Fiat 500 (Cinquecento): o pequeno mais amado da Itália

Fiat 500 Worldwide 312 2007–15

Com certeza o carro mais amado da Itália, o Fiat 500, ou “Cinquecento” ou “Topolino”, caiu nas graças dos italianos e do mundo afora.

Pequeno desde sempre, compacto e valente, o Fiat 500 já desbravava o mundo desde 1936, quando era apenas conhecido como Topolino.

Vamos te explicar tudo sobre o Fiat 500 moderno, e depois um pouco sobre suas origens.

Comece por aqui!

Novo Fiat 500, 2007 – 2014

Derivado do conceito Trepiùno de 2004 (acima), o Novo Fiat 500 de 2007, manteve os aspectos que lhe devam semelhança com o pequeno de 1957, e o conceito, mas sem tantos exageros como é de costume.

Dotado de uma nova plataforma, novos motores e inúmeras versões, o novo 500, tinha tudo para repetir o sucesso do seu antecessor que vendeu mais de 4 milhões de unidades em seus primeiros 18 anos de produção – 1957 / 1975.

Front panel Fiat 500 Worldwide 312 2007–15

500 versões do 500

Assim como seus antecessores, o Topolino de 1936, o Nuova 500 de 1957 e até mesmo o Cinquencento de 1991, o Novo Fiat 500, tem uma vasta gama de versões, que por si só, fariam esse texto ter ao menos umas 500 páginas.

Só aqui no Brasil o Fiat 500 foi vendido nas seguintes versões:

  • Abarth
  • Abarth 695 Tributo Ferrari
  • Cabrio
  • Cult
  • Lounge
  • Lounge Air
  • Sport
  • Sport Air

Mas brincadeiras à parte, com certeza uma das coisas mais legais do Fiat 500 são suas versões especiais.

Fiat 500C – 2009 – Presente

2012–pr. Fiat 500C Lounge North America 2011–pr.

Assim como seus antecessores – menos o Cinquencento de 1991, o novo 500, dispõe de uma versão “cabrio”. Revivendo uma versão muito popular, o novo 500C, agora enfrentava concorrentes de peso como o Citroën DS3 – de 2013, que também dispõe de tal artimanha.

Visto de fora, nem se percebe que o modelo não tem o teto convencional, graças aos reforços estruturais, o modelo consegue manter as colunas A B e C no lugar e tirar apenas o “miolo” do teto e trocá-lo por tecido, com configuração retrátil.

Ela pode ser totalmente aberta, deixando os passageiros com os cabelos ao vento, ou apenas para os passageiros do banco de trás, ou somente uma pequena fresta aos passageiros da frente para melhorar a circulação de ar no interior.

Disponíveis em três tonalidades, preto, marrom ou preto, o teto de tecido garante ainda mais charme ao novo 500.

Fiat 500 Abarth – 2008 – Presente

Ainda fazendo menção ao passado, a Fiat apresenta em 2008, um novo 500 Abarth.

Ele tinha por missão, bater carros como o Mini Cooper S. Seu motor 1.4 litro, turbo, gerava 135 cavalos e 18,35 kgfm de torque fazia de 0a100 em 8,2 segundos, com velocidade máxima limitada a 205 km/h, ele era e ainda é considerado por muitos como um foguetinho de bolso.

Abarth 595 Worldwide 312 2016

Fiat 500e elétrico – 2013 – Presente

Assim como no passado, a Fiat volta a apostar numa versão elétrica do 500. Apresentado pela primeira vez no Salão Internacional do Automóvel de Los Angeles em 2012 e em sequência em 2013 no Salão Internacional do Automóvel de Frankfurt, o novo 500e agora queria ser verde.

Até maio de 2016, foram vendidas cerca de 16 mil unidades do 500e na Califórnia, que tem leis específicas para modelos elétricos e incentivos fiscais para que as marcas façam investimentos e tragam modelos com essas propostas.

Mas com o 500e, a coisa foi bem diferente. Mesmo com incentivos fiscais, tecnologia de ponta e diversos recursos para que o veículo rode mais com menos cargas, a Fiat perde cerca de US$ 14 mil dólares por cada 500e vendido. O que não o torna muito viável, mas ainda assim, conta com vários adeptos, mesmo que por hora sejam poucos.

