Um carro cai em uma piscina e uma mulher morre afogada porque uma pessoa do lado de fora, não conseguiu abrir a porta do veículo submerso. O caso aconteceu em Guarujá, no litoral de São Paulo e a vítima foi a jovem Isabella Natália de Oliveira Silva, de 22 anos.
No veículo, estava Natália e duas amigas, estas nos bancos dianteiros, quando o veículo caiu dentro da piscina da casa que haviam alugado para passar o fim de semana.
Durante a manobra de estacionamento, a motorista perdeu o controle e o carro caiu dentro da piscina, porém, ele mergulhou e virou de cabeça para baixo.
Nesse momento, as duas ocupantes que estavam na frente, conseguiram sair do carro porque as janelas estavam abertas, mas Natália não.
Com o carro parcialmente submerso, as jovens pediram socorro e um segurança do condomínio, Rodrigo Paulino, chegou ao local e teve que quebrar o vidro para retirar Natália.
Submersa com o carro há 10 minutos, Natália não respondeu à tentativa de reanimá-la e veio a óbito por afogamento.
O Paulino acredita que Natália não conseguiu abrir a porta devido à pressão da água, já que a parte da frente do carro estava submersa.
Norival Gonçalves, membro da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica e Metalúrgica do Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo) e ex-coronel do Corpo de Bombeiros, explica o motivo pelo qual Natália não conseguiu escapar.
Gonçalves diz: “Um carro completamente fechado tem uma densidade menor do que a água. Então se ele cair na água, ele vai flutuar. Mas se começa a entrar água, por uma janela aberta ou algum buraco, ele vai ficar mais pesado e vai afundar”.
O engenheiro continua: “Se o carro estiver muito profundo, vai ser muito difícil de abrir a porta, pois a pressão da água é maior que a do ar. Dez metros de água, em um espaço de 1 cm², é igual a 1 kg [de água]. Imagina o peso da porta do carro”.
André Elias, capitão do Cobom (Comando do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo), recomenda em caso semelhante: “Saia imediatamente do veículo. [Quem está de fora] ajude as pessoas que estão dentro do carro a sair, caso isso seja possível”.
Em caso de enxurrada, tão comum nas tempestades brasileiras, Norival Gonçalvez recomenda: “Se o carro está flutuando, é preciso dar um jeito de prender o veículo com alguma corda para ele não ser levado pela enxurrada. Depois disso, a pessoa deve ser retirada pela janela. Se você abrir a porta, a velocidade da água vai segurar a pessoa lá dentro”.
[Fonte: R7]
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