Carro da semana, opinião do dono: Versa SV 1.6 CVT 2018

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Olá pessoal, meu nome é Rafael e vou relatar para vocês as minhas experiências com o Nissan Versa.

A compra do Nissan Versa ocorreu no final de 2017, com a necessidade da família em ter mais espaço para carregar as bagagens do nosso filho recém-nascido.

As experiências que tivemos com os dois carros da família até então (Nissan March e Fiat Palio) mostraram que precisávamos de mais espaço para os passageiros e principalmente para as malas.

Em uma campanha promocional nos foi oferecido o Nissan Versa 1.6 SV CVT por R$ 62.400.

Na época (outubro de 2017) as opções eram Chevrolet Cobalt, Fiat Grand Siena, Volkswagen Voyage e Toyota Etios.

O Cobalt era mais caro, o Grand Siena possui um generoso porta-malas mas não oferece o mesmo espaço interno que o Versa, por gosto pessoal nunca considerei a opção da Volks, e o Etios não me atraía por conta do visual e pelo painel central, que na época, ainda possuía marcadores analógicos.

Nosso Versa saiu da concessionária por R$ 62.400, demos o Palio de entrada e adicionamos também na negociação o insulfilm e o sensor de estacionamento para não sermos aterrorizados pelo fantasma da “perda da garantia”, uma vez que pretendemos ficar com o carro na família por muitos anos.

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Interior

Começando pelo interior, acertamos ao escolher um carro com excelente espaço interno. Tenho 1,85 metro de altura e com o banco do motorista ajustado para mim sobra espaço para as pernas, graças aos 2,60 metros de entre-eixos do carro.

O Versa é um carro confortável, mas os bancos deixam a desejar para quem é alto como eu. Faltam espaço de apoio para as pernas e o encosto é curto na região dos ombros, o que faz com que eu sempre tenha que me ajustar novamente no banco após certo tempo dirigindo.

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Outro ponto negativo do carro, a meu ver, é a escassez de porta-objetos.

Como coloquei um descanso de braço (que deveria vir de fábrica em um carro automático) acabei perdendo o espaço de 2 porta-copos, o que piora a situação dos ocupantes traseiros pois falta espaço para guardar até mesmo um celular.

Como tudo que é ruim ainda pode piorar, quem viaja no meio não conta com apoio de cabeça e sofre com o duto central que é um pouco elevado.

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Rádio

Nesta versão SV o veículo veio com um som de fábrica simples, dotado apenas de rádio com USB e entrada para CD.

O rádio também possui Bluetooth, mas durante o uso prolongado o mesmo parece perder a conexão com o celular, sendo necessário refazer a ligação para que se possa ouvir novamente através dos alto-falantes do carro.

Recentemente o rádio parece ter dado uma pane e resetou completamente, perdendo as rádios salvas e a configuração da hora, em quase 2 anos com o carro foi a primeira vez que isso aconteceu.

A simplicidade do rádio impressiona também por não possuir um simples botão para pausar ou silenciar a música, sendo necessário desligar o mesmo ou reduzir todo o volume.

A iluminação interna não agrada também. Troquei as duas lâmpadas internas por lâmpadas de LED para tentar amenizar o problema, mas ainda assim destravar as portas ou abaixar qualquer um dos vidros dos passageiros à noite é um desafio.

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Soma-se ainda o fato de somente o vidro do motorista contar com OneTouch e mesmo assim apenas para descida, devendo o motorista manter o botão pressionado para que qualquer um dos quatro vidros suba.

A direção elétrica torna a dirigibilidade mais fácil e o câmbio CVT é extremamente confortável. Demora um tempo até se acostumar com o câmbio, já que a Nissan optou por não simular marchas no mesmo. Então é como se o carro tivesse uma “primeira marcha infinita”.

Consumo

O conforto de não sentir as trocas de marchas é cobrado no consumo de combustível. Na cidade ando 100% do tempo com o ar-condicionado ligado, e em Belo Horizonte além do trânsito é comum também o sobe e desce dos morros.

Abastecido sempre com gasolina o carro faz médias de 9,5 km/l, chegando ao máximo aos 9,8 km/l(apenas com o motorista). Isso sempre andando de forma tranquila, com acelerações suaves, como pede o câmbio.

Uma pisada mais vigorosa no acelerador até permite uma arrancada um pouco mais ágil, mas foge definitivamente da proposta pacata do carro.

Em contrapartida na estrada, também abastecido com gasolina, com 4 adultos, 1 bebê e o porta-malas cheio o carro fez média de 16,5 km/l em uma viagem de 450km e com velocidade média de 90/100 km/h.

Um ponto negativo é o tanque de combustível que possui capacidade para apenas 41 litros, o que me faz visitar o posto semanalmente na cidade.

Considero os números de consumo bons para um sedã compacto/automático e como nunca abasteci com álcool não posso dizer sobre o consumo do carro com etanol.

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Motor/visual

O motor 1.6 com 15,4 kgfm de torque não faz feio e aliado ao câmbio garante uma viagem muito tranquila; o conta-giros marca em torno de 1900 rpm a 110 km/h, mas basta uma retomada ou ultrapassagem para passar dos 3000 rpm e o barulho do motor invadir a cabine, muito por causa do isolamento acústico deficiente.

Falando agora do exterior o Versa é realmente um carro polêmico. Eu particularmente gosto do visual do carro com linhas arredondadas, inclusive da traseira que é o grande centro das reclamações sobre a aparência.

Na minha opinião, o facelift que o carro recebeu deixou os faróis ainda mais bonitos. Mas para mim nem tudo deu certo na parte visual do carro, especialmente com esta cor branco perolizado.

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Este Versa já pegou chuva de granizo e recebeu uma batida na traseira, que foi reparada na autorizada da marca em Belo Horizonte.

Mas nada disso justifica a diferença de tonalidade que apareceu no para-choque do veículo com aproximadamente 8.800 km rodados.

Após um grande estresse na concessionária, a fábrica autorizou a repintura dos para-choques, o que amenizou o problema, mas não o resolveu de vez.

Hoje com 27.000 km ainda é nítida a diferença de tonalidade que se apresenta entre os para-choques e a carroceria.

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Infelizmente este não é um caso isolado, em uma rápida busca nas redes sociais é fácil achar inúmeros proprietários que tiveram o mesmo tipo de problema com esta cor branco-perolizado e arrisco dizer que tive sorte, pois observei casos ainda piores que o meu.

Custos

O carro em si não é caro de se manter. Renovei recentemente o seguro por R$ 1900, até o momento fiz duas revisões na concessionária, a de 10.000 km por R$ 379 e a de 20.000 km por R$ 729, já inclusos nas duas o alinhamento e balanceamento.

Certamente só farei as revisões na concessionária enquanto durar a garantia, pois nas duas revisões tentaram me oferecer serviços no mínimo duvidosos, como por exemplo uma limpeza de TBI na revisão de 10.000km.

Por Rafael Farias

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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 18 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.