Enquanto a Renault propõe a formação de uma “Airbus” entre fabricantes europeus para deter o avanço de marcas chinesas no continente, no Japão, não existe uma ideia semelhante, mas Honda e Nissan decidiram não esperar para ver.
As duas montadoras assinaram um memorando de entendimento para investigar e desenvolver métodos para reduzir os custos de desenvolvimento e produção de veículos, de modo a ganhar em escala e assim ter carros com preços mais competitivos.
A Nissan, como se sabe, é líder em kei cars no Japão, e tem experiência em produzir carros pequenos de baixo preço dentro da realidade japonesa, enquanto a Honda o faz mais nitidamente com carros pouco maiores no Sudeste Asiático.
Com o Japão perdendo a posição de maior exportador de carros do mundo para a China, as marcas locais começam a ver o crescimento de fabricantes chineses, como a BYD, por exemplo.
Honda e Nissan disseram que pretendem “acelerar ainda mais os esforços em direção à neutralidade de carbono e zero mortes em acidentes de trânsito”.
A contradição entre as duas é enorme, pois a Honda era junto da Toyota, uma voz forte no Japão contra a eletrificação plena e não fez esforços para ter carros elétricos, assim como a gigante nipônica.
Todavia, no ano passado, a Honda reconheceu na China, que os fabricantes locais estavam em um patamar que as japonesas não podiam alcançar. Só então, parece que a Honda percebeu ser um erro manter-se apenas na hibridização.
Já a Nissan, pelo contrário, propunha a eletrificação plena como ela é hoje, há mais de 10 anos, com o Leaf. Provavelmente a japonesa viu que a gama atual, reduzida, não consegue brigar com os chineses.
O kei car, um carro bem conhecido no Japão, tem características que podem ser usadas para uma gama de carros elétricos baratos nas duas marcas.
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