Que a Jeep faz SUVs não é novidade pra ninguém e que ela está vendendo muito mais agora que faz parte do grupo Stellantis também não deveria ser.
O Compass com motor T270 é fruto desse grupo, e promete tamanho e robustez de Jeep, com facilidade de encontrar peças da Fiat.
A T270 Sport é a versão de entrada, mas já traz muitos itens importantes e pode ser uma boa opção no mercado.
Partindo de R$ 184.990,00 no site ele vem de série com:
ABS, acendimento automático dos faróis, ajuste do volante em altura e profundidade, Apple Carplay e Android Auto com espelhamento sem fio, ar Condicionado automático dual zone, câmera de estacionamento traseira, central Multimídia Uconnect de 8,4″, chave de presença com telecomando, computador de Bordo controle de estabilidade e tração, direção elétrica, faróis Full LED, freio de estacionamento eletrônico, assistente de partida em rampa, Iluminação do porta-malas, lanternas com assinatura em LED, painel de instrumentos em tela TFT de 7″ piloto automático, rodas em liga aro 18”, seis airbags (Frontais, laterais e de cortina).
Muito mais itens vem de série, bancos de couro podem ser adicionados por mais R$ 3.500,00, enquanto teto solar panorâmico custa R$ 10.000,00.
Os detalhes dessa versão estão aqui:
Desempenho entrega o que promete
O Compass vem com o motor 1.3 turbo (T270) rende bons 185 cv e 27,5 kgfm de torque, ótimos números para um motor de baixa cilindrada.
O câmbio é sempre automático de 6 velocidades.
O 0 a 100 km/h é feito na casa dos 9s, tendo a velocidade máxima de 205 km/h, os números só não melhores devido às dimensões e ao peso, que passa dos 1500 kg.
Na mesma faixa de preço há o Taos, que tem desempenho similar, acelerando um pouco mais devagar com 0 a 100 km/h em 9,4, e tendo a velocidade final menor, de 195 km/h.
Corolla Cross tem desempenho ligeiramente inferior, com 0 a 100 km/h em 9,8s e velocidade máxima de 195 km/h.
Logo, no segmento ninguém foge muito desses números, fica à gosto do freguês, mas o Compass tem ligeira vantagem.
No consumo, o Compass roda 7,1 km/l no etanol e 10,4 km/l na gasolina, isso na cidade.
Na rodovia são 8,6 km/l no etanol e 12,1 km/l na gasolina, da pra dizer que ele é beberrão, porém não perde pra concorrência.
O Taos tem consumo na cidade de 6,8 km/l no etanol e 10,2 km/l, enquanto na estrada, o SUV faz 8,5 km/l no etanol e 12,2 km/l na gasolina.
Design mais “bruto” do segmento
Veja bem, quando digo bruto não me refiro a um design sem sofisticação, pelo contrário, ele é bem refinado, me refiro mais a um design que remete às origens da Jeep, com cara de SUV americanizado.
Aqui eu vejo o Compass à frente da concorrência, mas é só questão de gosto pessoal mesmo.
A grade superior com “gomos” e bordas cromadas já são marca registrada, e são um ponto alto do design.
Os faróis quase que continuam a grade, só que em menor espessura, o DRL em LED, fecha a porção superior da dianteira com chave de ouro.
Abaixo o para-choque é parcialmente pintado na cor do veículo, cor essa que divide uma porção em plástico preto acima e outra abaixo dela.
As cores da carroceria podem ser preto (sem custo), cinza ou prata ( R$ 2.200,00) e branco (R$ 2.500,00).
O capô é amplo e com vincos suaves, acompanhado dos paralamas abaulados trazem imponência ímpar ante os rivais.
De lado os retrovisores são pretos, assim como as colunas, o acabamento dos para-lamas e saias laterais.
As rodas de aro 18” tem desenho familiar e casam bem com a proposta, elas são pintadas em grafite e não chamam mais atenção que o necessário, apesar de não serem funcionais, pneus maiores seriam esteticamente interessantes.
As portas tem grandes dimensões e as janelas são proporcionalmente pequenas, afunilando mais na traseira em relação à dianteira, mais um artificio para reforçar a cara de robustez, passar segurança.
Um friso cromado começa no retrovisor, passa pela lateral toda, da a volta na tampa do porta-malas, e terminam no outro retrovisor.
A tampa traseira tem o emblema da “Jeep” em grandes dimensões, cromado e com as bordas pretas.
No canto inferior esquerdo está a motorização “T270” em um friso cromado e na direita a versão “Sport”.
Esses 3 emblemas podem ser até um pouco demais, podendo ser opcionais, eventualmente, uma traseira mais limpa seria interessante, talvez somente como o “Jeep”
As lanternas com LED são bonitas, e usam pouco o vermelho, com bastante transparência e fundo preto e fumê em alguns pontos.
O vidro do para-brisas ocupa toda a área superior da traseira.
Na parte inferior, uma parcela do para-choque é em plástico preto, sem muito o que falar sobre ele.
Interior bonito, sem muita modernidade
Se você busca um interior mais moderno, com cara de nave espacial, não é no Compass que vai encontrar isso.
Os matérias usados passam um ar de qualidade e são agradáveis ao toque.
Ele é sim relativamente tecnológico, mas não traz nenhum recurso inovador.
Os mostradores ainda são analógicos e os marcadores de temperatura e combustível são bem parecidos com o resto da linha Stellantis.
O aro do volante não tem muita personalidade, mas cumpre sua função, assim como as teclas multifuncionais.
O painel é preto, assim como basicamente todo o interior, e é texturizado, trazendo um ar de refinamento interessante, complementado pelo friso prateado que o corta de fora a fora.
A multimídia de série é bonita e cumpre sua função, além de ficar bem posicionada no painel.
A seletora do câmbio é simples e tem as molduras em preto brilhante.
Na traseira existem difusores de ar-condicionado, para garantir o conforto dos ocupantes, assim como tomadas USB.
Nadando de braçada no mercado
O Compass está na quarta posição de mais emplacados em 2023, com 59.106 unidades, à sua frente estão Creta, Tracker e T-Cross.
Os carros à sua frente são SUVs, porém são SUVs compactos e, consequentemente, mais baratos e não concorrem diretamente com o Compass.
Seus rivais Corolla Cross (décimo colocado) e Taos (décimo quinto colocado), estão 17.000 e 44.000 unidades atrás do Compass, respectivamente.
O que explica isso?
A aceitação do mercado ao Compass foi imediata, grande, imponente e bonito, conquistou o brasileiro.
Recebeu ainda a atualização de motor, trazendo agora um desempenho melhor que dos rivais, esse que era um ponto fraco.
O interior na versão de entrada não é perfeito, mas agrada visualmente e passa um ar de qualidade.
Ou seja, a concorrência tem que fazer o dever de casa se quiser pegar o Compass, seja investir num design arrojado ou interior inovador para tentar conquistar pelos olhos, ou em um desempenho excepcional, para ganhar pelo coração, mas esse não costuma ser o foco do segmento…
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