Você lê abaixo o relato do leitor Humberto a respeito de seu Fiat Grand Siena Essence 2013, que atualmente está com 6.800 km rodados.
Confira:
Critério para compra
Custo x benefício, espaço interno e de bagagem, pois viajo pelo menos uma vez por mês com a família.
Comprei o carro em novembro de 2013, já modelo 2014. Para a escolha tomei por base o custo/benefício, pois acho um absurdo o preço que a indústria impõe a nós brasileiros para possuirmos um carro e maior absurdo o que gastamos para mantê-los, como IPVA, seguro e principalmente combustível, caríssimo.
Também pesou bastante a questão do espaço interno, pois, tenho 1,86 m de altura, minha esposa 1,80 m e meus filhos apesar de crianças, precisam de um espaço para minimamente colocar as pernas atrás, já que os bancos da frente vão sempre no último ponto. Parece que a indústria automobilística ainda não acordou que a população brasileira cresceu.
Concorrentes
Analisando os fatores anteriormente descritos cheguei aos seguintes carros: O Versa da Nissan, o Cobalt da Chevrolet , e o Grand Siena da Fiat. O Nissan Versa saiu de cogitação logo de cara em razão do espaço interno para o motorista.
Com meus 1,86 m de altura, ficava apertado na posição de motorista, mas certamente meus filhos iriam adorar, pois a posição para quem vai no banco de trás é privilegiada. Ao que consta é o melhor motor na categoria, pois além de supereconômico é extremamente ágil.
Já o Cobalt o que pegou foi o preço, além de ter sérias dúvidas quanto ao consumo, pois pegaria pelo mesmo preço o LT 1.8, e este motor da Chevrolet, pelo menos nos carros mais antigos era muito beberão, além do carro vir totalmente pelado, os itens de série eram airbag, ABS, A/C, direção hidráulica, vidros e travas, ou seja, o mesmo que qualquer carro básico hoje oferece. O 1.4 acho que é pouco motor para muita lata.
Quando conheci o Grand Siena, que praticamente tinha o mesmo espaço e vinha recheado de opcionais, especialmente som original com Bluetooth, não tive dúvidas. Pelos mesmos R$ 44.000 peguei um carro completíssimo, com praticamente a mesmo espaço interno e bagagem, contra um carro totalmente pelado e mal acabado.
São itens de série do Fiat Grand Siena Essence 1.6: rodas aro 16, faróis de neblina, som com Bluetooth, entrada auxiliar e USB, acabamento primoroso, vidros degrade, controle canivete, vidros que sobem e descem no controle, porta malas automático, além de todos os itens normais, vidros e travas elétricas, A/C, direção hidráulica, airbag, ABS, dentre outros. Comparando os dois carros a diferença é gritante quanto a este requisito e acabamento.
Avaliação
Carro anterior: Megane Grand Tour 2012, 1.6 Dynamic. Acho importante este dado, pois é o parâmetro de comparação. Possuo também um Fox 1.6 ano 2012, o que inevitavelmente também entra nas percepções da avaliação.
Entrega: A entrega foi bastante cordial, e as explicações sobre todos os opcionais foram bem claras. Também claro foi a explicação que o porta-malas não tinha onde segurar para fechar, tem que pegar pela tampa mesmo….
Já veio com tapetes originais (muito bom!). Porém uma surpresa ruim, troca de óleo a cada 5.000 km. Considerando que os óleos são semissintéticos, é mais uma ida à concessionária. Mas fiz a primeira troca de forma rápida na concessionária, pagando R$ 200,00 pelo conjunto filtro e óleo.
Pós-venda: Até o momento não fui contatado pela Fiat, mas somente pela concessionária quanto ao atendimento de venda.
Primeiras impressões: Logo ao pegar o carro e sair com ele, senti que parece que faltava força, e especialmente quando o carro estava de segunda e precisava dar aquela saidinha, o carro não estava parado mais em baixa velocidade, é pisar fundo e a decepção, afogamento.
