A estabilidade é fundamental em automóveis ou comerciais leves, visto que o Brasil possui uma topografia bem acidentada em boa parte do país e com estradas com curvas fechadas e vias bem sinuosas.
Diferente de outros mercados, o consumidor brasileiro não gosta duma suspensão essencialmente macia, como acontece com chineses e americanos. A calibração é mais voltada para aquela vista no mercado europeu.
O problema é que nossas vias são muito esburacadas e com pisos de péssima qualidade. Por isso, o conforto é prejudicado, mesmo em carros focados para esse propósito.
Com um ajuste mais firme, porém, o mercado nacional exige mais controle dos carros vendidos aqui e alguns se destacam nesse aspecto. Obviamente que, para comparar todos, seria necessário colocá-los numa pista e rodar por muitas horas em todos os modelos vendidos no país, algo impossível de ser feito.
Diante disso, utilizamos o que já sabemos sobre os carros que avaliamos ou testamos, que nos chamaram a atenção pelo equilíbrio dinâmico.
Para não focar apenas em um segmento, selecionamos alguns modelos por categoria, sendo que a lista Top 10 abaixo está em ordem de preço e não exatamente em termos de comportamento ao volante.
Então, confira abaixo 10 carros com maior estabilidade, em ordem crescente de preço, dividido por segmento:
1) Toyota Etios
O compacto da Toyota é um carro cuja aparência não atrai tanto, mas seu comportamento ao dirigir é muito bom.
O modelo tem um bom ajuste no conjunto de suspensão, que dá ao hatch uma estabilidade muito boa em curvas e em desvios rápidos.
O que também ajuda nessas reações é a direção elétrica bem ajustável, leve e progressiva. Como se trata de um carro baixo e largo, o Etios apresenta tendência natural a ter bom equilíbrio.
Com motores 1.3 Dual VVT-i de 88 cavalos na gasolina e 98 cavalos no etanol, além do 1.5 Dual VVT-i de 102 e 107 cavalos, respectivamente gasolina e etanol, ele tem câmbio de seis marchas ou automático de quatro marcas.
2) Volkswagen Polo
O Polo da atual geração é um carro bem acertado. Sua plataforma modular MQB garante uma rigidez torcional que reforça o equilíbrio nas curvas e em desvios rápidos, dando ao hatch um comportamento dinâmico excelente.
Isso ocorre especialmente na versão 200 TSI, cujo torque em baixa garante saídas de curva com mais tração, ajudando bastante na condução de modo geral.
Ele tem motores 1.0 MPI, de 75 cavalos na gasolina ou 82 cavalos no etanol, e 1.6 MSI, que entrega 110 cavalos no primeiro e 117 cavalos no segundo combustível.
Por fim, o 1.0 TSI dispõe de 116 e 128 cavalos, na mesma sequência, tendo ainda câmbio automático de seis marchas.
Existe ainda o mais potente 1.4 TSI na versão GTS, que entrega 150 cv.
3) Nissan Kicks
O Kicks é um crossover com um bom comportamento em curvas e estabilidade elogiável, com um ajuste de suspensão bem coerente entre conforto e firmeza.
O modelo da marca japonesa apresenta não só boa filtração das imperfeições, mas também maior sensação de segurança nas curvas, trechos sinuosos ou em pista ondulada.
Em desvios rápidos, o SUV da Nissan também se garante sem sustos ao volante.
É equipado com motor 1.6 HR de 114 cavalos e 15,5 kgfm, ambos com os dois combustíveis, além de CVT, embora tenha opção manual.
4) Volkswagen Virtus
Em comparação com seu irmão hatch, o Polo, o sedã compacto Virtus mostra uma estabilidade surpreendentemente boa para seu porte e categoria.
Graças ao bom entre-eixos de 2,65 m, leveza e rigidez da plataforma MQB, o compacto “grande” da Volkswagen tem pouca tendência a sair de traseira, mantendo-se neutro nas curvas, mesmo fechadas, deixando a dianteira espalhar um pouco mais, mas totalmente corrigível.
Mesmo com um conjunto firme de suspensão, o sedã chama atenção pelo conforto a bordo, agradando nesse aspecto.
Tal como o Polo, não tem mais a versão MSI com até 117 cavalos, restando a TSI de até 128 cavalos e o topo de linha GTS, com TSI de 150 cavalos.
5) Honda HR-V
No segmento de SUVs compactos, o Honda HR-V também chama atenção por sua estabilidade e conforto, ainda mais com direção e controle de estabilidade (veja os carros mais baratos) conectados.
