A Jeep segue forte entre os SUVs, sendo natural que muitos compradores visitem uma loja para conferir seus modelos.
Se ele estiver disposto a gastar por volta de R$ 250 mil, surge uma dúvida: Compass ou Commander?
O primeiro é bem conhecido dos brasileiros e já ganhou algumas mudanças, enquanto o segundo chegou para atrair famílias grandes ou quem simplesmente prefere um utilitário maior.
Ou seja, essa briga promete ser boa.
Confira quem é melhor!
O Compass é menos caro
A linha do Compass 2024 é bem maior que a gama de seu irmão de sete lugares, algo natural por seu posicionamento e pela quantidade de conjuntos mecânicos (flex, diesel e híbrido).
Mesmo assim, os preços são salgados, partindo de quase R$ 185 mil na versão de entrada Sport. Com o mesmo motor 1.3 turbo, o SUV ainda tem as opções Longitude, Limited e S, variando entre R$ 200 mil e R$ 250 mil.
Com o motor 2.0 diesel, os preços do Compass ficam na faixa entre R$ 249 mil e R$ 270 mil. Além das versões Longitude e Limited, ele também conta com a configuração Trailhawk no topo da linha com esse propulsor.
Finalmente, o Compass S PHEV é a opção híbrida vendida por quase R$ 348 mil, valor superior a qualquer versão do Commander.
Quando custa cada versão do Compass 2024?
- Compass Sport 1.3 Turbo – R$ 184.990
- Compass Longitude 1.3 Turbo – R$ 199.790
- Compass Longitude Dark 1.3 Turbo – R$ 208.790
- Compass Limited 1.3 Turbo – R$ 223.990
- Compass S 1.3 Turbo – R$ 249.990
- Compass Longitude 2.0 Diesel – R$ 248.790
- Compass Longitude Dark 2.0 Diesel – R$ 257.790
- Compass Limited 2.0 Diesel – R$ 269.990
- Compass Trailhawk 2.0 Diesel – R$ 269.990
- Compass S 4XE PHEV – R$ 347.300
O Commander chegou ao mercado brasileiro com apenas quatro versões, mas posteriormente a Jeep decidiu lançar a opção Longitude como a porta de entrada desse modelo. Ela custa mais de R$ 241 mil e vem com o mesmo motor 1.3 turbo visto no Compass.
Esse conjunto também aparece nas versões Limited e Overland, que saem por R$ 261 mil e R$ 290 mil, respectivamente. As mesmas configurações também podem ser compradas com o motor 2.0 diesel, elevando os preços para R$ 312 mil e R$ 339 mil.
Com posicionamento acima do irmão, o Commander obviamente é um SUV mais caro, o que dá a vitória ao Compass nesse primeiro quesito.
Confira os valores da linha do Commander 2024:
- Commander Longitude 1.3 Turbo – R$ 241.590
- Commander Limited 1.3 Turbo – R$ 261.790
- Commander Overland 1.3 Turbo – R$ 289.990
- Commander Limited 2.0 Diesel – R$ 311.990
- Commander Overland 2.0 Diesel – R$ 338.990
VENCEDOR: Compass.
Commander é mais equipado
Boa parte dos itens do Compass também aparece no Commander, mas qual deles é mais equipado?
Usando o preço e a versão Longitude como base, uma boa comparação seria entre o Compass Diesel (R$ 248.790) e o Commander Flex (R$ 241.590).
Ambos oferecem seis airbags, câmera de ré, faróis em LED, sensor de estacionamento, ar dual zone, sensor de chuva, rodas aro 18, bancos em couro, faróis com acendimento automático, freio elétrico com Auto Hold, chave presencial e multimídia de 10,1″ com espelhamento sem fio.
Além disso, o Compass oferece Wi-Fi e controle automático de descida, enquanto o Commander tem banco do motorista com ajustes elétricos, start/stop, tampa elétrica no porta-malas, partida remota e retrovisores com rebatimento elétrico, mesmo sendo R$ 7,2 mil mais barato.
Ainda usando o preço como base, existe apenas mais uma comparação possível, entre o Compass Longitude Diesel com o pacote Dark (R$ 257.790) e o Commander Limited Flex (R$ 261.790).
O irmão menor ganha acabamento escurecido, Adventure Intelligence, sensores dianteiros, Park Assist, teto panorâmico, sistema de som Beats com subwoofer e carregador por indução, comprovando que esse pacote vale o investimento.
Enquanto isso, o SUV de sete lugares é o único com assistente de farol alto, indicador de fadiga, alerta de ponto cego, sete airbags, aviso de mudança de faixa com assistente de permanência, alerta de colisão frontal e tráfego cruzado traseiro, ACC e leitor de placas.