Para um carro com 117 cv, 1.6, me senti extremamente lesado, pois parecia que estava num legitimo 1.0. Fui à concessionária e pensei que tivesse vindo com algum defeito, mas para minha surpresa me informaram que o defeito “é de série”.
Até cheguei a fazer o test-drive com um Grand Siena na concessionária, mas aquele era Dualogic, então não senti esta sensação. Sempre gostei do manual exatamente porque é você é quem dita o ritmo, mas não nesse caso.
Acabamento e conforto: Porém nos outros quesitos só foram surpresas boas. O carro roda macio como carro de 1ª linha, pois tinha uma Megane Grand Tour, e o silêncio é praticamente o mesmo ao rodar.
Especialmente na estrada o carro mostra a que veio, responde bem e roda em absoluto silêncio, com um consumo muito bom de combustível, maravilhoso para viajar. Os bancos acomodam bem, são bonitos, não deixando nada a desejar.
Todavia alguns itens internos precisam ser melhorados, como porta-luvas (minúsculo), porta trecos na lateral (muito estreito).Os espelhos retrovisores são muito bom, altura do solo e todo o acabamento interno é primoroso. A crítica fica pelos mostradores do painel, difícil de ler as informações, e também de um reflexo indesejado no vidro dianteiro.
Aparência: Quanto a este item, acho que todos da categoria deixam algo a dever, e o Grand Siena não é diferente. Todavia, dentre seus concorrentes diretos acho que é o modelo mais bonito, ou menos feio. Mas principalmente pela cor que peguei e os acabamentos externos e internos do carro até que fica bonitinho.
Motor: Tirando a falha de sua falta de potência em baixa rotação, o nome tinha que ser “sem torque”, ao invés de e-torq, pois o torque é exatamente o que faz diferença em baixa rotação. Todavia, saindo de primeira e dando sequência nas marchas o carro tem muita força mesmo, respondendo bem em todas as outras situações.
Como o tempo agente até acostuma, mas é uma pena que o motor tenha esta falha. Deviam aprender com a Renault, onde o 1.6 de 16v é uma bala em baixas rotações também.
Consumo: Como moro em Goiânia/GO o consumo na cidade e na gasolina varia de 8,0 km/l a 9,3 km/l, diferença que varia conforme o uso do ar-condicionado. Na estrada o consumo é muito bom, sendo a pior média que fiz, com carro carregado e sempre com ar ligado foi 11,5 km/l e a melhor 13,5 km/l .
Mas a média fica entre 12 a 12,5 km/l, com carro carregado e ar ligado. Sem o ar ligado já fez até 14 km/l, sempre na gasolina.
Pontos negativos: direção repassa vibrações do solo; falta de uma direção elétrica; falta porta objetos no interior; porta-luvas pequeno; péssima visualização do painel de instrumentos; volante feio; falta de força do motor em baixas rotações.
Pontos positivos: excelente custo x benefício; espaço interno e de bagagem; economia; desempenho na estrada; acabamento interno; quantidade de itens considerados “opcionais” em outras marcas; ergonomia.
Conclusão: Pela faixa de preço escolhida, acho que o Fiat Grand Siena ainda é a melhor opção. Tenho certeza que se corrigissem estes pequenos defeitos, o carro seria imbatível no mercado, e não só o líder de vendas.
Pela falta de força do motor em baixa, hoje optaria por comprar o mesmo carro na versão Dualogic, pois não senti este problema quando fiz o teste-drive num modelo automatizado, além de que com o câmbio o carro vem com diversos outros mimos como piloto automático, apoio de braço e controle de som no volante.
O relato que aqui faço é totalmente isento, meu único objetivo é ajudar aqueles que pretendem comprar um carro nesta faixa de preço em suas decisões. Portanto as informações prestadas são verídicas, lembrando que sempre existe o fator sorte/azar com cada carro em específico. Considero que não fui premiado nem azarado, mas um caso que está dentro do padrão normal par ao veículo.
Por Humberto de Paula
Quer receber todas as nossas notícias em tempo real?Acesse nossos exclusivos: Canal do Whatsapp e Canal do Telegram!