Existe uma lenda em torno do “carro movido a água” que já vem de muito tempo, mas será que realmente existiu essa tecnologia e, principalmente, que um complô de fabricantes da indústria teria matado seu inventor?
Isso já chegou aos nossos ouvidos por amigos há muitos anos e buscando na internet, encontra-se até nomes associados com a suposta tecnologia, como Stanley Meyer e Jean Chambrin, dois supostos inventores do carro a água que teriam sido assassinados ou simplesmente sumiram do mapa.
Outras “fontes” dizem que o inventor não era americano e nem francês, como os citados acima, mas um brasileiro e que o mesmo teria “sumido” há alguns anos sem deixar pistas e muito menos detalhes de seu “carro movido a água”.
Bem, sobre esta última, o “segredo” estaria na obtenção do hidrogênio para queima no motor a combustão por meio da eletrólise da água e aí já se entra em algo materializado rudimentalmente em siglas como HHO e HH2…
Não entraremos no mérito dessas siglas e do que está por trás delas, mas no caso do “carro à água”, Ennio Peres da Silva, especialista em células de hidrogênio da Unicamp, comentou: “Água não é combustível. E sem combustível não dá para liberar energia”.
Para o processo, gasta-se mais energia para fazer a eletrólise que a queima do mesmo consegue produzir, o que torna assim inviável seu uso como combustível.
Todavia, a eletrólise faz parte de um processo mais complexo em um dos conceitos do passado, como um Ford Corcel de Chambrin, um francês radicado no Brasil, que chegou a ser mostrado em Brasília, asm ele usava 50% de água e 50% de etanol.
Chambrin morre de infarto em 1989, na cidade de Porto Alegre, muito tempo depois de seu projeto ter fracassado. Recentemente, a tecnologia SOFC da Nissan podia usar 55% de água misturada no etanol.
O que de fato é real é o hidrogênio ser fornecido atualmente para veículos em forma gasosa para ser queimada por um motor a combustão, tecnologia que a Toyota busca no momento.
Outra forma é a líquida, mais comum, que requer infraestrutura específica para o H2 reagir numa célula de combustível com o oxigênio, produzindo eletricidade que será armazenada em bateria de lítio para mover o carro, tecnologia que a japonesa usa no sedã Mirai, por exemplo.
Já de volta a origem da lenda, pelo menos Chambrin não foi assassinado ou sequestrado, mas uma coisa é certa, parte da indústria busca alternativas que usem o hidrogênio como combustível e não a água em si. Ela é apenas o meio para se obter essa fonte de energia.
[Fonte: Super Interessante]
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