Os carros possuem uma vida média de seis ou oito anos no mercado brasileiro. Porém, esse tempo é o suficiente para fazer com que tal modelo perca aquele “efeito novidade” nas concessionárias, deixando de ser do interesse dos consumidores. E é a aí que entra o facelift.
O facelift nada mais é que um termo em inglês usado para designar procedimentos estéticos utilizados pelos médicos em pessoas, como forma de rejuvenescer a aparência num determinado indivíduo. E esta mesma ideia é aplicada também entre os automóveis.
Com o facelift, o carro ganha mudanças sutis para falar que é “novo” e se manter atualizado perante os olhos dos consumidores. Saiba agora o que realmente é um facelift de carro:
O que é facelift de um carro?
Como citado anteriormente, o facelift é um procedimento utilizado pelas fabricantes de veículos para dar uma cara nova aos seus modelos. Porém, neste caso as alterações são bastante sutis, que normalmente se resumem a retoques nos para-choques dianteiro e traseiro, novas rodas ou calotas e alguns detalhes na grade, faróis e lanternas.
Porém, o carro não chega a mudar por completo. Ou melhor, não ganha uma nova cara. Neste caso, trata-se de uma reestilização, que é quando há uma alteração mais profunda nas formas do carro (com direito a faróis e lanternas totalmente redesenhados e mudanças drásticas no interior).
Como exemplo, o Fiat Bravo foi lançado por aqui em meados de 2010. Porém, em 2015 ele recebeu seu primeiro facelift. Entre as mudanças, o hatch médio da marca italiana ganhou uma grade mais encorpada com o suporte de placa na parte inferior, para-choques redesenhados, lanternas traseiras com novo layout interno e novos detalhes de acabamento no interior.
Ou seja, ele adotou mudanças tão pequenas que não afetaram nada ou quase nada da estamparia ou as peças de ferro da carroceria do carro.
Em suma, o facelift só serve para atualizar aquele carro já está um pouco cansado, como forma de que suas vendas continuem com um fôlego razoável nos próximos anos.
São coisas que não trazem custos muito elevados para a montadora. Afinal, quando um facelift é promovido, muito provavelmente a próxima geração do mesmo carro já está sendo idealizada pelos designers e engenheiros da marca.
Por outro lado, uma série de carros passam por verdadeiras reestilizações, sobretudo quando há uma mudança no padrão de identidade visual da marca ou até se um determinado modelo não teve seu design muito bem aceito pelo público.
Neste caso, há como exemplo a minivan Chevrolet Spin. O design da primeira versão do modelo não era dos mais agradáveis, visto que a minivan tinha um visual de capivara na dianteira. Além disso, a traseira parecia ser desproporcional demais.
Foi aí que a Chevrolet apresentou em 2018 a linha reestilizada da Spin. O automóvel recebeu faróis e lanternas totalmente novos, grade redesenhada, novos para-choques, mudanças no capô e para-lamas, tampa traseira reformulada e uma série de alterações no painel, como um novo console central e um novo painel de instrumentos.
Geralmente as montadoras alternam uma coisa e outra. Lançam uma reestilização mais completa e depois de alguns anos fazem um pequeno facelift. Assim, geralmente temos uma nova geração a cada 5 ou 6 anos.
É claro que há algumas exceções, como é o caso do Volkswagen Gol de primeira geração. O modelo recebeu uma primeira reestilização em 2012 (quatro anos após ter sido lançado), um facelift em 2016 e outra reestilização em 2018.
Exemplos de facelift
Há alguns bons exemplos de facelift recentes no mercado nacional. Um deles é o Ford Ka de terceira geração. O modelo atual chegou ao mercado nacional em meados de 2014 e passou por suas primeiras mudanças visuais em 2018.
Entre as novidades, a nova linha do Ford Ka 2018 com facelift adotou uma grade frontal mais achatada e com novas formas internas, para-choques dianteiro e traseiro redesenhados, novas tomadas de ar e novas rodas de liga-leve.
Pulando para o lado de dentro, a principal novidade foi a introdução do sistema multimídia SYNC 3 com tela sensível ao toque no centro do painel. Ele ganhou ainda um novo motor 1.5 com opção de câmbio automático.
Ainda neste segmento, há o Hyundai HB20, que se posiciona como um dos carros mais vendidos do País. O hatch compacto da marca sul-coreana chegou por aqui em 2012. As primeiras alterações cosméticas do carro foram implementadas na linha 2015.
O carro adotou alterações nas formas do para-choque e ganhou também uma grade dianteira mais chamativa e ampla. As versões mais caras passaram a oferecer faróis e lanternas com disposição de luzes mais sofisticada.
Por dentro, o HB20 2015 passou a contar somente com aprimoramentos no acabamento e alguns novos equipamentos.
Outro exemplo é o Jeep Renegade. O crossover compacto começou a ser vendido em 2015 e ganhou suas primeiras alterações visuais no ano de 2018.
As mudanças foram bastante sutis. Entre elas, o carro ganhou a opção de faróis em LED e recebeu ainda uma grade com sete fendas levemente reajustada, para-choques redesenhados, novas rodas de liga-leve e uma nova maçaneta na tampa do porta-malas.
Além disso, ganhou uma nova central multimídia, novos comandos de ar-condicionado e novos porta-objetos no interior.
Quer receber todas as nossas notícias em tempo real?Acesse nossos exclusivos: Canal do Whatsapp e Canal do Telegram!