Não podemos negar que boa parte dos carros 1.0 à venda no mercado brasileiro não decepcionam no quesito economia de combustível.
Este tipo de motor está presente na maioria das vezes em carros pequenos e de baixo peso, o que se torna um grande aliado dos motores “mil”.
Os carros com motor 1.0, obviamente, tem menos potência e torque na maioria das vezes quando comparado a modelos equivalentes com motores maiores (1.4 ou 1.6, por exemplo). O consumo de combustível, por outro lado, costuma ser digno de nota.
Estes carros populares mais econômicos são ideais para a condução na cidade, visto que o anda e para (principalmente nos grandes centros) acaba prejudicando ainda mais o consumo de combustível.
Entretanto, um carro 1.0 ser econômico nem sempre é uma regra. Muitas vezes as montadoras apelam pela redução de custos na linha de produção e acabam equipando modelos maiores e mais pesados com este tipo de motorização.
Como exemplo, o Volkswagen Fox até pouco tempo atrás saía equipado com motor 1.0 litro flex de 82 cavalos em suas versões mais baratas. Para empurrar um automóvel com 1.030 kg, este propulsor sofria, ainda mais com o carro carregado com pessoas e algumas bagagens no porta-malas.
O que pode acontecer no dia-a-dia é que um carro 1.0 vai ser tão exigido, ou seja, o motorista vai ter que andar com o pé tão no fundo, por estar levando a família toda nele, por exemplo, que ele vai acabar consumindo igual um 1.4 ou 1.6, mas sem entregar o mesmo bom desempenho.
Estes motores maiores suportariam uma subida forte, por exemplo, sem sofrer muito e sem ser necessário o motorista pisar tão fundo.
Carro 1.0 é mesmo econômico?
Ele pode ser econômico, dependendo do uso diário que será feito. Se seu carro leva apenas você, ou no máximo duas pessoas nas situações do dia-a-dia, ele provavemente vai ser econômico.
Mas, muitos proprietários acabam reclamando que seus carros com motor 1.0 gastam além da conta, em especial os modelos flex quando abastecidos com etanol e em percurso urbano.
Em muitas vezes, as médias de consumo acabam sendo iguais ou até maiores que às de carros de tamanhos e motores maiores.
Os carros flex têm como proposta beneficiar o proprietário do veículo em épocas de altas no preço do litro do etanol, sobretudo nas altas provocadas pelas entressafras de cana-de-açúcar.
Nestes casos, fica mais fácil optar pela gasolina, que pode entregar uma rentabilidade melhor.
Somado à tecnologia flex, que quase não mudou nos últimos anos, o motor 1.0 acaba sofrendo bastante, pois devido a menor potência e torque, precisa puxar um peso maior proporcionalmente ao de um 1.4 ou 1.6.
Com menos cavalos para oferecer um desempenho melhor, o carro 1.0 acaba tendo seu consumo elevado em relação a motores maiores, pois precisa estar sempre trabalhando com giro alto ou com o acelerador bastante pressionado.
Dessa forma, não há motor 1.0 flex que faça mágica. Há alguns anos, marcas como Fiat e Volkswagen chegaram a oferecer versões mais frugais de alguns de seus modelos, como o Fiat Palio Economy e o Volkswagen Gol EcoMotion.
Ambos eram dotados de um econômetro no painel que mostrava ao condutor se ele estava dirigindo ou não de maneira econômica.
Mesmo assim, o resultado é um consumo médio não maior do que 13 km/litro em condições excelentes de uso. Com gasolina, são até bastante econômicos, mas também não existe milagre para quem abastece com etanol, devido às suas características.
Muitos consumidores já perceberam que modelos com motor maior conseguem melhores médias de consumo urbano, principalmente pela menor exigência ao pedal e por terem peso semelhante ao do modelo 1.0.
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