Diferenças: direção mecânica, hidráulica e elétrica

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Hoje em dia, um sistema de direção hidráulica ou direção elétrica já virou algo imprescindível em um automóvel. Não que antes este tipo de equipamento era algo dispensável.

Entretanto, atualmente praticamente todos os carros disponíveis no mercado de 0 km já vêm equipados com um desses sistemas e, por conta disso, a direção mais “sofisticada” acabou entrando para a lista de prioridades dos consumidores – assim como o ar-condicionado, vidros e travas elétricas, entre outros.

Basicamente, a direção hidráulica ou a direção elétrica consegue facilitar as manobras, sobretudo na cidade, sem exigir tanta força por parte do motorista.

No entanto, você sabe quais são as principais características de uma direção hidráulica, de uma direção elétrica e até mesmo de uma direção com sistema mecânico?

Confira abaixo uma breve explicação desses três sistemas.

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Direção hidráulica

O sistema de direção hidráulica também tem concepção simples, mas no caso, obviamente, mais elaborado que o sistema mecânico convencional. Ele é dotado também de uma bomba hidráulica, um reservatório de óleo e uma série de mangueiras de baixa e alta pressão que ficam encarregadas pela circulação do fluido.

Esse sistema consegue diminuir o esforço do motorista em até 80%, dependendo do veículo. No Brasil, o primeiro carro a contar com tal recurso foi um Ford Galaxie de 1967.

A bomba hidráulica, alimentada pelo movimento de uma correia interligada ao motor, faz o fluido do sistema circular. No momento em que o motorista gira o volante, o fluido sob pressão atua no mecanismo de direção, reduzindo a força a ser empregada.

Para tal, há uma válvula que abre e fecha quando o volante é virado de um lado para o outro. Quando ela se abre, permite que o óleo sob pressão aplique uma determinada força no pistão que vai acionar a barra de direção.

Sendo assim, como a bomba é movimentada pela força do próprio motor do veículo, a direção hidráulica acaba “roubando” a potência do propulsor. Em média, há uma perda de 3 a 4 cavalos, o que pode ser algo insignificante em automóveis mais potentes.

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Direção elétrica

Como já dá para imaginar, a direção elétrica é mais moderna e eficiente que o sistema hidráulico. O primeiro carro a usar tal conjunto foi o Suzuki Cervo, em 1988.

E ela está cada vez mais presente, sobretudo em modelos de porte compacto, por não roubar a potência do motor (algo benéfico entre automóveis com propulsor 1.0 litro) e, consequentemente, não aumentar o consumo de combustível.

Dizem que a eficiência energética de uma direção elétrica é superior em até 85% quando comparada ao sistema hidráulico.

Neste caso, há um pequeno motor elétrico posicionado na barra de direção, na coluna de direção ou na cremalheira, dotado de sensores que conseguem detectar o movimento efetuado pelo motorista no volante.

Então, eles transferem os sinais para um modo eletrônico que aciona a unidade elétrica, auxiliando no movimento da direção e, consequentemente, diminuindo ainda mais o esforço do condutor. Ou seja, a direção elétrica dispensa a bomba, óleo, reservatório de óleo e mangueiras.

direção eletro hidraulica

E a direção eletro-hidráulica, como funciona?

Não podemos nos esquecer do sistema de direção eletro-hidráulica, que inclusive é bastante comum em carros da Renault, por exemplo. Neste caso, há boa parte dos componentes da direção hidráulica, como a bomba que faz o fluido circular para fazer com que o conjunto fique mais leve.

Entretanto, esta bomba é acionada por um motor elétrico e não pelo motor do carro. Logo, não há perda de potência pelo motor.

Direção mecânica

Este sistema, ao contrário da direção hidráulica ou elétrica, não tem qualquer recurso especial. O primeiro componente do sistema de direção mecânica é justamente o volante, que basicamente permite ao motorista movimentar as rodas.

Há ainda as barras de direção, que interligam a caixa de direção às rodas. Elas são articuláveis para seguir os movimentos da suspensão e envolvidas por uma coifa de proteção para dispensar problemas relacionados à caixa de direção.

Junto a elas estão os terminais de direção, ligados nos montantes das rodas, que são articulados e têm aparência semelhante à de um pivô de suspensão.

Na direção de pinhão e cremalheira, a barra de direção se conecta a cada extremidade da cremalheira (a barra de direção está conectada também ao braço de direção na manga de eixo) e o pinhão é fixado à árvore da direção.

Ao virar o volante, o pinhão gira e movimenta a cremalheira.

E é basicamente isso. Por este motivo a direção mecânica/manual não é tão recomendada quando o condutor busca certo conforto extra numa condução, pois ele ficará totalmente encarregado de realizar as manobras com a sua própria força física, sem qualquer auxílio.

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Autor: Leonardo Andrade

Leonardo atua no segmento automotivo há quase nove anos. Tem experiência/formação em administração de empresas, marketing digital e inbound marketing. Já foi colaborador em mais de sete portais do Brasil. Fissurado por carros, em especial pelo mercado e por essa transformação que o mundo automotivo está vivendo.