Até o fim de setembro, o Congresso Nacional deverá receber o texto da medida provisória do novo Rota 2030, que mudará de nome e será chamado Mobilidade Verde.
Tão esperado pelos fabricantes, o novo programa automotivo dará as bases para a previsibilidade que as montadoras buscam na política para o setor, de modo a programar futuros investimentos no país.
Fontes que estiveram numa reunião no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), realizada no dia 11 de setembro, revelaram que o Rota 2030 terá sua segunda fase e que esta não tratará de temas espinhosos, como os incentivos para produção no Nordeste, por exemplo.
Uma fonte revelou ao site Automotive Business: “Isso está sendo tratado dentro da PEC 45 (Proposta de Emenda Constitucional) que trata da Reforma Tributária no Senado. Tentaram colocar um destaque no texto que foi para a Câmara, mas foi derrubado. É bem polêmico este assunto porque traz realmente desequilíbrio na competitividade”.
A ideia da segunda fase é, como o nome diz, focar na mobilidade sustentável com incentivos para produção de carros mais limpos e uso de combustíveis alternativos e menos impactantes ao meio ambiente.
O etanol certamente estará no centro da pauta do Mobilidade Verde, uma vez que tanto governo quanto parte do setor automotivo, movem-se nessa direção.
Márcio de Lima Leite, da Anfavea, havia comentado que as regras deverão mudar para o cálculo de eficiência energética, considerando a equação do poço à roda, pegando todas as etapas do ciclo do uso do combustível.
A mudança beneficiará diretamente os carros flex quando abastecidos com etanol, embora o setor automotivo já assinale com a volta de carros abastecidos somente com o combustível vegetal, como no passado.
Ainda que não se saiba exatamente o que haverá no texto, uma eventual redução abrupta de tributos sobre carros a etanol, mova a indústria nessa direção.
Isso porque um carro flex pode simplesmente nunca usar o etanol após um eventual abastecimento após a saída da linha de montagem, já que é preferência do dono usar um ou outro combustível.
No caso do carro a etanol, sem opção, o comprador seria compensado com uma carga tributária menor. Será? Vamos esperar para ver.
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