Ou seja, com uma diferença ainda menor que o primeiro comparativo (R$ 4 mil) e a vantagem da terceira fileira de bancos, ele novamente é mais equipado. Ponto para o Commander.
VENCEDOR: Commander.
A diferença do peso
Comparar a linha de motores de modelos da mesma marca é uma tarefa mais fácil. No caso dos utilitários da Jeep, ambos usam os propulsores 1.3 turbo e 2.0 diesel, mas o Compass ainda tem uma carta na manga.
Com o motor flex, os irmãos entregam 185 cv e 27,5 kgfm, sempre com câmbio automático de seis marchas.
O Compass Sport chega aos 100 km/h em 8,8 segundos e tem máxima de 207 km/h (9,3 ou 9,4 segundos e 206 km/h nas demais versões), enquanto o Commander faz o mesmo em 9,5 ou 9,9 segundos, com máxima de 202 km/h.
O motor diesel de ambos oferece 170 cv, com câmbio automático de 9 marchas e tração 4×4, mas o torque é de 35,7 kgfm no Compass e 38,7 kgfm no Commander. O primeiro chega aos 100 km/h em 10,7 segundos, enquanto o segundo leva 11,6 segundos.
A máxima é de 198 km/h e 197 km/h, respectivamente.
O Compass ainda tem sua versão híbrida, com motor 1.3 turbo de 180 cv e 27,5 kgfm (gasolina) e propulsor elétrico traseiro de 60 cv e 25,5 kgfm. No total, são 240 cv e 47,9 kgfm, chegando aos 100 km/h em 6,8 segundos e com máxima de 206 km/h.
Os números acima mostram que o peso inferior fez a diferença a favor do Compass, que teve o melhor desempenho em todas as comparações. Isso sem contar a versão híbrida, que tem muito mais potência.
No consumo, outra vitória do Compass. Ele é mais econômico com o motor 1.3 turbo, especialmente na estrada, além de ser mais eficiente com o propulsor movido a diesel.
Ainda que o Commander não tenha uma versão híbrida para compararmos, os números do irmão menor com esse conjunto são imbatíveis.
Consumo | Compass 1.3 Turbo | Compass 2.0 diesel | Compass híbrido | Commander 1.3 Turbo | Commander 2.0 diesel |
Cidade – etanol | 7,2 | 7,0 | |||
Cidade – gasolina/diesel | 10,1 | 10,6 | 26,1 | 10,0 | 10,2 |
Estrada – etanol | 8,7 | 8,2 | |||
Estrada – gasolina/diesel | 12,0 | 13,6 | 24,7 | 11,4 | 13,2 |
VENCEDOR: Compass.
Muito mais espaço no Commander
Com motores iguais, o modelo menor e mais leve sempre vai levar vantagem no desempenho. Mas quando o assunto é espaço interno, a história muda completamente e é o Commander que ganha com facilidade.
Além dos sete lugares, o SUV mede 4,76 m de comprimento, 1,85 m de largura, 1,68-1,70 m de altura e tem 2,79 m de entre-eixos, sendo 36 cm maior, 4 cm mais largo, 5 cm mais alto e 16 cm mais extenso no entre-eixos que o Compass.
Essa diferença absurda não deixa nenhuma dúvida sobre qual deles leva com mais conforto seus passageiros.
Com a terceira fileira em uso, o Commander conta com 233 litros no porta-malas, mas se você usar apenas cinco lugares, essa capacidade salta para 661 litros. Isso também é muito mais que o oferecido no Compass, que carrega 410 litros.
VENCEDOR: Commander.
Revisões idênticas
A confusa tabela de revisões do Compass finalmente encontrou seu par. Assim como o irmão menor, o Compass também tem revisões a cada 12.000 km nas versões flex e 20.000 km nas configurações movidas a diesel.
Os valores também são os mesmos, se considerarmos o custo para o proprietário até os 60.000 km. Os modelos com motor 1.3 turbo passam dos R$ 5 mil e aqueles com o 2.0 diesel ficam em R$ 4,3 mil.
Além disso, o Compass híbrido segue com revisões em intervalos de 15.000 km, com custo total nesse mesmo período de R$ 4,8 mil.
Vale lembrar que todas as versões dessa dupla tem garantia de 3 anos.
