Honda WR-V – defeitos e problemas

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O Honda WR-V é um crossover compacto baseado no monovolume Fit de mesma geração.

O projeto foi tocado pelo Brasil e com participação da Índia, já que ao ser limitado a 3,99 m, permitiria que o mesmo obtivesse incentivos fiscais generosos. Aqui, porém, a única vantagem seria custar menos que o HR-V.

Bom, seria… Mas, será que este modelo tem muitos defeitos e problemas?

Mas, o que os proprietários do WR-V reclamam? Como se trata de um carro relativamente recente, lançado em 2017, o crossover compacto tem poucos relatos na internet.

Em sites de opinião, quase a totalidade dos depoimentos não relatam defeitos ou problemas graves com o carro, mas existem reclamações variadas sobre o nível de ruído interno e um barulho no painel, que incomoda muita gente.

Barulhos incomodam muita gente

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Entre os defeitos e problemas relatados pelos donos do Honda WR-V, o nível de ruído interno é o mais recorrente.

Um barulho no painel, às vezes do lado esquerdo e noutros, do lado direito, geram diversas queixas, inclusive com estas sendo divulgadas em sites de reclamação. Levados aos revendedores, os veículos dos reclamantes não têm o problema solucionado em muitos casos.

Também se reclama do nível de ruído do motor dentro do habitáculo. Esse barulho não ocorre em rotações baixas, mas apenas quando se exige mais força do motor 1.5 i-VTEC FlexOne.

Como este é aspirado, suas potências e torques são alcançados apenas em rotações mais elevadas, geralmente acima de 6.000 e 4.800 rpm, respectivamente.

Por conta disso, o pequeno quatro cilindros de 1,5 litros acaba sendo barulhento em rotações mais altas, onde o ruído inevitavelmente vai para o interior do carro. Um proprietário reclamou até que o CVT estava gerando ruído.

Barulho do combustível no tanque

Noutro caso, um dono de WR-V se queixa do barulho de combustível se deslocando no tanque.

Acontece que o tanque de combustível fica sob os dois bancos dianteiros, uma característica incomum e vista apenas na plataforma do Fit e compartilhado com City e HR-V, bem como diferentes variantes do modelo lá fora.

Mas esse não é o problema. O que realmente gera a reclamação dos donos é a ausência de difusor de ondas, que evitaria o deslocamento do combustível dentro do tanque.

O ruído é provocado pelo choque do combustível com as paredes do tanque, gerando um ruído semelhante ao de líquido chacoalhando dentro de um recipiente. Não há como resolver o problema, exceto se for adicionado o tal difusor de ondas dentro do compartimento.

Mas os ruídos não param por aí. Muitos também reclamam que o tanque é pequeno, tendo algo em torno de 42 litros, sendo insuficiente para viagens longas, onde o dono é obrigado a parar num posto para reabastecimento. No uso com etanol, sua autonomia é bem pequena.

Um proprietário de WR-V acusou que o sistema de ar-condicionado é pouco eficaz e gera enorme ruído durante o funcionamento. Uma cliente da Honda disse que, durante a condução com os vidros traseiros abertos, uma enorme vibração é verificada no ambiente, inclusive volante e assentos.

Ao ir até um revendedor, o técnico disse que ela estaria confundindo a vibração com o ruído provocado pela turbulência. A mesma contradiz o responsável pela oficina da revenda, dizendo que já dirige há 20 anos e que teve vários carros e nenhum deles apresentou tal problema. A loja disse que o carro não tem problemas, o que foi repetido pela Honda.

Com um ano de uso, queimou o motor de arranque do WR-V, que foi trocado na garantia.

Problemas mecânicos, sim

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Um dos defeitos e problemas do WR-V, relatado em sites de reclamação – já que não existe um fórum específico para o modelo e muitos dos relatos são feitos através de clubes de outros modelos da Honda – está relacionado com o desligamento involuntário do motor durante a condução.

Num dos casos, o WR-V teve o motor desligado e o proprietário ficou sem controle do veículo, já que direção e freios falharam, fazendo com que o mesmo usasse desesperadamente o freio de estacionamento.

