Peugeot 206 – confira detalhes dos seus problemas

Peugeot 206 5 door 1998–2003

O Peugeot 206 foi um dos modelos mais populares da marca francesa no Brasil e agora saberemos quais seus defeitos e problemas.

A suspensão é um dos calcanhares-de-aquiles apontados pelos donos, assim como bobina, cabos de velas e sensor de rotação, entre outros.

Confira todos os detalhes:

Peugeot 206 – Defeitos e problemas

São muitos os relatos de proprietários do Peugeot 206 registrados na internet, mas as reclamações são bem semelhantes. A suspensão é um dos pontos fracos do hatch francês, que não parece ter sido adaptado para as condições brasileiras.

A quantidade de reclamações e queixas de donos do 206, mesmo ainda na época da garantia, é enorme. No conjunto, não são um ou dois itens que os compradores do Peugeot reclamam, mas do geral.

As bieletas do sistema de direção são consideradas frágeis e fazem muito barulho quando já estão com defeito. Alguns donos do Peugeot 206 (leia também sobre o Peugeot 206 Sensation) falam que o ideal é trocá-las anualmente, mas outros não se arriscam.

Ainda na parte frontal da suspensão (sim, a traseira dá problema também), as bandejas não suportam o piso nacional. Tem proprietário de 206 que já trocou anualmente as bandejas, outros que até perderam a conta, dada a alta quilometragem, uma característica atual da maioria dos carros.

Um dono de 206 trocou-as com apenas 34.000 km e ainda na garantia. Outro item que muitos reclamam é o vazamento dos amortecedores, especialmente dianteiros, sendo que um deles fez a troca com 40.000 km.

Vazamentos e quebras

peugeot 206 brasil 25

Na parte do motor, os coxins de motor e câmbio quebram com alguma constância, segundo relatos. Um proprietário do Peugeot 206 disse que aos 34.000 km, quebrou o coxim do motor, trocado na garantia.

Outros, porém, já fora da cobertura, tiveram que custear a troca que, como a maioria das peças da marca, são consideradas muito caras. O problema começa a ser notado com forte vibração e ruído no habitáculo.

Também existem muitos relatos de vazamento de fluído da direção hidráulica, demandando mais um custo nas oficinas, visto que o reparo não sai barato nem em mão de obra e nem em preços das peças.

O ar condicionado é tido como outro problema recorrente do 206, inclusive com alertas por parte de donos mais antigos. O defeito mais frequente é a perda de eficiência ao gelar, devido à fuga de gás refrigerante.

Alguns donos alertam para que se isso acontecer, o melhor é ir num especialista em carros da Peugeot ou na rede autorizada. O motivo é que às vezes dá outros problemas, em especial elétricos, sendo nesse caso, uma oficina com experiência no Peugeot, pois, pode-se afetar a parte elétrica do veículo, considerada complicada.

Não por acaso, existem casos de panes elétricas, especialmente envolvendo o descarregamento de bateria e até queima de componentes como módulo da injeção. Vários relatam esses defeitos elétricos de reparação complicada e caríssima.

Nisso também está incluso defeitos no corpo da borboleta, bem como no sensor de rotação. A bobina de ignição e seus cabos são considerados outros dos defeitos crônicos do 206.

Nesses problemas elétricos do Peugeot 206, um que é considerado terrível no hatch é a tal seta de direção. A chave de seta é um item que deu defeito em vários relatos e com custo alto, acima de R$ 500 em alguns.

É considerado um dos defeitos crônicos e os donos reclamam do preço da peça. No painel do 206, outro item com frequência nos relatos é o marcador de temperatura da água.

Vários trocaram o sensor associado, que marca a temperatura de forma errada ou mesmo fica oscilando. No cluster do Peugeot 206, o medidor de combustível é também apontado como gerador de defeito.

O sensor fica na própria bomba de combustível e o custo em alguns casos passou de R$ 1.200. A própria bom com defeito também não é algo raro de troca em relatos na internet.

No caso do motor, independente de ser 1.4 ou 1.6, a tampa de válvulas vaza óleo lubrificante, sendo outra peça de custo elevado. Há vazamento também na coifa do câmbio em outros relatos de defeitos e problemas do Peugeot 206, inclusive muitos dizem se precaver com a troca do kit de retentores da caixa, outro que dá fuga de fluído da transmissão.

Eixo problemático

Um dos problemas que mais deixam os donos do Peugeot 206 irritados é o defeito no eixo traseiro. Como se sabe, trata-se de um eixo com barras de estabilização e torção, muito diferentes do sistema tradicional.

Porém, o problema não está aí, mas nas pontas do eixo, onde as rodas se fixam. São dois problemas indicados pelos donos, sendo que o primeiro vem das buchas das pontas de eixo, que não dura o esperado.

Além do desgaste prematuro, quando completamente destruídas, avariam também o próprio eixo, sendo necessário sua substituição. Um dono de 206 relatou que as buchas precisam ser trocadas a cada 30.000 km pelo menos para se evitar o pior, ter que comprar um eixo novo, o que é bem caro.

Outro indicou que trocou várias vezes nos 120.000 km rodados com o 206 e que é um defeito frequente. O desgaste prematuro ainda afeta rodas e pneus, que acabam não durando e nem dando correção.

Os rolamentos de rodas também são apontados como de pouca durabilidade, rocando sempre, especialmente no eixo traseiro. Alguns recomendam troca-los a cada 10 mil km para evitar mais custos com reparação atribuída aos problemas decorrentes, como superaquecimento e travamento.

Os donos também reclamam de barulhos e rangidos internos, especialmente na tampa do porta-malas e no batente das portas. A forração das portas se desprende com frequência e também é alvo de reclamações de alguns donos do 206.

O Peugeot 206 teve poucas chamadas no Brasil para recall, numa delas era por causa do limpador do para-brisa e noutra devido ao endurecimento do pedal de freio nas versões automáticas, quando o motor ainda está frio.

É unanime entre os donos que a manutenção do Peugeot 206 é complicada, cara e precisa de especialistas para sanar os defeitos e problemas do modelo. A quantidade de relatos com não resolução de defeitos do modelo é grande, indicando que nem todas as oficinas estão preparadas para atender um produto como esse.

O custo de peças e mão de obra, considerados elevados, são queixas da maioria dos que relataram suas experiências com o carro. Em anos recentes, as reclamações referentes ao francês em fóruns e no site Reclame Aqui se concentraram na injeção eletrônica, câmbio e até um relato sobre corrosão e trincamento no bloco do motor, num modelo ano 2008 com 100 mil km rodados.

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X