TOP 5: Motivos para não comprar o Jeep Renegade

Se existe um carro no mercado brasileiro que sempre apareceu entre os mais vendidos, esse é o Jeep Renegade.

E o que prova isso é a quantidade de modelos que vemos nas ruas, o que certamente também acontece na sua cidade.

Para melhorar ainda mais esse cenário, a marca trouxe mudanças importantes para o SUV, que ficou mais equipado, mais bonito e ainda ganhou o motor 1.3 turboflex.

Mas e o que dizer dos seus defeitos? Será que existem muitos?

Confira!

O porta-malas continua bem pequeno

Um detalhe que continua sendo criticado no Renegade é o espaço no porta-malas, que atualmente é de 385 litros na maioria das versões e de 314 litros nas configurações 4×4, que levam um estepe de tamanho normal no compartimento.

Nesse ponto, vale citar que o SUV melhorou em relação ao modelo anterior à reestilização, que tinha 320 litros nas versões flex e 273 litros nas opções a diesel.

Mas se o carro é praticamente o mesmo, como isso ocorreu?

Na verdade, o que mudou foi a forma que a Jeep usa para aferir a capacidade desse compartimento. Em vez de usar os blocos da medição VDA, agora ela faz isso medindo em “litros líquidos”, como se enchesse todo o porta-malas com água.

Fica claro que essa forma não é a mais prática, e que o espaço ali continua o mesmo no Renegade. Levando em conta os 320 litros “reais”, ele fica atrás de T-Cross (373 litros), Tracker (393), Duster (475), Kicks (432), Creta (422) e Fastback (516).

Isso significa que você vai precisar pensar bem antes de escolher quais malas vai levar numa viagem, pois o espaço realmente é limitado. Alguma mudança real nesse sentido só deve vir numa possível nova geração.

Consumo continua pior que vários rivais

O consumo do antigo Renegade 1.8 sempre foi alvo de reclamações, o que motivou a marca a trocá-lo pelo mais eficiente 1.3 turboflex. Mas será que isso também alterou o consumo desse SUV?

O modelo atual faz 7,7 km/l (E) e 11 km/l (G) na cidade e 9,1 km/l (E) e 12,8 km/l (G) na estrada. Já o anterior fazia 6,9 km/l (E) e 10 km/l (G) nos trechos urbanos e 8,6 km/l (E) e 12 km/l (G) nos rodoviários.

Mesmo assim, existem diversos concorrentes com consumo melhor, como T-Cross e Tracker.

Além disso, o propulsor usado no Renegade tem uma boa dose de tecnologia e poderia entregar números melhores nesse quesito.

Espaço interno não é o ideal

Um dos pontos mais criticados sobre o Renegade é o espaço interno, insuficiente para famílias maiores ou compostas apenas por adultos. É verdade que existem opções mais apropriadas entre os SUVs, mas vamos aos números desse Jeep.

Ele mede 4,26 metros de comprimento, 1,80 m de largura e 1,70 m de altura. Seu entre-eixos é de 2,57 m, sendo inferior aos rivais T-Cross (2,65 m), Duster (2,67 m), Kicks (2,61 m) e Creta (2,61 m).

Ou seja, em algumas situações seu interior realmente é apertado. Em viagens mais longas, por exemplo, os passageiros mais altos vão sentir um pouco de incômodo no banco traseiro, especialmente por encostar os joelhos no banco dianteiro.

Lateralmente, o modelo compacto da Jeep também não o mais espaçoso, sendo suficiente apenas para quatro passageiros adultos. E um último detalhe é a falta de uma saída do ar-condicionado para a segunda fileira.

No dia a dia na cidade, o Renegade não vai te incomodar nesse quesito. Ele tem algumas vantagens, como altura acima da média para o segmento de SUVs compactos e um túnel central que não atrapalha tanto.

Mas se você tem uma família maior, ou se vai usar o carro constantemente em viagens, fique atento a esse ponto e considere outros modelos do segmento.

Parece que falta uma versão… seria a Limited?

Quando olhamos para a gama de versões do Renegade, não dá para negar que a versão Longitude é bem equipada e se mostra interessante frente a seus concorrentes com o preço atual (ainda que ele seja salgado).

O problema é que a Jeep deixou de fora alguns itens importantes para um carro de R$ 156 mil, como chave presencial, sensor de chuva, faróis com acendimento automático, retrovisor eletrocrômico, entre outros.

Tudo isso foi resolvido com a versão Longitude Dark, que custa quase R$ 162 mil. Mesmo assim, existe uma diferença muito grande para as versões mais caras S e Trailhawk, que custam R$ 180.990.

Com elas, você ganha 7 airbags, sistema de estacionamento automático, sensor de chuva, partida remota e outros itens menos importantes. É muito pouco pelos R$ 19 mil adicionais cobrados pela Jeep.

O que resolveria isso seria voltar a ter uma versão Limited no catálogo, que poderia puxar os equipamentos da Longitude Dark (e outros que a Longitude básica não tem), tudo isso com um preço mais chamativo.

Sem essa versão, o espaço entre a Longitude Dark e as outras configurações mais caras continua muito grande.

Que falta faz um motor a diesel

A ideia da Jeep foi colocar as versões 1.3 turbo 4×4 no lugar das anteriores opções a diesel do Renegade. É verdade que essa foi uma adição interessante, mas muitos ainda vão sentir falta do SUV movido a diesel.

Um dos motivos para isso está no torque. O modelo atual 4×4 tem 27,5 kgfm, enquanto o anterior 2.0 turbodiesel tinha 35,7 kgfm. A diferença nas saídas e retomadas é muito nítida, faltando a puxada que o modelo anterior tinha.

O consumo também ficou pior agora, não só em comparação com o diesel, mas até mesmo em relação ao 1.8 flex, por incrível que pareça. Além disso, o câmbio segue com 9 marchas, mas associado ao motor 1.3 turbo seu funcionamento parece mais lento, totalmente voltado para o conforto.

Finalmente, quem procurava um Renegade a diesel simplesmente não vai se contentar com um modelo flex 4×4, mesmo que essa nova versão tenha aberto um novo público para a marca.

Conclusão

O Renegade vai continua sendo um dos SUVs mais vendidos do país, especialmente por ter melhorado bastante no nível de conteúdo e na motorização.

Mesmo assim, o queridinho dos brasileiros tem seus problemas. Além de tudo que citamos acima, o preço continua bem salgado.

Para comprar um Renegade 0km atualmente, você precisa desembolsar entre R$ 125.990 e R$ 180.990, tornando apenas a versão de entrada chamativa nesse ponto.