O Nissan Sentra é um sedan que figura como alternativa aos rivais Corolla, Civic e até Vectra.
Possui um visual mais compacto e menos esportivo, tem mais cara de “tiozão”, mas nem por isso perde seu atrativo, sendo um carro completo, com qualidade japonesa e desempenho que não faz feio.
Se você está pensando um comprar um Sentra, fique de olho no nosso texto de hoje, no qual elencamos os principais problemas e reclamações desse sedan.
A sexta geração lançada em 2007 foi a primeira que fez sucesso no mercado brasileiro, ela vinha com o motor 2.0 16v e 142 cv de potência, além dos 20,3 kgfm de torque, bons números até os dias de hoje.
O motor rendia aceleração de 0 a 100 km/h em ótimos 9,5s na versão manual e em 10,5s nas versões com câmbio CVT. A velocidade final das duas versões ficava na casa dos 190 km/h.
Nas versões de entrada já contava com ar-condicionado, direção elétrica, vidros, travas e retrovisores elétricos, computador de bordo, controle de cruzeiro, rádio com CD player, MP3 e regulagens de altura do banco do motorista e do volante.
No quesito segurança, possuía freios com ABS e EBD e airbag duplo frontal.
Se você está pensando em comprar um Sentra, fique de olho nas principais reclamações e defeitos apontados:
Problemas no câmbio CVT
Algumas unidades com câmbio CVT produzidas até 2012 apresentaram problemas no conjunto de transmissão, que são caracterizados por ruídos e superaquecimento do sistema.
O problema costuma sanar com a instalação de um radiador do fluído do câmbio, que tem um custo salgado (a partir de R$ 1.000,00 quando utilizada uma peça paralela).
Suspensão dura e um pouco frágil
Uma reclamação recorrente do modelo, seja na sexta ou na sétima geração, é a suspensão possuir um acerto um tanto quando rígido, que tira o conforto em ruas esburacadas ou sem pavimento.
O conjunto também tem uma vida útil reduzida ao ser utilizado em ruas com essas características.
Barulhos internos
Apesar de bem acabado, as peças plásticas do interior com o tempo começam a fazer bastante barulho.
O nível de ruído varia muito da forma como o carro foi tratado ao longo da vida, então vale a pena prestar atenção e testar o comportamento em uma estrada mais esburacada.
Problemas no sistema de arrefecimento
Um relato comum no Nissan Sentra de sexta geração é o vazamento do fluído do arrefecimento por falha em componentes do sistema, em especial o radiador que apresenta algumas trincas.
Procure por vazamentos e fique atento ao nível do reservatório de expansão do arrefecimento.
Consumo elevado
O consumo do Sentra não é dos piores, principalmente se comparado a rivais de motorização 2.0 aspirada, mas mesmo assim costuma fazer no máximo 12 km/l na rodovia na gasolina e 8-9 km/l na cidade, consumo bem maior que rivais modernos com motor turbo.
Seguro caro
Alguns proprietários relatam preços de seguro bem elevados (na casa dos R$ 3.500,00), dependendo do perfil e da região de residência, portanto vale a pena dar uma cotada nele antes de fechar o
Custo das peças na concessionária
As peças na concessionária podem ter um preço exorbitante, como por exemplo um coxim do amortecedor custando na casa dos R$ 1.000,00, além do custo da mão de obra ser elevado.
A vantagem que as peças podem ser encontradas com relativa facilidade no mercado de peças paralelas, só é necessário cautela, pois muitas delas tem uma durabilidade baixa.
Perfil dos pneus da sétima geração
A sétima geração do Sentra, vendida no Brasil entre 2014 e 2020, saiu com Rodas aro 17” e pneus 205/50, que são finos para rodagem nas nossas ruas esburacadas, apresentando risco de amassar as rodas e rasgar os pneus.
Diversos proprietários aumentam o perfil do Pneu para 225/50.
Multimídia ultrapassada
A central multimídia do Sentra G7 (2014-2020) não agrada aos proprietários, que muitas vezes trocam por versões universais mas que não combinam em nada com a estética do painel.
Até o ano de 2019, a central multimídia incrivelmente ainda não tinha integração com Apple CarPlay, por exemplo.
Conclusão
O Sentra é um carro para um nicho mais conservador, que preza por um desempenho robusto, conforto e confiabilidade mecânica, com a exceção do câmbio CVT dos primeiros anos e alguns problemas pontuais no sistema de arrefecimento.
Ele não traz o estilo nem o status de seus rivais japoneses, mas mesmo assim não perde em nada para eles nos demais requisitos, sendo inclusive mais acessível.
As peças originais são muitas vezes caras mas possuem ótima durabilidade, por isso procure unidades conservadas e, se possível, mantenha o carro com peças de qualidade, não pegue uma unidade mal conservada pois vai ter um gasto alto para deixa-la zerada novamente.
Certamente é uma boa compra para quem quer um carro robusto e que ande bem, desde que o design sóbrio do modelo não seja um problema para você.
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