A Tesla e outras montadoras de carros elétricos agora tem o caminho livre para entrar na Índia com a nova política do governo de Nova Déli para o setor, o que coloca Elon Musk numa posição confortável após anos de negociações frustradas.
Com a nova política, a regra de produção nacional continua, mas agora ops fabricantes estrangeiros terão três anos para iniciar a produção de carros elétricos no país, porém, com investimento mínimo de US$ 500 milhões.
Dessa forma, a produção deverá atender, nos três primeiros anos, 25% de conteúdo local e depois de cinco anos, 50%. Ao buscar fomentar a produção de carros de tecnologia no país, a Índia libera também a pedra no caminho da Tesla por lá.
Nesse caso, estamos falando da importação inicial de carros elétricos, já que os novos players no país poderão entrar com 8.000 carros anualmente recolhendo somente 15% de imposto de importação.
Hoje as taxas variam de 70% a 100%, bem acima da convenção da OMC (Organização Mundial do Comércio), da qual o país é signatário. Para a Tesla isso é realmente bom, uma vez que Musk queria um período para medir a receptividade da marca no país.
De qualquer forma, tanto ele quanto outros fabricantes, estão de olho no pujante mercado indiano, incluindo Foxconn, MG Motor, Ford e Volkswagen, sem contar que a VinFast sozinha quer injetar US$ 2 bilhões na Índia.
Mesmo com Tata Motors e Mahindra & Mahindra obtendo subsídios indianos para importação de veículos, estes praticamente fazem tudo no país, mas agora Nova Déli quer que a competição seja equitativa, acabando com a proteção da indústria nacional.
Pelo nível dos fabricantes indianos no momento, a entrada dessas marcas só reforçará a posição das mesmas, que já estão num bom nível tecnológico e atuando fortemente em segmentos (carros elétricos baratos) que dificilmente as estrangeiras alcançarão de imediato. No fim, a decisão do governo foi a acertada.
E aqui? Por ora, as regras são as atuais do Mover, que não parece ter interessado a Tesla nesse momento, dado que as cotas para importação com imposto reduzido são de curto período.
[Fonte: Business Insider]
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