Entre as opções de parcelamento estão o CDC, leasing e consórcio; saiba as vantagens e desvantagens de cada uma
Sueli Osório
Se você está pensando em comprar um carro novo, saiba que pode optar por várias formas de pagamento. Para quem tem dinheiro na mão, a melhor escolha pode ser à vista ou até mesmo por meio de parcelamento no cartão de crédito. Para quem precisa do veículo com urgência, mas não tem o valor total do bem, a saída pode ser o financiamento CDC ou leasing.
Outra possibilidade a ser considerada, mas para quem não tem pressa para pegar o carro e também não conta com todo o dinheiro no bolso, é o consórcio.
Antes de tomar sua decisão, é bom que você conheça as características de cada modalidade de compra. Segundo Reinaldo Domingos, presidente da DSOP Educação Financeira, o CDC é a modalidade mais usada no Brasil, mas tem a desvantagem de contar com taxas de juros elevadas. Além disso, o bem fica alienado à instituição financeira até o fim do pagamento das prestações como garantia.
Leasing
O leasing é uma locação com direito a compra no fim do contrato. O arrendador compra o bem e cede o uso ao arrendatário, ou seja, o bem é da instituição financeira. No entanto, segundo Domingos, há algumas vantagens em relação ao financiamento: os juros geralmente são menores que os do financiamento, não é necessário apresentar garantias e não há incidência de IOF, apenas ISS.
Mas essa opção também tem desvantagens. Só se é dono do bem no final do contrato, se for feita opção pela compra. Nesse caso, é necessário pagar o VRG (Valor Residual Garantido) acordado no contrato. Além disso, diferentemente do CDC, o carro não pode ser quitado antes do prazo mínimo apresentado no contrato.
Consórcio
O consórcio é formado por cotistas para autofinanciar bens e administrado por empresas fiscalizadas pelo Banco Central. O cotista recebe a carta de crédito por sorteio ou lance. Nas parcelas estão embutidos itens como o fundo comum, fundo reserva, seguro e taxa de administração. A prestação e a carta de crédito são corrigidas anualmente pelo IGPM ou INCC. Uma das vantagens do consórcio é que não há cobrança de juros e o prazo de pagamento pode chegar a 180 meses, enquanto no CDC chega, no máximo, a 72 meses.
Uma vantagem apontada por Paulo Roberto Rossi, presidente da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios), é que, quando o consorciado é contemplado, recebe o crédito e tem o poder de barganha da compra à vista. Além disso, o bem pode ser novo ou usado.
Mas a modalidade também tem desvantagens, entre elas está o fato de não se ter a certeza da data da entrega do bem. Também é preciso apresentar garantias após a contemplação.
Compra à vista
Se o comprador tiver dinheiro para pagar à vista, certamente terá como negociar desconto, que deve ser de, no mínimo, 5%. A grande vantagem é que ele não vai comprometer seu orçamento com prestações (veja aqui Coronavírus: como pausar as prestações do carro?), mas, por outro lado, poderá ficar descapitalizado.
Há quem pague o automóvel com o cartão de crédito. Uma das vantagens é que o pagamento é feito na data de vencimento da fatura e não no ato da compra. Normalmente, pode ser feito parcelamento em até 12 vezes. No entanto, se o consumidor fizer apenas o pagamento mínimo da fatura, postergando o restante do valor, deverá arcar com os juros do cartão de crédito, que hoje estão entre os mais altos do mercado. Outro ponto negativo é o comprometimento do limite do cartão para outras compras.
Confira o valor das prestações para a compra de um Fiat Uno Vivace 1.0 quatro portas nas várias modalidades:
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