2013–pr. Fiat 500e 2013–pr 2

Fiat 595 Abarth Tributo Ferrari – 2008

Limitado a 200 unidades, a Fiat comercializou em 2008, o Fiat 595 Abarth Tributo Ferrari, que era basicamente um 500 Abarth mais apimentado. A começar pelo seu visual, com um belo tom de vermelho, igual ao das Ferrari.

Dotado do motor 1.4 turbo de quatro cilindros e com 171 cavalos e 83,4 kgfm de torque, ele estava longe de ser realmente um “tributo” a Ferrari, mas como dizem, o que vale é a intenção e nesse caso o divertimento.

Abarth 695 Tributo Ferrari 2010–13

Fiat 500 Barbie – 2009

Sim, a boneca mais vendida e mais famosa do mundo também ganhou sua própria versão do 500.

O modelo foi concebido a pedido da Mattel, para comemorar os 50 anos da boneca. Como apenas uma única (ainda bem) unidade feita, o modelo atualmente fica exposto em lojas de alta costura e restaurantes badalados, de acordo com a importância do evento.

Fiat 500 Barbie 312 2009

Fiat 500 by Gucci – 2011 – Presente

Criado para celebrar os 150 anos da unificação da Itália e os 90 anos da Gucci, o Centro Stile da Fiat juntamente com a diretora de criação da Gucci, Frida Giannini, apresentam ao mundo uma versão de luxo e sofisticação do pequeno 500.

Mecanicamente o modelo nada se difere das outras versões equipadas com o motor 1.4 litro. Mas no interior, bem como os materiais empregados são todos da grife italiana.

Fiat 500C by Gucci 2011–12

Fiat 500 Riva – 2017 – Presente

Baseado no facelift de 2016, na versão Cabrio, o 500 Riva conta com todo o luxo e sofisticação que a marca de Iates tem a oferecer ao pequenino da Fiat.

O interior continua o tema de iate de luxo, com assentos de couro marfim, e um refinado acabamento em madeira de mogno que atravessa o painel. A edição especial da Riva está disponível também na versão de teto fixo.

fiat 500c riva 4

Fiat 500 Coupé Zagato – 2011

Nessa versão, o modelo ganha mais ar de cupê com seu teto com um caimento bastante abrupto, e um novo desenho das janelas traseiras e da tampa do porta-malas.

Apresentado no Salão de Genebra, o modelo ainda não teve sua produção confirmada pela Fiat.

Fiat 500 Coupé Zagato 2011

Família 500

Assim como seus antecessores, o novo 500, apresentado em 2009, e recebendo um facelift que o deixa ainda mais moderno e tecnológico, o ratinho constituiu família. Se nas décadas passadas ele se contentava com versões perua – Giardiniera, esportiva – Abarth, agora o modelo dispõe de variantes como monovolumes e até SUVs.

E o Fiat 500 no Brasil?

Apresentado pela primeira vez em 2009, com várias versões – incluindo a nervosa Abarth, o modelo até chegou a ser importado do México e usar motores flex do Uno e câmbio DualLogic. Mas o pouco tempo mostrou que carros de imagem, são apenas para isso.

Algumas unidades voltaram ao mercado em 2017, importadas do México com preços iniciando em R$ 64 mil, mas foi por pouco tempo. Atualmente com o novo facelift de meia vida apresentado em 2016 na Europa, o novo 500 não tem – até a divulgação desse texto – pretensões de voltar ao mercado brasileiro.

Mas, Fiat, se estiver lendo, per favore porta ancora la Fiat 500, cazzo!

fiat 500 7

O Fiat 500 de 1955

O sucessor do Topolino, foi apresentado ao mundo em 1955, para um mundo que vivia no Pós-Guerra. O modelo era ligeiramente maior que seu antecessor, com 2,97m de comprimento, 1,32m de altura, 1,32m de largura e 1,84 de entre eixos, agora o não tão pequeno italiano, nascia para conquistar a Europa e depois o mundo.

Seu maior rival, era o Volkswagen Beetle – Fusca – que tinha por ter uma proposta semelhante ao do pequeno italiano, mas o cazzo, ganhava por ser mais leve e mais prático que o alemãozinho.

Seu motor ainda derivado do Topolino, com os mesmos 13 cavalos, o que não empolgava, mas dava para contornar o país da Bota. Assim como suas gerações anteriores e as que ainda estavam por vir, o Nuova 500 tinha versões para todos os gostos e bolsos, e até com pimenta!

