A Chevrolet Captiva foi um SUV vendido no Brasil entre 2008 e 2017, tendo sido um produto importante por aqui. Importada do México, ela veio na versão americanizada Sport, que era diferente da asiática, maior e com até sete assentos.
Por aqui, o modelo chegou com motor V6 3.6 Alloytec de 261 cavalos, que vinha com câmbio automático de seis marchas. Nessa época, a Captiva tinha opção de tração dianteira ou integral.
Pouco depois, a GM decidiu introduzir uma motorização mais fraca, que veio com o Ecotec 2.4 de quatro cilindros. Este tinha 171 cavalos e tinha o câmbio automático de quatro marchas e tração dianteira apenas.
No ano de 2017, a produção no México foi encerrada em favor do Equinox, bem mais moderno. Mas, e os problemas e defeitos deste utilitário esportivo?
Chevrolet Captiva – Defeitos e problemas
Os proprietários da Chevrolet Captiva em boa parte são unanimes ao afirmar que o maior problema do SUV mexicano é o câmbio. Ele é considerado um defeito crônico no utilitário esportivo, que era feito em Ramos Arizpe, México.
O SUV teve diversos relatos sobre defeitos da transmissão automática de seis marchas, aquela que equipou os motores V6 3.6 e V6 3.0.
O defeito nunca foi considerado como um recall, sendo resolvido dentro ou fora da garantia, nesse caso, por conta do dono, pois, muitos acabaram dando defeito após o término da garantia.
O conserto não sai barato, dependendo se exigir retífica da caixa de mudanças ou troca do módulo de gerenciamento eletrônico de mudança de marchas. Segundo os donos afetados, somente para abrir o câmbio, as oficinas cobram em média R$ 4.000.
Para resolver o problema, a solução pode custar de R$ 6.000 até R$ 10.000, sendo que acima disso somente a troca da caixa, cujo custo fica acima de R$ 16.000, conforme relatados.
O defeito no câmbio automático de seis marchas, considerado crônico pelos clientes, que recomendam fazer as trocas de óleo da caixa a cada 80.000 km, pode também ser solucionado apenas com essa substituição de lubrificante.
Um proprietário chegou a recusar três orçamentos de abertura de câmbio e o cliente teve o defeito apontado inclusive por um concessionário Chevrolet, que queria envia-lo para fábrica, mas cobrando por isso.
Ele trocou o fluído da caixa e o problema foi solucionado. No entanto, nem todo mundo conseguiu fazer isso.
Noutro relato, o dono de uma Captiva V6 3.6 disse que o câmbio quebrou duas vezes antes de 65.000 km. Em mais um depoimento, o dono de uma Captiva V6 3.6 teve que fazer a troca de câmbio com 50.000 km e orçamento de R$ 16.000.
Um proprietário de Captiva V6 3.0 teve o câmbio quebrado com 47.000 km e outro apresentou defeito com 17.000 km, ficando 2 meses para conserto.
Nos fóruns de internet, sites de reclamação e grupos de redes sociais, o problema sempre está na pauta do dia, pois, o número de reclamações de defeitos e problemas no câmbio da Captiva são grandes.
Outros problemas
A Chevrolet Captiva também tem reclamações em relação ao sistema de direção, onde a bomba do compressor da direção hidráulica apresenta problemas, independente do motor utilizado.
Barulhos, vazamentos e perda de eficiência foram apontados por alguns donos, que inclusive reclamam do custo do reparo. Em alguns casos, o sistema de direção hidráulica foi substituído completamente, mas na garantia.
No caso desse componente, a General Motors fez um recall em dezembro de 2011 para os carros produzidos nesse ano. Tratava-se da substituição do resfriador do fluído hidráulico do dispositivo.
Outro defeito apontado por alguns proprietários da Chevrolet Captiva está no sensor de rotação do sistema de freios ABS. O sensor que mede a velocidade das rodas de forma individual apresentou problemas em alguns unidades do SUV.
Apenas um dono de Captiva relatou ter trocado o sensor do ABS aos 70.000, 90.000 e 120.000 km, enquanto outro cliente fez o mesmo aos 63.000 km. Entre os relatos, aquele que mais cedo deu defeito foi por volta de 28.000 km.
Outros donos também reclamam de problemas no ar condicionado, que muitas vezes desliga e precisa de certo tempo para voltar a funcionar. Também existem casos de amortecedores do capô perdendo pressão, sendo necessário sua substituição.
Num dos relatos, o dono aponta que a perda de pressão se dá nos dois amortecedores ao mesmo tempo, indicando a substituição de ambos.
Parte dos proprietários reclama também de barulhos na suspensão, tanto dianteira quanto traseira, mas com poucos relatos falando de grandes custos na reparação.
Já o catalisador é algo bem caro, custando média R$ 8.000, segundo os donos, inclusive com danos em baixa quilometragem, como num caso de 27.000 km rodados. O problema do catalisar está no combustível, visto que boa parte dos donos se queixa da luz de injeção acesa durante a condução.
Eles reclamam que mesmo em posto considerável bom, mas em alguns casos, bastou a troca de gasolina para o aviso apagar. Os relatos sobre isso ocorrem com certa frequência e até mesmo cliente diz estar “acostumado” com o defeito, quando não deveria.
Quando olhamos para os problemas mais recentes apresentados pela Captiva, e relatados por seus donos na internet, vemos alguns relatos mais sérios, como um modelo com câmbio estourado e outro que apagou completamente no meio da rua.
Por outro lado, a lista também inclui defeitos no painel, problemas com o atendimento de recalls, dificuldade para encontrar peças de reposição e outros relatos.
Recall
A Chevrolet Captiva teve um recall relacionado com o módulo de controle do motor e chassi. A inspeção e eventual troca do módulo foi iniciada em maio de 2015, envolvendo os carros produzidos entre 27 de outubro de 2010 e 3 de setembro de 2013.
O problema é que se o módulo falhar, o propulsor irá desligar-se involuntariamente, podendo assim causar acidentes fatais.
Esse e o recall do sistema de direção hidráulica foram os únicos do Chevrolet Captiva no Brasil. O carro é bem elogiado em conjunto mecânico potente, além de desempenho e proposta luxuosa, assim como porta-malas e outros detalhes.
Poucos reclamam de barulhos internos ou itens que queimam com facilidade, indicando que o SUV é confiável para a maioria, mesmo com o elevado consumo, um dos pontos fracos da Captiva.
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