Fiat Mobi Like 2024: Peca no desempenho, mas não faz feio na cidade

O Mobi Like é a versão de entrada do subcompacto da montadora italiana, que é um dos carros mais vendidos do país.

Seu principal concorrente é o Renault Kwid, mas o francês vende menos, nesse texto talvez fique claro o porquê.

Renovado para a linha 2024, com algumas novidades, o Mobi é uma opção interessante para uso urbano, e vamos te dar todos os detalhes da versão Like no nosso texto de hoje.

A versão Like do diminuto automóvel italiano vem de série com:

Controle de tração, Controle de estabilidade, assistente de partida em rampa, DRL, Ar-Condicionado, barra de proteção nas portas, rebatimento do banco traseiro, computador de bordo, direção hidráulica, ISOFIX, ABS com EBD, airbag duplo, vidros elétricos dianteiros, TPMS, travas elétricas e 3 apoios de cabeça.

O carro parte de R$ 71.990,00, na cor Preto Vulcano, por mais R$ 790,00 pode ser escolhido na cor Vermelho Montercarlo ou Branco Banchisa, e por R$ 1.790,00 existem as cores Prata Bari e Cinza Silverstone.

No site da Fiat é possível customizar bastante o carro, parabéns para o setor de marketing, podendo adicionar desde adesivos, acendedores de cigarro, alarme, multimídia, farol de neblina, câmera de ré e diversas opões de roda de liga leve.

Na data de escrita deste texto, a venda direta pelo site estava com um desconto de R$ 7.000,00, saindo por R$ 64.990,00.

Ainda é possível incluir pacotes de revisão, no pacote de 3 revisões, o valor adicionado é de R$ 2.292,00, nos de 4 e 5 revisões, são acrescidos R$ 3.224,00 e R$ 3.940,00, respectivamente

Pequeno e simpático

De frente é possível ver os faróis com máscara negra, e a grade texturizada que suporta o logo da Fiat, com escrita cromada.

Logo abaixo o para-choque acompanha a cor do veículo, e existe uma grade colmeia, que ocupa boa parte da área frontal inferior.

Olhando de lado, dá pra notar que o Mobi é bem alto, e tem um vão razoável entre o pneu e caixa de rodas.

As maçanetas e os retrovisores são sempre pretos, e o retrovisor conta com repetirdores de seta.

As rodas de série são de aço, pintadas de preto, com calotas prateadas de 10 raios, e os pneus são 175/65 R14.

A tampa traseira do porta malas é fabricada em vidro estrutural de alta resistência e é de cor preta, novamente com o logo cromado da Fiat no centro, e agora com a escrita “Mobi” igualmente cromada no canto inferior esquerdo.

Interior simples e porta-malas diminuto

Os bancos são de tecido, com encosto inteiriço e estampa com padronagem que lembra a dos carros mais antigos da montadora.

O painel é construído em plástico duro e conta com uma tampa para fechar o buraco onde ficaria o rádio ou multimidia (na imagem acima o modelo está com a multimídia opcional, que sai por R$ 3.829,00).

Os difusores de ar centrais são retangulares, enquanto os da ponta são circulares, os comandos do ar-condicionado são circulares, e o comando da recirculação do ar tem o seletor mecânico, bem ultrapassado.

O volante é bem simples e não tem nenhum grande atrativo, somente cumpre a sua função (não vem com volante multifuncional).

O cockpit tem o tacômetro na posição vertical, que gira no sentido anti-horário, conforme a rotação do motor aumenta.

O velocímetro ocupa boa parte da área disponível e, no centro dele, tem um computador de bordo que marca a distância percorrida, consumo médio, consumo instantâneo, autonomia, temperatura de água e nível do tanque de combustível.

O ajuste dos retrovisores externos é manual, como em um uno de primeira geração.

O porta-malas é de 200 l, que acomoda pouco mais que uma mala e uma mochila, nesse quesito o Kwid leva vantagem, com 290 l.

Desempenho e especificações

O motor é o bom e velho 1.0 de 4 cilindros, família Fire, que entrega 75 cv e 9,9 kgfm de torque, quanto abastecido no álcool, na gasolina a potência cai para 73 cv e o torque 9,5 kgfm.

O Mobi tem 5 cv a mais que o Kwid, o torque é praticamente o mesmo.

O câmbio é sempre manual de 5 velocidades, o 0 a 100 km/h é feito em 14s, e a velocidade final é de 152 km/h, nesse quesito o rival é mais espertinho.

Na gasolina, o Mobi faz 15 km com o litro da gasolina na rodovia, e na cidade faz 13,5 km com o litro.

No etanol o consumo fica na faixa dos 9,5 km/l na cidade e 10,5 km/l na rodovia.

Vende mais que o francês

Em 2023, o italianinho vendeu 73.248 unidades, enquanto o francês vendeu 63.316 unidades.

Esse número garantiu o quinto lugar no ranking de carros mais vendidos do país para o Mobi, o Kwid ficou em décimo lugar.

Em janeiro de 2024 a ordem foi mantida, com o Mobi ainda na frente do Kwid.

A confiança do brasileiro na Fiat e a desconfiança na Renault explica um pouco essa vantagem, o motor 4 cilindros, apesar de menos tecnológico, é muito conhecido e validado no mercado.

Um outro motivo que explica essa diferença é o preço, o Mobi sai mais barato que seu rival, que hoje custa a partir de R$ 72.640,00.

Visualmente o Mobi passa um ar mais robusto que o francês, que passa a impressão de que vai desmontar a qualquer momento.

Valente para a cidade

O Mobi peca no desempenho, mas não faz feio na cidade, com sua suspensão alta, seu motor robusto, mecânica simples e consumo baixo, é um carro interessante para quem não quer gastar muito e quer um carro 0 km.

É um carro mais aceito no mercado que seu principal rival, o Renault Kwid, que tem o estigma de frágil.

Ficha técnica