Imagine você chegar em um concessionário Volkswagen aqui do Brasil e encontrar, entre exemplares de modelos tradicionais de nosso portfólio, um Taigo ou mesmo um Taigun. Seria estranho, não é mesmo?
Para alguns alemães, a situação acima se deu na concessionária VW do empresário Gregory Brudny. Ao entrar, o cliente local se deparava com o show room tendo os elétricos ID.3, ID.4, ID.5, ID.6, ID.7 e ID Buzz.
Se você não percebeu, entre estes carros existe um que não pertence ao portfólio da VW na Alemanha, aliás, nem lá ou em qualquer outro lugar, que seja fora da China. Trata-se do ID.6 e o SUV elétrico de sete lugares da VW é exclusivo dos chineses.
A coisa aconteceu porque Brudny havia ido à China e viu o ID.6 no show room da FAW-VW e decidiu que seria interessante vender este VW elétrico na Alemanha, mas Gregory se esqueceu de um detalhe importante: ele é revendedor VW.
Bem, Gregory Brudny comprou um lote de 22 unidades do ID.6 e o embarcou direta para a pátria-mãe da marca, porém, a história de um VW chinês sendo vendido numa revenda alemã logo correu de boca em boca.
Brudny teve que atualizar o software do ID.6 para funcionar em alemão e seguir o padrão do país, porém, quando foi anunciar os carros, a VW entrou com uma liminar para impedir as vendas e também com um processo judicial.
A montadora pede que os carros sejam apreendidos e destruídos, alegando ainda que eles não possuem alguns sistemas obrigatórios na Europa, como ligação de emergência em caso de acidente, mas Brudny defende que a importação foi legal e os carros foram aceitos pelas autoridades locais.
Mesmo em pé de guerra com Wolfsburg, Gregory Brudny acredita que conseguirá na justiça vender os carros e ainda co lucro, dado o baixo preço na China em comparação com a Alemanha, mesmo com frete.
Caso perca a disputa, terá custos da ordem de € 15.000 (R$ 80 mil) por carro destruído. Será que ele ganha?
[Fonte: Automobilwoche]
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