com 41.500 km.
O dono chama atenção para o fato de que a peça estava oca e a troca custou R$ 750.
Noutro Agile, a mesma peça foi trocada com 70.000 km e custou R$ 1.200.
Contudo, um catalisador do modelo foi trocado aos 18.000 km e já precisava de nova troca aos 29.000 km.
Mais um relato aponta troca da peça com apenas 12.000 km e a sonda lambda do mesmo aos 20.000 km. Outro indicou a substituição somente com um ano de uso.
Motor com pequenos problemas
Outro detalhe que não agrada nada na opinião de muitos donos de Agile é a durabilidade dos cabos de velas e bobina.
Alguns apontam a troca com alta quilometragem, mas outros falam que cabos de vela e bobina foram substituídos com baixa quilometragem,
Noutro caso, o proprietário do Agile informou que os itens foram trocados duas vezes em dois anos por causa de bateria ruim, com defeito de fábrica.
Esta bateria tem pouca durabilidade, com comentários falando de vida útil entre um e dois anos. Ela seria a causa dos defeitos nesse sistema de ignição.
Um proprietário de Agile disse que a bobina foi trocada três vezes até 37.000 km. As falhas de cabos de vela e bobina geram engasgos a 3.000 rpm, elevação do consumo e perda de força.
Ainda relacionado com o motor 1.4 Econo.Flex, relatos falam também de defeito no sensor de rotação do propulsor.
As origens desse defeito são as mais variadas, já que o que dispositivo eletrônico fica na parte inferior do motor, sendo sujeita a impactos e outros inconvenientes.
O motor de arranque também é relatado com ruídos e travamento, sendo que um dos casos aponta o defeito da partida com apenas 18.000 km, sendo resolvido na garantia.
Um recall para troca do filtro de combustível foi feito para carros produzidos entre novembro de 2013 e fevereiro de 2014.
Embreagem dura pouco?
Vários relatados falam de baixa durabilidade do kit de embreagem. Alguns dizem que o conjunto fica duro e somente um ajuste resolve o problema.
Entretanto, os casos de troca de platô, disco e rolamento são apontados como recorrentes. Um deles alega ter sido obrigado a trocar esse kit no que vendeu o carro, com apenas 33.000 km.
Outro apontou a troca com 31.000 km. Casos com 41.000 km e 52.000 km também são relatados, mas as trocas de embreagem são mais frequentes perto dos 100.000km.
Suspensão e elétrica
O Chevrolet Agile tem reclamações relacionadas com a suspensão, no caso a dianteira. Alguns donos se queixam de ruídos no conjunto dianteiro, assim como vazamento nos amortecedores.
Os mesmos são ditos pelos donos como iguais aos do Celta e outros modelos anteriores da GM, não suportando a carga de uma carroceria maior.
Na parte elétrica, os faróis são tidos por alguns proprietários de Agile como problemáticos devido à alta frequência de queima das lâmpadas.
Um cliente afirma ter troca diversas vezes as luzes ao longo de 112.000 km rodados. As lâmpadas não duram apenas nos faróis, as lanternas traseiras também apresentam o mesmo defeito em alguns relatos.
Vidro elétrico da porta traseira funciona quando quer em alguns casos, sendo um deles com 44.000 km, que travou erguido.
Outro diz que o vidro funciona ou não de forma aleatória, assim como alarme e travas das portas. Um cliente disse ter resolvido o problema ainda na garantia.
No caso do piloto automático, este registra alguns relatos com defeito começando aos 35.000 km, variando muito de quilometragem.
Outro dono arrumou numa oficina particular, pois a concessionária não resolvera a questão.
A GM fez um recall para troca dos rolamentos dos cubos de rodas traseiras e correto aperto das porcas de fixação para unidades feitas entre outubro e novembro de 2013.
Houve também recall de airbag do motorista para unidades de novembro de 2013 a abril de 2014.
Outros problemas
Em anos recentes, a lista de problemas relacionados ao Chevrolet Agile e relatados por seus donos se concentrou em alguns aspectos específicos. Um deles, responsável por diversos relatos, é pela falta de peças de reposição.
Um proprietário, que tem seu Agile 2010 desde 0km, precisa de um kit completo do trambulador. Segundo a concessionária, o estoque da peça acabou e não há previsão de fabricação. Isso não apenas ali, mas em toda a rede.
Outro caso é de um Agile LTZ 2014, que precisou trocar parte do sistema de embreagem. O caso foi bem parecido, com a peça em falta e nenhuma previsão da Chevrolet para atender ao pedido.
Mudando o tipo de problema, outro dono se queixou de um defeito constante em seu Agile. O piloto automático deixou de funcionar com 10.000 km (quando o carro ainda era do primeiro dono).
Desde então (hoje o painel já marca quase 80 mil km), diversas tentativas foram feitas para resolver o assunto, sem sucesso. Após o registro no Reclame Aqui, ele foi atendido e teve um orçamento de R$ 880 para resolver o problema (veja também Fiat-Jeep: problema corrosão, orçamento de R$ 49 mil), que estava na chave de seta.
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