Os Fiat Mobi e Renault Kwid são os carros mais baratos do Brasil, mas eles não são nem ideais tanto para o comprador quanto para o fabricante.
Com baixa margem de lucro para seus fabricantes, Kwid e Mobi existem apenas para fazer volume e atender o mercado de frotistas, porém, são inadequados se consideradas ofertas de carros um pouco mais caros, porém, maiores e mais vantajosos, como o Novo Citroën C3, por exemplo.
Eles possuem grandes volumes, com o Mobi 2024 tendo vendido 59.666 até outubro, com o Kwid tendo registrado 49.241 exemplares no mesmo período. Mas, até quando o mercado aceitará os subcompactos?
Provavelmente até o fim das gerações atuais de Fiat Mobi e Renault Kwid. O motivo é o alto custo de desenvolvimento de um carro novo com baixa margem de lucro.
A GM, por exemplo, desistiu disso, assim como a VW deu fim no seu, com outras marcas sequer cogitando coisas do tipo.
Após a pandemia, a nova ordem mundial para muitas marcas é carros de maior valor agregado, ou seja, sem carros projetados para serem pequenos e baratos.
No Brasil, essa regra é notadamente visível em estratégias dos fabricantes. A Renault, por exemplo, já transferiu parte da produção do Kwid para Envigado, na Colômbia.
Isso aliviará o Complexo Ayrton Senna em São José dos Pinhais, para fazer o Kardian, de maior valor agregado.
Por ora, o futuro do Kwid é incerto e como já vimos com Sandero e Logan, dificilmente o hatch terá uma nova geração por aqui.
A Renault pensa em um crossover de estilo cupê e a picape Niagara, ou seja, muito mais caros. Talvez somente o Kwid E-Tech se mantenha, mas a Renault terá o Novo Twingo elétrico feito na China.
E o Mobi? Como Stellantis, o grupo pensa no coletivo e o Novo C3, que já matou o Uno, mostra em preço que pode matar o Fiat.
Sem o Mobi, locadoras e os clientes do produto que ainda restam, terão de migrar para o Novo C3 e isso não será o fim do mundo.
Já na Renault, isso não acontecerá, porém, a marca quer mudar de nível e o Kwid não se encaixa no perfil.
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