TOP 5: Motivos para não comprar o Fiat Fastback

Se você já viu diversas unidades do Fiat Fastback rodando em sua cidade, saiba que essa é uma realidade em todo o país.

Afinal, esse modelo tem sido bastante procurado pelos brasileiros.

Mas além de suas qualidades, como o enorme porta-malas de 516 litros e a boa lista de equipamentos de série, o SUV-cupê também tem alguns defeitos que precisam ser colocados na balança antes de efetuar sua compra, caso você esteja pensando nisso.

Confira!

Apenas 4 airbags?

O ponto negativo mais citado em relação ao Fastback é a quantidade de airbags.

Enquanto seus rivais Creta, T-Cross e Tracker oferecem 6 bolsas, o modelo da Fiat tem apenas quatro, ficando atrás até mesmo de modelos populares vendidos por aqui.

O motivo para isso, obviamente, é o fato do SUV-cupê ser derivado de carros mais baratos da marca. Tendo a mesma plataforma, algumas mudanças (como ter 6 airbags) exigiriam um investimento maior da Fiat.

Mesmo assim, esse motivo não vai convencer alguém que preza por segurança, especialmente ao pensar que os ocupantes traseiros terão um nível de proteção muito menor.

Realmente, é um erro sem justificativa para um carro desse valor.

Acabamento mediano com plástico duro

O acabamento do Fastback não fica devendo para a maioria de seus rivais, especialmente num mercado acostumado com a falta de materiais suaves ao toque. Mas isso não quer dizer que o Fiat vai escapar de algumas críticas.

Na maioria das superfícies você vai encontrar aquele plástico duro presente em carros mais baratos, algo que lembra muito mais o padrão Pulse do que o acabamento dos primos da Jeep, que são um pouco mais refinados.

E isso não muda se você optar pelas versões mais caras do Fastback, que mantém esse padrão. A exceção fica por conta do apoio de braço central, na dianteira, e do encosto para os braços, nas portas.

Para diminuir essa impressão, a Fiat colocou texturas diferentes em algumas partes do painel, mas ao toque elas continuam com a mesma qualidade.

Além disso, alguns proprietários falam sobre peças com encaixe desacertado e até um problema na tampa do porta-luvas, que não fica nivelada com o painel.

Tudo isso não deixa os ocupantes esquecerem que o Fastback tem muita coisa dos seus irmãos mais baratos.

Faltam alguns equipamentos

Nenhum carro vai ter uma lista de equipamentos perfeita, pelo menos na faixa de preço que boa parte dos brasileiros consegue alcançar. Mas se você olhar atentamente para o Fastback nesse quesito, vai sentir falta de algumas coisas.

Um dos itens é o piloto automático adaptativo, o famoso ACC, item de série no Nivus, por exemplo. Se o modelo da Fiat tem o bom pacote ADAS, que traz frenagem autônoma de emergência, alerta de mudança involuntária de faixa e comutação automática de farol alto, ele também poderia ter esse equipamento.

Outros itens que o Fastback não tem, ainda falando desse pacote, são o alerta de ponto cego e a frenagem automática em manobras traseiras. Essas faltas não diminuem a importância do ADAS, mas poderiam estar presentes na versão mais cara.

A Fiat também não colocou freios a disco na traseira, apenas na frente. A marca ressalta que os tambores na traseira dão conta do recado, mas para um carro nesse valor isso pode fazer falta.

Finalmente, também podemos citar outros equipamentos que sentimos falta, como ar-condicionado dual zone, sistema de som premium e o teto solar.

Espaço limitado para os ocupantes de trás

Voltando a falar da similaridade com outros carros da marca, todos sabem que o Fastback tem o mesmo entre-eixos de 2,53 metros dos irmãos Argo, Cronos e Pulse.

Isso não é um problema se levarmos em conta que estamos falando de um SUV compacto, mas alguns compradores podem achar que o SUV-cupê tem mais espaço que esses outros carros da italiana. E ele não tem.

Na frente, isso é pouco percebido, sendo que o único ponto negativo é o espaço para os joelhos. Por ter um console central mais largo, o Fastback acaba criando uma situação incômoda para os mais espaçosos.

Mas é atrás que a situação piora, onde o SUV oferece um espaço limitado para as pernas. O ocupante central vai perceber que o assoalho não é plano e a saída de ar é muito recuada, o que atrapalha bastante se o passageiro for adulto.

Finalmente, pessoas mais altas podem se incomodar com o estilo cupê do Fastback, que faz com que o teto tenha um caimento mais acentuado.

Ruídos que invadem a cabine

Um último aspecto negativo do Fastback aparece nas suas versões mais baratas, equipadas com o motor 1.0 turbo de 3 cilindros.

Como ocorre em todos os carros com esse tipo de propulsor, o nível de ruído do propulsor é bem perceptível.

A vibração aparece em diversas situações e, quando o condutor pisa fundo, o barulho realmente invade a cabine. Isso deixa claro que o isolamento acústico do carro poderia ser melhor.

Se o Fastback é um carro mais caro e tenta passar essa imagem, detalhes como esse poderiam ter sido cuidados com mais carinho pela marca.

Conclusão

A procura pelo Fastback tem sido alta e deve continuar assim por um bom tempo. Em 2023, o modelo brigou para aparecer entre os 10 mais vendidos no tão concorrido segmento dos SUVs, isso falando sobre todos os carros com essa carroceria.

Sua média foi de 3.300 unidades por mês, revelando a aprovação do mercado brasileiro. Mesmo assim, os pontos acima devem ser analisados por quem está pensando em colocá-lo na garagem.

O fato é que o modelo da Fiat é bem equipado, tem um visual chamativo e oferece um porta-malas muito espaçoso. Mas também é verdade que ele tem muito em comum com o Pulse (e até com a dupla Argo e Cronos), o que revela algumas limitações desse projeto.