Volkswagen e Renault estão a discutir uma parceria para unir forças contra as marcas chinesas que estão avançando sobre o mercado europeu e as possibilidades de entendimento podem levar a uma sinergia de carros elétricos vital para as duas montadoras.
Ainda que a Renault, nas palavras de Luca de Meo, CEO da marca francesa, queira uma “Airbus” dos automóveis, não parece provável que isso venha a acontecer, ainda mais se a Comissão Europeia entender a união de outra forma…
Durante uma conferência da Ampere, Bruno Vanel, vice-presidente da Renault, que também é responsável pelos produtos em particular, confirmou ao site L’Argus as intenções da marca para parceria.
Vanel disse: “esta plataforma destina-se a equipar outros modelos da Renault, e de outros fabricantes”. Isso significa que, pelo menos por parte da Renault, possíveis acordos podem ser fechados sem muitos problemas.
No caso da Volkswagen, um Novo Up com a base do Novo Twingo, reduzindo assim o custo da próxima geração do subcompacto francês e provendo o fabricante alemão de um produto importante para manter um preço baixo.
A Renault tem parceria com a Geely e novos produtos surgirão a partir dessa união, mas o foco são os mercados emergentes, onde a montadora francesa acreditava que somente nessas regiões a eletrificação plena demandaria muito mais tempo.
Todavia, agora a Renault sabe que terá de manter seus motores a combustão ativos na Europa por pelo menos depois de 2030, porém, ao mesmo tempo, terá de dar combate aos chineses com seus carros elétricos baratos.
Não se sabe ainda qual é a resposta da Volkswagen sobre a proposta, mas se sabe que a alemã procura uma plataforma. Thomas Schäfer, CEO da VW, já avisou que o próximo Up não assumirá a plataforma elétrica MEB-Entry.
Isso é quase um convite para a Renault, que tem o que a VW quer.
[Fonte: L’Argus]
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