Revisões | Compass 1.3 Turbo | Compass 2.0 Diesel | Compass Híbrido | Commander 1.3 Turbo | Commander 2.0 Diesel |
10.000 km | |||||
12.000 km | R$ 782,00 | R$ 782,00 | |||
15.000 km | R$ 714,00 | ||||
20.000 km | R$ 1.189,00 | R$ 1.189,00 | |||
24.000 km | R$ 889,00 | R$ 889,00 | |||
30.000 km | R$ 1.180,00 | ||||
36.000 km | R$ 987,00 | R$ 987,00 | |||
40.000 km | R$ 1.254,00 | R$ 1.254,00 | |||
45.000 km | R$ 714,00 | ||||
48.000 km | R$ 921,00 | R$ 921,00 | |||
50.000 km | |||||
60.000 km | R$ 1.427,00 | R$ 1.921,00 | R$ 2.248,00 | R$ 1.427,00 | R$ 1.921,00 |
TOTAL | R$ 5.006,00 | R$ 4.364,00 | R$ 4.856,00 | R$ 5.006,00 | R$ 4.364,00 |
VENCEDOR: Empate.
O Commander vende pouco?
Dificilmente veremos um empate entre dois modelos quando o assunto é o volume de vendas, então esse quesito acabou sendo determinante no comparativo.
Em 2024, contando as vendas dos meses de janeiro e fevereiro, o Compass aparece como o 4º SUV mais vendido do país. Foram 7.665 unidades emplacadas contra 2.191 do Commander, que ficou na 17ª posição.
Já em 2023, num cenário completo com os dados de todos os meses, o Compass também ficou perto do pódio: 59.106 unidades e o 4º lugar garantido. Já o Commander conseguiu 19.874 emplacamentos, terminando em 13º no segmento.
Parece óbvio que o mais barato seria o mais vendido, mas é preciso pontuar que o desempenho do Commander está abaixo do esperado no começo desse ano. Mas ainda é cedo para saber o que vai acontecer até dezembro.
VENCEDOR: Compass.
Conclusão
A briga foi boa entre os irmãos da Jeep, provando que cada um deles tem qualidades diferentes para convencer seus compradores. O Compass levou a melhor nos preços, ainda que sua tabela esteja cada vez mais salgada.
Além disso, sua linha de motores é mais eficiente graças ao peso inferior, entregando mais desempenho e economia. Isso sem contar a versão híbrida, disparada a melhor nos dois aspectos. Por último, o modelo ainda vendeu mais que seu irmão.
Já o Commander é um SUV mais equipado, mesmo nas versões com preço parecido com o Compass. E, é claro, ele oferece muito mais espaço para seus ocupantes, um porta-malas maior e a vantagem da terceira fileira.
Em resumo, o Compass é um carro mais acessível e mais eficiente, enquanto o Commander tem um nível superior em refinamento e espaço. Agora cabe a você escolher qual deles é o melhor para suas necessidades.
Fichas técnicas
Compass |
Commander |
|
Preço | R$ 184.990 a R$ 347.300 | R$ 241.590 a R$ 338.990 |
Motor | 1.3 turbo, 2.0 diesel ou híbrido | 1.3 turbo ou 2.0 diesel |
Potência e torque | 1.3T – 185 cv e 27,5 kgfm | 1.3T – 185 cv e 27,5 kgfm |
2.0 diesel – 170 cv e 35,7 kgfm | 2.0 diesel – 170 cv e 38,7 kgfm | |
Híbrido – 240 cv e 47,9 kgfm | ||
Câmbio | AT6 ou AT9 | AT6 ou AT9 |
Aceleração e velocidade máxima | 1.3T – 8,8s e 207 km/h | 1.3T – 9,5s e 202 km/h |
2.0 diesel – 10,7s e 198 km/h | 2.0 diesel – 11,6s e 197 km/h | |
Híbrido – 6,8s e 206 km/h | ||
Consumo cidade | 1.3T – 7,2 km/l (E) e 10,1 km/l (G) | 1.3T – 7 km/l (E) e 10 km/l (G) |
2.0 diesel – 10,6 km/l | 2.0 diesel – 10,2 km/l | |
Híbrido – 26,1 km/l | ||
Consumo estrada | 1.3T – 8,7 km/l (E) e 12 km/l (G) | 1.3T – 8,2 km/l (E) e 11,4 km/l (G) |
2.0 diesel – 13,6 km/l | 2.0 diesel – 13,2 km/l | |
Híbrido – 24,7 km/l | ||
Rodas e pneus | 225/60 R17, 225/55 R18 ou 235/45 R19 | 235/55 R18 ou 235/50 R19 |
Medidas | comprimento, 4,40 m; altura, 1,62 a 1,65 m; largura, 1,81 m; entre-eixos, 2,63 m | comprimento, 4,76 m; altura, 1,68 a 1,70 m; largura, 1,85 m; entre-eixos, 2,79 m |
Tanque | 60 ou 36 litros (versão híbrida) | 61 litros |
Porta-malas | 388 a 420 litros | 233 litros (7 lugares) ou 661 litros (5 lugares) |
Peso | 1.504 a 1.908 kg | 1.685 a 1.908 kg |
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