O crossover se mantém bem neutro nas curvas e garante controle e conforto ao condutor, que tem um carro bem estável à mão.
Mesmo em pisos irregulares e ondulados, o modelo se porta bem e não dá sustos aos passageiros.
Ele é equipado com motor 1.8 i-VTEC FlexOne de 139 cavalos no etanol e 140 cavalos na gasolina, caso único no mundo, pelo que se sabe.
O câmbio CVT é gostoso e econômico. A versão topo de linha vem com mesmo 1.5 turbo do Civic, com 173 cavalos.
6) Honda Civic
O Civic sempre teve um comportamento bom em curvas e, nesta geração 10, o médio da marca japonesa surpreende pelo excelente handling e pela estabilidade, seja em curvas de alta ou baixa velocidade, abertas ou bem fechadas.
Desvios rápidos não são problema para ele que, ao mesmo tempo, oferece muito conforto a bordo, mesmo em pisos irregulares. O conjunto direção-suspensão é integrado eletronicamente, o que amplia suas boas características.
Equipado com motores 2.0 i-VTEC FlexOne de 150 cavalos na gasolina ou 155 cavalos no etanol, o Civic 10 ainda tem a potente opção Touring com 1.5 VTC Turbo de 173 cavalos, ambos com CVT.
Com novidades em breve por aqui, tudo isso em sua dirigibilidade deve ficar ainda melhor.
7) Volkswagen Golf GTE
O hatch médio da VW é reconhecidamente um carro bem estável. O Golf tem um comportamento em curvas e desvios de trajetória elogiável, sendo firme, mas ao mesmo tempo oferecendo um nível de conforto adequado.
Infelizmente, a Volkswagen já tirou de linha as versões “normais” do Golf, incluindo a esportiva GTI, que por sua “natureza” obrigatoriamente era excelente nesse aspecto.
A última a dar adeus foi a versão “verde” GTE, vendida por quase R$ 200 mil e hoje ainda mais cara, mesmo sendo 2020.
Com entre-eixos de 2,63 m, o Golf abraça bem as curvas e garante controle nessas situações. O motor 1.4 TSI entrega 150 cv, enquanto o elétrico é responsável por mais 102 cv, totalizando 204 cv.
8) Nissan Frontier
Toda picape média tem tendência de sair de traseira, porém, a Nissan Frontier apresenta uma estabilidade muito boa para seu porte e categoria, sem esse detalhe.
A suspensão tem um ajuste mais firme para suportar cargas de peso e o impacto dos buracos, sendo naturalmente mais macia.
O conjunto traseiro com cinco braços em cada roda e molas helicoidais deu ao modelo a estabilidade de um SUV.
Assim, seu comportamento surpreende em curvas, mesmo bem fechadas, com ligeira tendência a sair de frente, mas corrigível. Seu motor diesel 2.3 biturbo tem 190 cavalos e o câmbio automático tem seis marchas.
9) Audi A3 Sedan
Outro sedã que não poderia ficar de fora é o A3 Sedan.
O pequeno da marca de luxo alemã tem uma pegada bem esportiva de forma natural, o que significa uma estabilidade muito boa em diversas situações, garantindo prazer ao dirigir e uma tocada bem agressiva.
Jovem, o modelo da Audi compartilha um entre-eixos curto, permitindo melhor comportamento em curvas e um handling geral elogiável.
Com motor 1.4 TSI Flex de 150 cavalos e 25,5 kgfm, o sedã tem câmbio automático de seis marchas, mas oferece uma opção de motor 2.0 TSI com 190 cavalos e 32,6 kgfm, além de câmbio S tronic e sete velocidades.
10) Peugeot 3008
O crossover da marca francesa tem uma excelente estabilidade, mesmo para um carro que possui um conjunto de suspensão traseira por eixo de torção, o que naturalmente não proporciona uma estabilidade e dirigibilidade tão boas quanto um sistema multilink.
Com pegada de hatch médio, o Peugeot 3008 (veja a opinião de dono) surpreende pela estabilidade, já que é um utilitário esportivo que não é exatamente baixo e de porte pequeno.
Seu motor 1.6 THP tem 165 cavalos e 24,5 kgfm, além de câmbio automático de seis marchas.
O modelo ainda chama atenção por ter apenas tração dianteira. Mesmo assim, não tem tendência de sair de traseira e mesmo a frente é bem neutra.
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