O condutor de outro carro percebeu a situação e evitou que os demais veículos colidissem contra o crossover.

O proprietário disse que acendeu a luz da injeção e o carro simplesmente desligou. Na revenda, a oficina disse que o veículo não apresentava defeito, deixando o proprietário indignado, já que o fato colocou ele e sua família em risco, sem contar terceiros.

Outro relato é um pouco mais complicado, pois ocorreu duas vezes. Após abastecer o WR-V com etanol, o veículo descia uma ladeira quando a luz de injeção acendeu.

O motor simplesmente apagou e, sem freios, bem como com direção pesada, o condutor teve que usar dosadamente o freio de estacionamento e conseguiu parar o carro ao mesmo tempo em que acenava para um possível problema no veículo.

Da mesma forma, o cliente foi até uma revenda Honda, mas a mesma não detectou o problema. Ele guardou o carro por uns dias, pois não sentia segurança. Ao usá-lo novamente, mais uma vez ocorreu o desligamento ainda rodando, embora nesse caso tenha sido mais fácil estacionar.

Novamente, a oficina disse que o carro estava em ordem, o que deixou o cliente perturbado. Afinal, comprou um carro que pode desligar sozinho a qualquer momento. Pelo relato de etanol e luz de injeção, pode ter ocorrido um problema relacionado com a qualidade do combustível, infelizmente.

Houve também um caso de pane elétrica e falta de freios, onde o cliente teve que sinalizar para ir ao acostamento, temendo uma colisão. O motor também parou de funcionar. O veículo estava com 4 meses de uso e 4.000 km rodados.

Falando em motor, apesar do conjunto aparentar ser bem econômico, alguns relatam alto consumo de combustível, mesmo com gasolina, fazendo na estrada não mais do que 13 km/l e na cidade algo em torno de 10 km/l.

No segundo caso, de acordo com o Inmetro, o valor fica acima de 11,2 km/l. No etanol não houve relato, mas sabe-se que o consumo é bem elevado em alguns carros japoneses.

Multimídia, câmera de ré e GPS

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Alguns donos do WR-V dizem que entre os defeitos e problemas está a multimídia, que não tem espelhamento para os sistemas Google Android Auto e Apple CarPlay.

Também reclamam que a câmera de ré tem uma redução em torno de 30% na imagem durante a noite, sendo muito difícil visualizar os obstáculos.

Também se queixam do navegador GPS, mas não dão detalhes sobre o dispositivo. Obviamente, se estão se referindo às rotas, pois o mesmo não possui atualização do tráfego tão precisa como nos apps Google Maps e Waze.

Outro proprietário reclamou do sensor de estacionamento, que foi colocado na concessionária e estava na garantia.

Além disso, um dono de WR-V disse que o cinto de segurança do motorista estava simplesmente rasgando, alegando que deve se tratar de um defeito de fábrica, mas não relatou se o mesmo foi substituído pela Honda.

Outras reclamações

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Os donos de Honda WR-V reclamam que o crossover não tem one touch em todos os vidros e acionamento dos mesmos de forma remota, na chave, como em outros carros.

Por isso, a solução é adicionar um acessório para abertura e fechamento automáticos dos vidros que, entretanto, não alteram o acionamento físico do vidro, que continua precisando do dedo no botão durante o processo.

Também relatam a falta de controles de tração e estabilidade, bem como assistente de partida em rampa. A Honda até adicionou o câmbio CVT como item de série, mas fez o mesmo que no City, não oferecendo o trio de assistentes de segurança.

Um dos proprietários disse que em curvas rápidas e fechadas, é fácil notar a necessidade do dispositivo de estabilidade.

Outro item ausente e que a rede Honda tem para oferecer, mas que deveria ser de série, é o apoio de braço para o motorista. Um dono de WR-V disse que na concessionária o mesmo custa R$ 1.200, mas que no mercado sai por R$ 300.

Porém, tem quem reclame que o acessório paralelo quebrou, ficando assim no prejuízo.

Como se vê, o Honda WR-V carece de mais itens, especialmente de segurança, comodidade e conectividade, bem como maior atenção em detalhes como o painel barulhento ou o isolamento acústico. A questão do motor precisa ser observada.

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X