Bem diferente de sua principal rival e conterrânea, a GWM está em pausa sobre o início de sua operação em Iracemápolis, no interior paulista, onde cogita produzir até oito modelos eletrificados, mas até agora não definiu qual será o primeiro.
Destacada no mercado nacional com o Haval H6, a GWM aguarda mais detalhes do programa Mover (Mobilidade Verde) do governo federal para assim definir o que fará em sua operação brasileira.
André Leite, diretor das marcas Haval e Ora no Brasil, disse: “Estamos aguardando as regras do IPI verde e outras definições do Mover para dar um passo à frente no portfólio. Será um SUV da linha Haval, mas ainda não definimos qual”.
Enquanto a BYD já definiu seus modelos para produção na Bahia, a GWM ainda se mantém cautelosa sobre a realidade brasileira, como geralmente ocorre com fabricantes japoneses, sempre com um pé atrás com as regras governamentais nacionais.
Leite completou: “Normalmente o índice de nacionalização começa mais baixo, mas temos que conhecer as regulamentações para alcançarmos a equação mais equilibrada”.
O executivo esclareceu que a matriz chinesa dá carta-branca para flexibilizar os planos no Brasil. Leite explicou: “Ambos [picape Poer e SUV da Haval] estão sendo desenvolvidos ao mesmo tempo. O que fizemos foi trocar a ordem da produção, porque passou a fazer sentido antecipar o SUV com o retorno do imposto de importação”.
Observando o mercado, a GWM percebeu que o SUV tem prioridade sobre a picape, então, mudaram a sequência. Porém, ainda assim, a empresa tem um leque enorme de opções, como contou Leite: “Em outubro estivemos na China e demos uma olhada nas opções que temos na prateleira. Mas tudo depende de como serão as alíquotas do IPI verde”.
Sem planos para carros de R$ 100 mil, a GWM andará como uma japonesa, dando passos cautelosos no país. “Nossa intenção é preencher melhor a faixa de mercado de R$ 150 mil a R$ 230 mil. Não há planos de modelos abaixo disso. O objetivo é menos volume e mais construção de marca”, explicou o executivo.
[Fonte: Auto Data]
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