No passado, alguns veículos especializados podiam ter aparência de carros de passeio e um deles era chamado Blue Goose, sendo um sedã da Chrysler com duas frentes.
Este “carro” foi construído para a Plaster City, na Califórnia, por meio da US Gypsum, com uma finalidade interessante, ser um veículo de apoio ferroviário.
Operando numa ferrovia interna da Plaster City, que produzia gesso e extraía a gipsita em Fish Mountains, numa distância de 40 quilômetros da usina.
O que chamava atenção no Blue Goose não era andar sobre trilhos que, aliás, usava uma bitola bem estreita em relação ao padrão ferroviário americano.
Nos anos 50, a US Gypsum utilizou a base de um Chrysler New Yorker Club Coupe 1953, mas não somente um e sim dois deles.
Esses New Yorkers foram unidos pelas traseiras, removidas para que o carro tivesse duas frentes.
Isso produziu um veículo muito estranho, pois não se sabia qual das partes frontais era realmente a de direção.
O Blue Goose podia andar nas duas direções na mesma velocidade, tendo uma carroceria unida com 11,58 m de comprimento e pesando 2.721 kg.
Seu motor não ficava num dos dois cofres que existiam originalmente dos carros da Chrysler, mas no meio do veículo, tendo 160 cavalos e movido por gasolina, impulsionando o conjunto até 64 km/h.
Com esse V8 Hemi 331 com 5,4 litros, o Blue Goose tinha um desempenho suficiente para o veículo puxar, por meio de engates ferroviários, com os vagões também oriundos de carros e chamados Galloping Goose.
Desgastado pelo tempo e pelo uso, o Blue Goose acabou seu serviço na ferrovia da Plaster City em meados dos anos 70.
Don Haskell, superintendente da pedreira da US Gypsum, foi quem idealizou o projeto e seus filhos se recordam de terem andado no carro de duas frentes.
Após o serviço, alguns dizem que o Blue Goose foi desmantelado, outras fontes falam que ele está em uma coleção particular.
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