Não são raras as notícias sobre super carros que são apreendidos ou que se sabe que possuem pendências como IPVA não pago, gerando como consequências, outras dívidas, como licenciamento, por exemplo.
Ainda que não sejam todos os carrões de luxo e de alta performance taxados como devedores, a quantidade de veículos com estas características impressiona, tanto que dos 10 carros com maior dívida de IPVA no estado de São Paulo, quatro são de carros da Ferrari e cinco são da Lamborghini.
Então, por que dessa prática? Segundo especialistas, o IPVA com alíquota de 4% do valor venal do veículo, baseado na tabela Fipe, é um motivo que faz muitos donos de superesportivos caros decidirem investir o dinheiro que seria gasto com o recolhimento do imposto estadual.
Assim, mesmo deixando a dívida ativa, o proprietário pode abater a dívida no momento da venda do veículo, como explica Bruno Rodrigues, especialista em finanças pessoais: “Ainda mais com a Selic ainda muito alta. Dependendo do quanto ele tem investido, somando o que não pago ao Estado, só o rendimento de uma aplicação pagaria esse valor num ato de venda”.
Em São Paulo, ainda existe um detalhe que alguns donos consideram, já que após cinco anos, as dívidas de IPVA prescrevem. Todavia, existe um problema para quem tem um touro ou um cavalino rampante, entre outros bólidos, com dívidas.
Sem o pagamento de IPVA não se pode realizar o licenciamento e com isso, o veículo pode ser apreendido em uma blitz, com multa de R$ 293,47, além de sete pontos na CNH. Ainda assim, a maioria dos carros com dívidas não estão com os donos com nomes no Cadin Estadual (Cadastro Informativo dos Créditos não Quitados de Órgãos e Entidades Estaduais).
O motivo é os veículos serem registrados em nome de empresas, ou seja, CNPJ, porém, segundo especialistas, isso é feito mais para preservar a identidade do proprietário, seja por segurança ou privacidade.
[Fonte: UOL]
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