A polêmica sobre a permanência da General Motors aponta para um novo ciclo de investimentos no país que, segundo a empresa, contempla o plano global da montadora, o qual é ter um portfólio mundial 100% elétrico até 2035.
Fabio Rua, vice-presidente da GM na região, revelou recentemente que a montadora não descarta apostar em híbridos no país, uma vez que o mercado está iniciando uma transição nessa direção e a GM até agora não fez nada nesse sentido, reforçando a posição de não investir somente em elétricos.
Rua mencionou que “o futuro será inequivocamente elétrico. A partir de 2035 não sairão mais veículos a combustão das fábricas da GM, em todo o mundo”, porém, sobre os híbridos, ele comentou: “embora não esteja anunciado, não quer dizer que não esteja sendo analisado dentro da empresa”.
O executivo afirmou: “Temos uma meta de, em 2035, produzirmos somente carros elétricos no mundo e o Brasil está dentro disso. Hoje, não temos projetos em híbridos no país, mas não quer dizer que não estamos avaliando, enquanto estamos neste momento de transição para o elétrico puro”.
Já sobre a China, Ruas revelou: “A nossa joint venture na China, com a SAIC, faz testes com modelos híbridos, mas isso não significa que serão trazidos para o Brasil”.
Para Ruas, o debate está polarizado no mercado e o carro elétrico é o centro das atenções, mas o executivo aponta que a saída inclusiva para todas as tecnologias não serão através de incentivos, mas políticas públicas que incluirão esses sistemas.
“Não quero falar que seriam incentivos, mas um tratamento diferenciado para o governo apoiar o crescimento destas tecnologias mais limpas”, comentou Ruas.
Na visão de Fábio Ruas, a entrada de montadoras como GWM e BYD acelerou sem dúvidas o processo de eletrificação no país e o mercado deve rapidamente alcançar 5% de market share com o segmento.
Dessa forma, se os planos da GM não mudarem, a eletrificação com carros elétricos e, eventualmente, híbridos, ocorrerá nas plantas atuais da montadora.
A GM já fez modernizações em fábricas antigas, como nas linhas de Montana e Tracker, onde até encontraram as fundações da linha do Opala, dando assim experiência para fazer o mesmo com elétricos e híbridos.
Outro ponto onde a GMB pode se apoiar é em participar do desenvolvimento do Novo Bolt, que obrigatoriamente se manterá abaixo da linha Ultium BEV3.
O próximo Bolt pode até ser o primeiro de uma nova família de carros, endereçados à América Latina, China, África e Oriente Médio, devido ao baixo custo.
A filial brasileira tem “bagagem” para se envolver num projeto dessa envergadura, que pode até fazer surgir coisas como uma picape média do porte da Toro/Rampage, mas totalmente elétrica.
Na China, uma minivan Chevrolet elétrica sobre a mesma base seria outra das propostas com mão brasileira.
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