Nuova 500

Nuova 500 – 1957/1961

O modelo inicial dessa série tinha um motor pequeno, de dois cilindros, de 479 cilindradas, e os 13 cavalos já mencionados acima, ele também vinha com um charmoso teto de tecido, dobrável para a parte de trás do pequenino.

Cerca de 181 mil unidades foram vendidas no período de 1957 a 1961.

Fiat Nuova 500 D 110 10.1960–03.1965 4

Nuova 500 Sport – 1958/1960

Por volta de 1958, a Fiat apresenta uma versão “sport” do primeiro 500.

Seu novo motor, adora de 499 cilindradas, oferecia mais potência ao veículo e permitia que ele atingisse a máxima de 105 km/h. esteticamente, o modelo se diferenciava pela pintura em dois tons, e a opção de teto de tecido ou de metal.

Fiat Nuova 500 110 07.1957–10.1959

Nuova 500 D – 1960/1965

Era a primeira vez que o modelo ganhava um leve tapa no visual. Agora o teto de tecido não existe mais, o motor ganha mais potência – agora são 17 cavalos – e inaugura uma opção de “portas suicidas”.

Foi vendido também na Nova Zelândia com o nome de Fiat Bambina – Fiat Baby ou bebê.

Fiat Nuova 500 D 110 10.1960–03.1965

Fiat 500 Giardiniera – 1960/1975

A primeira versão do Topolino tinha sua versão Giardiniera, então nada mais justo que sua segunda geração, manter a tradição. Tinha cerca de 10 centímetros a mais que a versão normal, e graças a seus amplo espaço era possível levar passageiros e bagagens sem muito esforço.

Dotado também do teto de tecido, o 500 Giardiniera era puro charme. Além da versão de passageiros, a Fiat também montou uma versão Van do 500. Em alguns mercados era conhecido como Furgocino – Furgãozinho.

Fiat 500 Giardiniera 120 1960

500 Berlina – 1965/1973

Modelo que tinha leves modificações em relação aos 500 D e L. Acabou por ser considerado por muito tempo a versão de entrada da linha 500.

500 L ou Lusso – 1967/1971

Considerada uma versão de “Luxo” como o nome sugeria, o 500 Lusso, tinha um pequeno estribo de metal na frente e nos cantos do para-choques traseiro. Um novo logotipo era usado na frente, para se diferenciar das outras versões.

Seu interior era mais caprichado que os irmãos, tendo itens até então inéditos na gama 500, como volante revestido em plástico preto, e estofamento com couro sintético.

Fiat 500 R ou Rinnovata – 1971/1976

Considerada uma avó dos atuais “Sporting” “R” “BlackMotion” e afins, essa versão apenas apresentava melhorias cosméticas em relação aos demais 500.

Antes dessa geração se despedir, a Fiat ainda apresentava, Fiat 500 Jolly, que fora desenhado pelo famoso estúdio Carrozzeria Ghia, que era uma espécie de bug do Fiat 500.

Ainda teve também uma versão vendida nos Estados Unidos, chamado de 500 America, tinha o corpo convencional dos 500 a venda na Europa, mas o design frontal era idêntico do Fiat 500 Jolly. A Fiat se despede do modelo, após vender mais de 3 milhões de unidades.

Fiat 500 R 110 11.1972–08.1975

Fiat Cinquecento

Por ter tido tanto sucesso, a Fiat achou por bem lançar em 1991, um novo pequeno, desta vez sem apelar muito pelo charme e apenas pela razão. Nascia então o Cinquecento, sim o mesmo nome usado antes, só que agora por extenso.

O Cinquecento, originalmente foi concebido para substituir o Fiat 126, e foi o primeiro modelo a sair da fábrica na Polônia. Foi também o primeiro a utilizar a suspensão independente tanto na frente quanto na traseira, como nos Fiat Tipo europeus, freios a discos na frente, barra de impacto lateral, que garantia um pouco mais de segurança numa época que o air-bag ainda não existia para modelos assim.

O modelo era dotado de tração dianteira, diferente do seu antecessor, o Fiat 126.

Seu motor de 704 cilindradas, tinha bons 31 cavalos, o que para a época era muito para um modelo tão pequeno. Mas ele ganhou novas versões com potências variadas indo até 53 cavalos na versão Sporting. Houve até uma versão elétrica (!) e Abarth.

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Autor: Kleber Silva

Kleber, 28 anos, designer e apaixonado por carros desde pequeno. Formado em design gráfico pela UNIP, ouvinte assíduo de música pop e master chef nas horas vagas.