O Ibama, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, está em greve desde 1 de janeiro e isso já está afetando o mercado automotivo nacional, com mais de 30 mil carros parados nos portos do país por falta de liberação do órgão federal.
No processo, o Ibama verifica as licenças ambientais dos veículos importados e, caso eles atendam as determinações nacionais, são liberados para serem vendidos no país e assim são embarcados para distribuição.
Todavia, com a paralisação dos agentes do Ibama, os carros parados nos pátios dos terminais portuários não podem seguir adiante para os revendedores e os maiores prejudicados são as marcas que mais importam carros.
Nesse caso, marcas como BYD, GWM, Volvo, Audi, Mercedes-Benz, Kia, JAC, entre outras, são mais afetadas por dependerem muito das importações e esses 30.000 carros impactarão as vendas no mercado.
No entanto, não apenas as marcas que recebem seus veículos pelos portos. Nas aduanas de fronteira, o Ibama também tem a atribuição de verificar as licenças e liberar as carretas para adentrarem o Brasil com carros feitos no Uruguai e Argentina.
Com isso, já se verifica a falta de alguns carros nas revendas brasileiras, como numa concessionária Peugeot, onde de um estoque normalmente de 100 unidades do 208, agora só existem 10 exemplares do hatch argentino.
Pior mesmo é o caso do Volkswagen Taos, que em algumas concessionárias, corre o risco de não existir no estoque. O modelo é também argentino, tal como a picape média Toyota Hilux.
No caso da best seller das picapes de chassi, a montagem final – de alguns componentes – ocorre em Guaíba, no Rio Grande do Sul, onde fornecedores locais já estão sendo impactados com a paralisação do Ibama.
Modelos argentinos já estão em queda no mercado nacional. Nas parciais de março, o Cronos vendeu 395 carros, média parecida com a da Ford Ranger e Peugeot 208, com o Taos emplacando somente 188 unidades até agora e o Song Plus com os mesmos 395 do sedã da Fiat.
O Cronos, por exemplo, saiu do Top 20 parcial. Pelo visto, o mercado automotivo em março terá uma reviravolta com a “falta” de carros importados de alto volume.
[Fonte: Auto Esporte]
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