A Itália sempre foi uma porta aberta para carros chineses no âmbito da União Europeia, com a DR Motor sendo a maior expoente desse movimento, que já teve polêmica envolvendo a Fiat e a GWM.
Mas, os ventos que agitaram uma Itália que, no passado, contribuiu para o mundo automotivo da URSS e do Pacto de Varsóvia, agora novamente levam carros de fora para a Península Itálica.
Novamente chineses, mas dessa vez, não por uma importadora ou representante local, mas pela principal empresa automotiva do país, a Stellantis, que tem na Fiat seu principal braço por lá, além de Alfa Romeo, Lancia, Maserati e indiretamente a Ferrari.
Após aquisição de parte das ações da chinesa Leapmotor, que serão fabricados na Itália, segundo o jornal Corriere de la Sera. Os carros elétricos da marca serão feitos em Mirafiori, perto de Turim.
Os planos da Stellantis são para produção em 2026 com volume inicial de 150.000 unidades, com até 500.000 anuais em 2030. O volume é mais expressivo que os atuais da Leapmotor, que em 2023 vendeu somente 111 mil carros pelo mundo.
Carlos Tavares, CEO da Stellantis, já havia avisado que a produção da Leapmotor na Europa seria viável: “Se tivermos a oportunidade de produzir modelos Leapmotor em Itália, faremos”.
Tavares completou: “Se fizer sentido do ponto de vista econômico, seria uma grande oportunidade para o mercado europeu.” Isso significa que, além da gama de modelos elétricos do próprio grupo, a Stellantis jogará do outro lado com uma chinesa.
Estar em lados opostos de uma disputa materializada na Europa é uma vantagem para o grupo, que pode ainda inspirar outros a fazer mesmo. Com 51% das ações da Leapmotor, a Stellantis pode ou não suar a tecnologia da marca chinesa.
Isso porque a empresa já investiu bilhões de euros em plataformas como CMP, EMP e STLA, pavimentando o caminho para a eletrificação.
[Fonte: Corriere de la Sera]
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