O Nissan Kicks é um crossover que está entre os mais vendidos do país, sendo o oitavo SUV mais emplacado com 36.524 exemplares vendidos em 2021.
Antes importado do México, o SUV compacto da marca japonesa passou a ser feito na fábrica da empresa em Resende-RJ. Mesmo sendo um dos mais desejados, ele também apresenta defeitos e problemas.
Mesmo com esse bom pacote, ele peca em alguns detalhes que são imediatamente apontados por seus proprietários. Isso sem contar alguns defeitos e problemas que tiram o sono dos que precisam resolver a questão.
Em pesquisa no Clube do Kicks, parte integrante do Clube Nissan, bem como no site Reclame Aqui e na seção Opinião do Dono do site Carros na Web, vimos diversos relatos de defeitos e problemas com o modelo, mas a grande maioria está relacionada com a qualidade de montagem do veículo, especialmente com críticas em relação à versão brasileira.
Ausências reclamadas
Assim, vamos aos pontos que mais foram destacados nos relatos vistos na internet sobre defeitos e problemas do Nissan Kicks. Mas, antes de entrar exatamente nesses aspectos, o crossover tem várias reclamações em relação à falta de piloto automático e apoio de braço para o motorista no modelo anterior à reestilização.
Tais itens inexistem no produto, mas os donos sempre acham uma forma de driblar o deslize da marca nesse caso, ainda mais por ser um carro com preço médio na época na casa de R$ 90 mil, como apontam alguns donos.
Independentemente, os proprietários andam instalando controle de cruzeiro e apoio de braço por conta própria, o que dá em torno de R$ 2.000 em média. Também há reclamação em relação à resposta do motor, considerado fraco por vários donos em termos de ultrapassagem e subida de ladeiras.
Travamento de rodas
O travamento de rodas em baixa velocidade é um caso que gerou reclamação na internet. Há pelo menos cinco relatos de regiões diferentes do Brasil, onde as rodas simplesmente travam e num dos casos, o cliente teve que ir ao revendedor quatro vezes para resolver o problema, que enfim foi reparado pela assistência técnica.
Outro dono diz que o Kicks começou começou a apresentar essa tendência de travar rodas em curvas de até 50 km/h e ficou preocupado com relação à segurança.
Depois, o problema começou a ocorrer com o carro em linha reta, quando o proprietário levou até a revenda, onde o técnico teria dito que era normal por causa do controle de estabilidade do veículo, mas questionou que antes isso nunca tinha acontecido.
Em outro relato, o dono fala de “desregulamento do acionamento da tração das rodas”, se referindo a um problema que lhe aconteceu, quando os freios travaram com o carro em movimento e ele acabou indo parar no acostamento.
O Kicks em questão tinha pouco mais de 6 mil km rodados, apresentando característica semelhante ao apresentar ruído em curvas e depois o travamento, com uma puxada rápida de direção.
Tanque pequeno
Outro item de reclamação dos donos do Nissan Kicks é o tamanho do tanque, que tem somente 41 litros. Muitos donos dizem que é necessário parar com mais frequência no posto para abastecer, devido a essa limitação. Um relato diz que em viagens longas para regiões com menos pontos de apoio, há preocupação nesse aspecto, com o temor de ficar na estrada.
Alguns falam também do consumo urbano, que não é o prometido, fazendo em média 8 km/l de gasolina na cidade. No Inmetro, o consumo é de 11,4 km/l. Não há reclamação em relação ao consumo de etanol e nem na estrada.
Defeitos eletrônicos
O Nissan Kicks também apresenta alguns relatos de defeitos e problemas eletrônicos. Além do controle dinâmico de chassi, nos casos de travamento de rodas, o crossover gera reclamações – algumas sem solução relatada – sobre os dados do computador de bordo.
Os números, segundo os donos afetados, são irreais e afetam diretamente as informações relativas à consumo e autonomia.
A imprecisão já teria levado um dono a ficar quase sem combustível. Alguns dizem que o computador de check da revenda não detecta alterações e um técnico chegou a dizer que “não havia o que fazer”, deixando o cliente estarrecido.
Também relatam dificuldade no espelhamento de aparelhos móveis na multimídia e imprecisão nos dados de navegação. Outro ponto é o farol de neblina (erroneamente chamado de milha pelos donos), que estaria chegando de fábrica solto, precisando a revenda fazer a fixação do mesmo.
Por fim, o botão de partida gerou algumas reclamações, visto que no check da oficina, o dispositivo não apresenta avarias, mas no dia a dia, o mesmo funcionaria de forma aleatória, deixando muitas vezes o proprietário em situação difícil, como no caso de uma idosa em um posto de combustíveis movimentado.
Qualidade da pintura
Alguns donos apontam que a pintura, especialmente a branca, apresenta manchas e mudanças de brilho já nos primeiros quilômetros.
Um dos donos diz que algumas partes estavam descascando e outro falou que havia alteração de brilho entre lataria e para-choque, usando assim uma cera para reduzir o efeito, já que havia desistido de brigar na concessionária para a resolução do problema.
Existem casos em que o veículo foi entregue na revenda já com reparos e retoques feitos, o que irritou os donos. O caso é, infelizmente, comum nas concessionárias, visto que se o carro não é riscado na fábrica ou na carreta, pode acabar sendo avariado na própria loja, antes do cliente botar os olhos no veículo.
Barulhos e ruídos internos
Todos os problemas acima possuem alguns relatos e no geral não são muitos, mas o campeão de reclamação dos donos do Nissan Kicks nem faz parte do carro: o vento. A quantidade de relatos impressiona e não se trata do ruído aerodinâmico, comum em qualquer carro, mas de uma infiltração que gera um ruído bem incômodo através das borrachas das portas.
Muitos proprietários dizem que o problema é amenizado apenas com a troca das borrachas de vedação das portas e que existe diferença de qualidade entre o modelo mexicano e o brasileiro (pior) nesse aspecto. Portas com folgas também foram ajustadas para reduzir o barulho.
Um dono de Kicks brasileiro testou o mexicano na revenda antes de comprar e, após pegar o seu, viu a diferença em termos de isolamento acústico. Muitos falam que um forte “apito” ocorre acima de 140 km/h, mas outros relatam que acima de 70 km/h já existe entrada de ar.
Ruídos na tampa do bagageiro também são recorrentes, alguns com resolução através de espuma extra e até plástico bolha.
[Fonte: Reclame Aqui / Clube Kicks]
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