No mercado brasileiro, os carros com câmbio CVT ganharam mais importância por conta do Inovar-Auto, ajudando a reduzir as metas de consumo.
Ele pode ser empregado em diversos tipos de motores e aqui no Brasil vai desde propulsores pequenos e aspirados até turbinados ou híbridos.
Neste último caso, apesar de poucas exceções, é o câmbio preferido nos carros que chegam a ter emissão zero.
Honda
Na marca japonesa, toda a gama de produtos – com exceção do Civic Si Coupé – possui transmissão CVT de fábrica ou opcional. Nos modelos Fit, City e WR-V, esse tipo de câmbio trabalha com o motor 1.5 i-VTEC FlexOne de até 116 cavalos. No HR-V, o motor usado é o 1.8 i-VTEC FlexOne com até 140 cavalos (gasolina). No Civic, os motores usados são o 2.0 i-VTEC FlexOne de até 155 cavalos e o 1.5 VTC Turbo Earth Dream com 174 cavalos (Touring). O mesmo motor com 190 cavalos equipa a nova geração do CR-V, que também tem tração nas quatro rodas.
JAC Motors
Os modelos T40 e T5 são as únicas opções da marca chinesa com câmbio CVT. No primeiro caso, o câmbio trabalha com o novo motor 1.6 DVVT da JAC, que entrega 138 cavalos e 17,1 kgfm. No segundo, o SUV compacto mantém o motor 1.5 JetFlex com até 127 cavalos e 15,7 kgfm.
Lexus
A divisão luxuosa da Toyota emprega do câmbio CVT em seu híbrido CT200h, que é vendido no Brasil com o mesmo sistema empregado no Prius, entregando 99 cavalos no motor 1.8 Dual VVT-i Atkinson e 82 cavalos no motor elétrico. O superluxuoso LS500h também emprega esse tipo de câmbio, mas em conjunto com uma caixa automática de apenas quatro marchas, que funciona intercalando o funcionamento do CVT. A potência combinada chega a 359 cavalos.
Lifan
Outra marca chinesa que aposta no CVT por aqui. O X60 na versão VIP oferece esse tipo de transmissão, que trabalha junto com o motor 1.8 16V de 128 cavalos e 16,8 kgfm. O utilitário esportivo ainda tem opção de câmbio manual de cinco marchas na versão Talent.
Mitsubishi
O ASX tem câmbio CVT Invecs-III, que funciona junto com o motor 2.0 Flex de até 170 cavalos e 23 kgfm. O modelo ainda tem opção de tração AWD. O Lancer compartilha da mesma transmissão, mas seu motor 2.0 é movido apenas por gasolina e entrega 160 cavalos. O Outlander 2.0 também usa CVT com motor a gasolina de 160 cavalos.
Nissan
Nesta marca japonesa, apenas a picape Frontier não tem CVT. Os compactos March e Versa são equipados com motor 1.6 16V de 111 cavalos com 15,1 kgfm (veja aqui Versa 2014: versões, equipamentos, etc), nos dois combustíveis. Já o crossover Kicks possui o mesmo motor 1.6, mas com 114 cavalos e 15,5 kgfm. Por fim, o Sentra tem motor 2.0 de 140 cavalos e 20 kgfm.
Renault
Apesar da marca francesa ainda apostar no automatizado a bordo do Sandero Stepway ou no velho automático de quatro marchas no Captur 2.0, ela introduziu recentemente o câmbio CVT para os modelos Duster e Captur. Em ambos, o motor usado é o 1.6 SCe de até 120 cavalos e 16,2 kgfm. Além deles, o Fluence – saindo de cena – tem essa transmissão com motor 2.0 Flex de até 143 cavalos e 20,3 kgfm.
Subaru
Quando se fala em CVT, impossível não esquecer do Lineartronic da Subaru. Agora sem Impreza ou Legacy, a marca japonesa oferece o câmbio de fábrica nos modelos XV e Forester. No primeiro, o motor 2.0 boxer entrega 156 cavalos e 20 kgfm. No SUV nipônico, esse propulsor tem 150 cavalos e 20,2 kgfm. No Forester Turbo, o 2.0 tem 240 cavalos e 35,7 kgfm. Na perua-crossover Outback, o motor é 3.6 boxer com 256 cavalos, mas o mesmo torque do 2.0 Turbo. Todos possuem tração S-AWD.
Toyota
Corolla tem o câmbio CVT Multidrive, que equipa as versões com motor 1.8 Dual VVT-i de até 144 cavalos e 18,6 kgfm, bem como o 2.0 Dual VVT-i com até 153 cavalos e 20,7 kgfm. O híbrido Prius – em geração mais atual que o Lexus CT200h – tem motor 1.8 Dual VVT-i Atkinson com 98 cavalos e 14,2 kgfm, além de motor elétrico com 72 cavalos e 16,6 kgfm. O SUV médio RAV4 tem motor 2.0 Dual VVT-i com 145 cavalos, mas a tração é apenas dianteira.
Como funciona o câmbio CVT?
Constituído por duas polias de abertura variável, assim como cintas duplas de aço, o CVT permite uma variação infinita de relações entre elas, apesar de recentemente terem sido adotadas simulações de marcha com mudanças mais profundas na variação das polias, a fim de que o condutor tenha a sensação de estar num carro com marchas, o que é totalmente falso.
Como é linear, um carro pode chegar a 80 km/h mantendo 1.500 rpm desde a saída, por exemplo.
Na realidade existem programações básicas que podem ser adicionadas ao câmbio. No Honda Fit da primeira geração existiam três (D, S e L), mas no Japão eram sete.
Hoje é essa a programação de variação no CVT que simula marchas. O câmbio Multitronic da Audi, simulava oito velocidades. Alguns carros, como o Nissan Sentra, por exemplo, não simulam marchas.
Daí a simulação para tentar reduzir esse efeito. Recentemente, a Toyota adicionou um conjunto de engrenagens para uso apenas nas saídas, garantindo assim uma resposta maior. Esse câmbio chega aqui na próxima geração do Corolla.
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